Murat viu Ayla no café ao lado do prédio onde trabalhava, ela estava conversando alegremente com um rapaz, talvez colega de trabalho, não pareciam íntimos, menos mal. O seu telefone tocou e ele viu no display o nome de sua namorada, precisava ir embora, tinha marcado com Meli de ir a casa dela, mas amanhã voltaria ao local para se certificar que o acontecimento de hoje foi apenas um ato isolado.
Três dias se passaram e em todos eles Ayla se encontrou com o desconhecido, sempre na mesma hora, após o trabalho. Depois de algum tempo atendia o celular e se despedia do amigo. Mas especialmente nesse dia foi diferente, o rapaz segui-a até o lado de fora do café e quando Ayla virou-se para ir embora ele a segurou e a beijou, ela correspondeu ao beijo enlaçando-o pelo pescoço, o rapaz pôs as mãos em suas costas abraçando-a.
Murat prendeu o folego tentando controlar a vontade de socar a cara do infeliz e de arrastar Ayla até o Kiz Kulesi* e prendê-la por toda a eternidade. A quanto tempo ela estaria se encontrando com ele? Será que ela estava com ele na noite que chegou fora do horario em casa a quinze dias atrás? O sangue dele fervia de ódio. Por isso ela estava tão quieta ultimamente, com certeza por causa do namorado que queria manter em segredo.
O rapaz a soltou e ela se foi. Hoje ele não poderia mais conversar com ela, seus tios já estavam em casa, mas amanhã viria buscá-la pessoalmente as quatro horas em ponto.
Murat ligou para o telefone da casa dos tios, já que o celular ela não atendia, pediu para falar com ela.
- Ayla! - Chamou sua mãe - Murat está no telefone, ele quer falar com você!
Pegou o telefone das mãos da mãe.
- Alô - disse pesadamente mostrando todo o seu desgosto em falar com ele.
- Selam Ayla! Como você está?
- Olá Murat - falou desconfiada por ele está agindo com tanta gentileza - Eu vou bem, e você?
- Estou bem, estou ligando para avisar que amanhã vou buscá-la no trabalho!
- Por que? - quis saber.
- Estou com saudades de você. Faz dias que não passamos um tempo juntos, eu mal a vejo na universidade e você também não atende minhas ligações.
Murat querendo passar um tempo com o problema da sua vida, tinha algo estranho nessa história - pensou Ayla.
- Resumindo, você quer saber o que está acontecendo em minha vida já que não mora mais nessa casa e não passa mais tanto tempo comigo! - falou cortante - Eu não sou idiota Murat! Saudades de mim é algo que você é incapaz de sentir.
Ayla não sabia nem a metade do que ele sentia por ela - Pensou desgostoso.
- Vou provar que você está errada! - disse - Amanhã as quatro estarei a sua espera! - Iyi Geceler, Ayla! - disse desligando.
Agora mais essa, o que será que deu nele? Saudades? Me poupe! - pensou ela - Ligou para Derya que disse não saber de nada o que estava acontecendo com Murat. Em seguida ligou para Gokhan e explicou a situação, como sempre ele foi compreensivo e muito meigo. Era uma pena não poder vê-lo amanhã. Por que Murat sempre tinha que complicar a sua vida? - lamentou-se.
No dia seguinte lá estava ele, com uma calça jeans azul escura, sapato social e uma camisa polo vermelha dobrada até a altura dos cotovelos, encostado na parede do edifício chamava a atenção das mulheres que passavam pelo local - Bonito, porém odioso! - pensou Ayla quando o viu.
- Olá canin benim! Quanto tempo não nós vemos! - disse ele se aproximando com um sorriso.
- Não tempo suficiente para eu comemorar! - Disse com acidez.
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Amor em Istambul - AMAZON
Roman d'amourAPENAS CAPÍTULOS DE DEGUSTAÇÃO . . Sinopse: Murat e Ayla viviam em pé de guerra. Como seu tutor, Murat era o responsável por sua vida, tentava controlá-la em tudo que fazia e ela odiava isso. Ayla queria ser livre para fazer suas escolhas, viver da...