Capítulo 7

12K 970 33
                                    

Chegaram em casa no fim da tarde e encontraram seu avô com Eren, pai de Ayla, na sala, conversando.

- Vovô! - disse Ayla lhe dando um braço e beijando suas mãos em sinal de respeito – Que bom tê-lo aqui.

Murat a seguiu e também cumprimentou o avô só que com menos euforia, pois imaginava que ele viera lhes trazer a solução que prometera. Se ele soubesse o que tinha acontecido entre ele e Ayla com certeza a solução seria mandar cada um para um extremo do planeta.

Pediu para que eles se sentassem e começou a falar:

– Ayla o que você acha de ter um emprego? – Perguntou Mustafá surpreendendo a neta.

– Eu? – perguntou incrédula.

– Sim filha, você! – respondeu o pai.

– Eu acho ótimo, quando começo? – disse empolgada.

– Calma! - pediu o avô - Falei com um velho amigo e ele está precisando de alguém no seu escritório para organizar alguns papéis e contas, então eu indiquei você, se quiser amanhã nós vamos lá para eu te apresentar a ele.

– Claro que eu quero vovô, vou adorar! – disse animada.

Então era esse o plano do avô – Pensou Murat - Conseguir uma ocupação para Ayla, ótima ideia, tinha que admitir!

– Murat você não precisará voltar para Örtakoy nas sextas feiras, poderá seguir com Derya para Sultanahmet após sair da universidade e passar mais um dia com sua família. Pelo que entendi Ayla vai trabalhar apenas algumas horas durante a semana, exceto nas sextas feiras, nesse dia o expediente é mais longo e Eren pode buscá-la quando largar.

– Sim! - concordou o neto.

É, pelo visto o avô queria evitar qualquer risco que as tradições familiares pudessem sofrer. Talvez esse fosse o melhor, manter distância de Ayla seria mais seguro para eles dois.

Depois da aula Murat deixou Ayla em Taksim, uma praça no centro de Istambul que serve como ponto de encontro, de lá ela seguiria até a Avenida Istiklal onde trabalhava. À noite seu pai, quando saia do trabalho, passava para pegá-la.

Ayla estava muito feliz, se sentia muito bem com seu emprego, não prejudicava seus estudos em nada. Nem acreditava que o avô tinha feito isso por ela, a uma semana atrás quando ele lhe falou sobre o trabalho ela ficou em dúvida se era verdade.

Parecia um sonho, quando largava mais cedo visitava as lojas ao redor, quase sempre chegava com algo diferente em casa. Murat também parecia mais calmo e também mais distante dela, talvez fosse apenas impressão, como estava ocupada, manhã e tarde, acabava tendo menos tempo com ele – pensou – Ou poderia ser por causa do ocorrido entre eles.

- Não vou pensar nisso! - disse a si mesma enquanto organizava alguns outros papéis. Já eram quase quatro horas da tarde e ela estava perto de largar. Decidiu ligar para o pai, avisou que pegaria um ônibus para casa, ele concordou, mas pediu que ela avisasse Murat que estava chegando.

- Alô, Murat? - disse ela.

- Sim! Pode falar – respondeu.

- Estou ligando para avisar que estou chegando em casa!

- Sozinha? Onde está tio Eren?

- No trabalho ainda! - já estava organizando sua bolsa – Vou pegar um ônibus!

- Haiyr! Estou indo buscar você, me espere!

- Não precisa Murat!

- Ayla não discuta, já estou dentro do carro! - E desligou deixando-a impaciente.

Amor em Istambul - AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora