Entre Lágrimas e Espadas

Goop's?

No capítulo anterior:

- Claro, entendo. - ele estava a falar no telefone. - Se me der licença, eu terei que falar com a senhora depois. Tenho clientes para atender. - disse ao nós ver.

P.O.V Suzume/Lynn

O tritão se levantou da cadeira e se dirigiu a nós. Por mais estranho que pareça, ele conseguía "andar" com sua calda. Não sei se eu que fiquei muito tempo só pelas redondezas do QG, mas os tritões (serenos, sereias... ) evoluíram muito durante os últimos anos.

- Posso saber o que o senhor idiota faz aqui? - disse enquanto cruzava os braços em frente ao peito.

- Aahhh! Não enche velhote!! - Ryuu se jogou nos braços do tio. Pelo que deu pra ver eles não se dão muito bem. - Vai falar que não sentiu minha falta!? - disse fazendo uma carinha fofa misturada com tristeza.

- Já falei que não gosto de pirralhos! - ele olhou para mim e logo um sorriso malicioso se formou em seus lábios. - Não me diga que mudou de time.

- Não, e mesmo que pudesse escolher a Suzume iría ficar na friendzone. - os dois começaram a rir, o que fez eu dar um soco atrás da cabeça de Ryuu, fazendo cair no chão.

- Mesmo se você jogasse no outro time, isso não significaria que eu iría ficar com você idiota. - seu tio tentou segurar o riso, parecia ter gostado daqui lo.

- Posso não saber quem é ainda, mas já gostei de você. - o sereno se levantou, passando a mão de leve na região atingida.

- Velhote essa aqui é minha melhor amiga Okamura Suzume, ex-chefe da guarda da sombra. - ele deu um rápida pausa. - Suzu esse aqui é meu tio Eiichiro Reiji, conhecido pelos seus negócios no departamento de venda de imóveis e também por ser um tremendo mulherengo sem vergonha.

Não fiquei para ver a briga que estava para começar, pós sai correndo dali. Acho que Ryuu não precisava mais de mim, acredito que ele consegue ao menos arranjar uma moradia para nós até o fim da tarde. Andei até a porta de entrada e a cruzei depois de um tempo parada ouvindo a gritaria que vinha do segundo andar, parecia até eu e a Natchata quando brigamos.

Fiquei um tempo andando sem rumo, tudo era tão bonito parecia um paraíso. Parei por um segundo quando avistei um museu, dei um pequeno sorriso satisfeita, gostaria de saber mais sobre essa cidade e a rainha Izanami da qual Ryuu me falou. Após entrar no local me dirigí a um grupo de turistas, dos quais começaram a fazer perguntas para o guia. Ele parou e escutou uma menininha que estava com a mão levantada a tempos.

- Senhor com licença mas... As plantas nativas que habitam nessa cidade só nascem nas profundezas dos mares, sobrevivendo pela escuridão das águas e uma consistência especial produzida pelas cristalinas. - ela fez uma pausa depois da longa explicação. - Sendo assim como elas podem sobreviver na luz e crescer sem a ajuda das cristalinas?

- Tem uma explicação para isso.... - ele começou a caminhar e todos fomos atrás. - É verdade tudo que você falou, mas a cem anos atrás a rainha Izanami achou uma maneira de fazê-las crescer na superfície, logo após o tratado de paz entre os reinos do sul - governado pela rainha Izanami na época - e o reino do leste - governado pelo rei Shuginku -.

Agora que ele falou, estou lembrada de uma reunião em que o QG foi informado, caso algo desce errado uma guerra estava por vir. Paramos em frente a uma exposição, onde tinha a maquete da cidade nas primeiras construções pelo jeito. O guia apertou um botão que se encontrava em uma das pedras da maquette, e logo miniaturas das cristalinas apareceram por todos os lados, cuidando da cidade e dando uma forma diferente para ela.

- Essa aqui é uma miniatura da cidade, da qual mostra ela em seus primeiros dias de existência. Com três dias apenas de existência, a rainha Izanami visitou as profundezas dos sete mares e reuniu as dez espécies diferentes de cristalinas. Depois de uma reunião entre as dez espécies e a rainha, os reis e rainhas de cada cristalina ofereceram um de seus descendentes para o trabalho na cidade.

- Mas, por que tinha que ser os descendentes? - perguntou um rapaz de cabelo marrom e olhos verdes, aparentava ter cerca de 16 anos. - Digo, eles certamente teriam pessoas mais dispostas e experientes para esse trabalho.

- De certa forma, mas essa tarefa foi repassada à eles para evoluírem na pratica de cultivo e produção de goop's. - levantei minha mão quando ele finalizou.
- Senhor eu queria saber um pequeno detalhe. - ele fez um sinal para que prosseguisse. - Foge um pouco do assunto mas.... A alguns anos atrás os tritões e sereias eram limitados a fagarem apenas pelas águas, por não possuírem pernas, mas todos que vi até agora "andam" com suas caudas normalmente. Como se não estivessem fora d'água. Consegue me dizer o motivo para isso?

- Foi até bom você perguntar isso, afinal, pode ser a dúvida de mais alguém. - ele deu um sorriso e prosseguiu. - Não sei se perceberam, mas o chão da cidade e os carpetes dentro das construções, estão cobertos por uma finíssima camada de goop.

- Muitos de vocês não devem conhecer, mas além do goop ser uma gosma gelatinosa que ajuda no crescimento das plantas submarinas, ele também serve como um auxílio para os tritões e sereias para que "deslizem" com suas caudas por qualquer superfície que esteja presente.

- Eles.... "Deslizam"? - perguntei a mim própria em um sussurro. Agora fazia sentido, principalmente o fato dos meus sapatos estarem gudando um pouco, foi até difícil de perceber.

- Se me acompanharem, mais a frente verão uma réplica exata da rainha Izanami. E contarei a vocês o motivo de sua morte antes de passarmos para o próximo trópico. - chegando em uma das sala mais a frente, pude ver uma estátua grande de uma sereia de cabelo rosa e olhos dourados. Sua beleza era de tirar o fôlego. As sereias são criaturas belíssima, mas, aquela parecia ser a mais bela que qualquer outra.

- Como podem ver, essa aqui é a est.... da rainha Izan.... e a ré... ca exata del... - minha visão começou a embaralhar, o que fez com que eu não prestasse muita atenção no que o guia falava. - Senh.... ita você est.... bem?

Essa foram as últimas palavras que ouvi antes que eu perdesse o equilíbrio e caísse no chão. Eu não conseguia mexer nenhuma parte do meu corpo, era como se ele estivesse cansado. Uma forte dor de cabeça tomou conta de mim, eu queria morrer naquele momento, aquela dor era torturante parecia que minha cabeça ia explodir a qualquer momento.

Queria gritar para aliviar.... Mas nem voz eu tinha mais. As pessoas em minha volta se afastaram de mim ao ver que os médicos chegaram. Eles colocaram uma espécie de máscara em mim, ao ver que eu não conseguia respirar direito. Antes que percebesse, já tinha perdido a consciência.

P.O.V Liang

Foi difícil se livrar daqueles caras, mas pelo menos agora está tudo bem. Nunca pensei que tinha espiões da guarda no meio de nossos subordinados, acho melhor tomamos cuidado de agora em diante. Olhei para Lynn, que estava desperta. Ignorando a dor que sentia, ela se sentou na cama e olhou ao redor do seu quarto.

- O que diabos aconteceu aqui? - perguntou em um sussurro ao ver as paredes um pouco danificadas, e dois corpos no chão cobertos de sangue. Pelo jeito terei que contar uma mentirinha para ela.

Continua....

Notas finais

Eu sei, eu sei! Eu dei uma sumidinha por alguns dias, mas aqui estou e com capítulo novo.

Desculpem a demora, mas esses dias estive meio ocupada cumprindo uma "promessa" que fiz a uma amiga - resumindo tava vendo "Naruto"😅😅 -.

Bem é isso, espero que tenham gostado desse capítulo. Desculpem pelos erros de ortografia. Não esquecem do comentário!?

Sayonara minna-san👋👋👋