Entre Lágrimas e Espadas

Decisões Difíceis

Capítulo Anterior:

    - Qual era o objetivo dele ao construir esse lugar?!

    - O mesmo desde o inicio da grande guerra. - a atmósfera se tornou estranha de repente, o que deixou Suzume ainda mais incomodada do que já estava. - Recriar o grande cristal!

P.O.V Narradora

    - N-não pode ser…. - a morena permaneceu um tempo em silêncio, ainda tentando assimilar a informação.

  "Recriar o grande cristal"? Séria mesmo possível? Ela achava que não.… Mas a essa altura do campeonato não duvidava da capacidade de Damian em recriar o grande cristal. Um simples humano foi capaz de aumentar sua expectativa de vida com um minúsculo pedaço de cristal, uma coisa que nem mesmo os antigos chefes na guarda de Eel sabiam que era possível, então porque não conseguiría recriá-lo. Mesmo que a idéia seja diferente da outra, Suzume sabia que ele poderia conseguir tal coisa, mesmo desconhecendo seus métodos.

    - Se ele fazer isso…  Estará condenado não só os faeries, mas também a todos os humanos presentes em Eldarya! Será uma catástrofe!! - Craig levantou-se de onde estava e se dirigiu até a saída.

    - Imagino que a senhorita tenha várias perguntas, sendo assim que tal tomarmos uma xícara de chá? Creio que deva demorar um pouco. - a Aengel assentiu, se levantando em seguida.

    - Não vai fazer mal para você se estiver eu andando por aí? Afinal, ainda sou uma faerie. - o senhor lhe lançou um olhar sereno.

    - Não precisa se preocupar! Todos estão dormindo a essa hora. - ambos se retiraram do recinto, indo em direção à cantina. Após entrarem na construção, Suzume se sentou em uma das mesas que havia no local, esperando Craig terminar de fazer o chá.

    - Aqui está! - falava ao colocar a xícara de chá na frente da morena. - Gostaria de alguns biscoitos?

    - Não, obrigada. Ficarei só com o chá mesmo. - dizia com um sorriso pequeno, observando Craig se sentar na cadeira a sua frente.

    - Pode começar quando quiser. - informou, dando um gole em sua bebida.

    - Bem… - iniciou pensativa, revendo pelo que iria começar.

[…]

    - Agora entendo… - dizia em voz baixa, mantendo seus olhos fixos a xícara de chá, agora vazia. - Então a situação está pior do que imaginava! - a morena apertou um pouco os dedos contra o objeto em mãos, lembrando de tudo que foi dito durante sua conversa com Craig.

  - Eu tenho que parar essa guerra antes que seja tarde demais!! - a morena pediu para o senhor que lhe mostrasse a saída daquele lugar, pois teria que partir está noite se quisesse chegar a tempo no QG de Eel, e assim ele fez. - Obrigada por tudo! Não sei como agradecer.

    - Não tem problema, foi um prazer em recebê-la! - disse com um sorriso gentil, observando a Aengel indo embora em passos apresados. - Que Deus esteja ao seu lado!!

  Entrando de forma bruta na casa, Suzume cruzou a sala em direção ao quarto, ignorando os amigos que estavam lhe esperando. Ambos se assustaram com o barulho da porta abrindo, olhando para a morena que saiu correndo dali.

    - Suzume?! Ei! - a pequena correu atrás de si, já que a mesma não havia lhe escutado. - Suzu, o que houve? E por que chegou nesse horário?!! SABE QUANTAS HORAS SÃO!!??? - a rosada gritou irritada, o que chamou a atenção da maior.

    - Desculpe, não queria a ter deixado preocupada! - dizia calma, deixando as coisas de lado e abraçando a pequena.

    - Hum? Algum problema Suzu?! - perguntou preocupada, sentindo algumas lágrimas da maior caindo na blusa que vestia. - Suzu… O que houve?

    - Eu te amo Sayuri! Eu te amo tanto!! - dizia com a voz trêmula, apertando ainda mais a rosada contra si. - Me perdoe se um dia a magoei! Eu não queria!! - ambas ficaram em silêncio, ainda se abraçando, até a maior cair no sono.

    - Ela estava muito estranha assim que voltou. - diz Ryuu, aparecendo na porta do quarto, pegando a amiga no colo estilo "noiva" e a deitando na cama em seguida - O que será que aconteceu?! - Sayuri olhou para o rosto da maior, com um semblante preocupado.

    - Não sei.… - respondeu simples, lembrando da última vez que a Aengel chorou por sua causa. - Só sei que… Algo terrível vai acontecer!

[...]

  No meio da noite chuvosa, onde uma forte tempestade estava por vir, uma certa morena preparava suas malas as presas, verificando de segundos em segundos as horas.

    - Se eu não me apressar, não chegarei a tempo! - pegando a espada que Sayuri havia guardado após sua chegada, a Aengel saiu de seu quarto com cautela, certificando-se que não teria acordado ninguém durante todo o tempo que esteve acordada.

  Suzume se dirigiu até a sala, que estava totalmente dominada pela escuridão da noite. Cruzando o local em passos silenciosos, a morena entrou na cozinha e pegou um lanche para a viajem.

    - Ingênua como sempre! - diz Ryuu acendendo a luz do cômodo. - Eu te conheço Suzume, e sei que vai nos abandonar por um tempo. - um silêncio se instalou por segundos, até o azulado se pronunciar novamente. - O que está acontecendo?

    -.….- depois de alguns segundos em silêncio pensando, finalmente resolveu compartilhar com o tritão o que Craig havia lhe falado. - Ryuu o que vou te contar agora, fica só entre nós. Não quero que conte para Sayu!! - disse séria, resumindo tudo o que passou até o momento em que chegou em casa.

    - Além de apoiar a união dos humanos e dos faeries, é ex-seguidor de Damian. Isso explica muita coisa! - dizia após a amiga terminar a explicação. - Bem, se for o caso terá que voltar para o QG para repassar essas informações a Natsu, né?!

    - Sim. - pegando a mochila que deixou de lado desde que começou a contar o que passou até este momento, Suzume foi em direção a porta, mas é interrompida por Ryuu de ir embora.

    - Qual é a chance de voltar viva?! - perguntou quase em um sussurro, lembrando do estado que a morena apareceu no QG da última vez em que desapareceu, quando ainda era apenas uma iniciante na guarda de Eel.

    - Nenhuma... - respondeu em voz baixa, abrindo a porta e fazendo um último pedido para o amigo antes que fosse embora. - Me desculpa se não pensei nos sentimentos de vocês em algum momento. Mas nesta situação, eu sou a única que sabe o que está acontecendo, e, o que fazer para parar isso!

    - Entendo sua posição agora, e creio que faria o mesmo se estivesse no seu lugar. - seus lábios se curvaram em um sorriso pequeno, levantando a cabeça e lançando um olhar carregado de tristeza para a morena. - Boa sorte! - disse simples, recebendo um último sorriso que veria da Aengel.

Continua....