O sorriso que me faz querer te devorar.

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O ditado popular diz "os opostos se atraem" e, olha eu até acredito, mas isso não quer dizer que vão permanecer juntos.

Veja só onde me enfiei... Logo eu, o desapegado de tudo!

Eu costumava disparar "o problema não é você, sou eu". Essa era a melhor desculpa para despistar as garotas — e alguns garotos também — que ficavam no meu pé, com um sorriso de liberdade descia minha lista de contatos escolhendo meu próximo alvo.

Porém, quebrar corações não é minha intenção, afinal, não é como se eu segurasse uma marreta e a batesse no peito de alguém. As pessoas querem carinho e eu dou, apenas almejando o meu próprio prazer, É claro e simples.

Estou acostumado a ouvir na roda de amigos as sextas-feiras

"Homem pensa melhor com a cabeça de baixo".

Tenho que concordar. Relacionamentos são chatos, e eu não tenho mais saco pra lidar com eles. "Katsuki, por que tá chegando a essa hora? Por que não respondeu minhas mensagens?"

Me erra! Sério, não dá. Coisas assim me sufocam.
Amaldiçoo em minha mente o criador da frase "Todo mundo tem a tampa da sua panela". Caralho, amigo! Que bom que nem da cozinha eu chego perto. Gosto da liberdade.

E essa liberdade a qual me leva a me trancafiar em um banheiro de um estabelecimento para universitários, puxando os cabelos castanhos de uma garota desconhecida para que ela continue a me chupar. Bom, não tão desconhecida assim, porque a vi essa noite e em menos de dez minutos de conversa nós engatamos em uma espécie de interesses mútuos. Tudo pelo prazer.

— Porra. Isso é bom. Isso, continua. Engole ele inteiro.

Enquanto uma das minhas mãos pressiona a cabeça da morena, a outra percorre os meus fios loiros, pingando suor pelo ambiente pequeno da cabine do banheiro.
Se demorarmos muito, logo minha regata preta — a cor mais que mais combina comigo — vai estar no mesmo estado que o meu cabelo. O calor entre minhas pernas não é pela peça de roupa fechada e de tecido quente — um jeans despojado — , e sim pelo maravilhoso boquete o qual recebo agora.

— Porra. Isso é bom — um gemido arrastado rasga a minha garganta – Isso, continua... Engole inteiro.

Tombo a cabeça para trás, apoiando-a na parede de ladrilhos

— Nossa, bebê... Vou gozar.

Não confunda as coisas, não sou o que pode se chamar de carinhoso. Veja bem, eu não sabia nem o nome dela; pelo menos não me lembrava. Além disso, nenhuma mulher quer ser chamada pelo nome errado quando está de joelhos chupando um cara no banheiro masculino. Então, só por segurança, eu a chamei de bebê.

Seu nome verdadeiro? Isso importa de verdade?

— Inferno. — a minha voz rouca entrega o meu real estado — Docinho, tô quase lá.

Ela afasta a boca com um estalo e segura meu membro com delicadeza, enquanto eu volto a forçar minha cintura contra sua boca. Estoco fundo para a sua surpresa, me desmanchando em seus lábios rosados, fazendo com que ela engula. Em seguida, vou em direção à pia para me limpar e fechar o zíper.

A morena me observa, encantada, fazendo bochecho com uma paste de dentes a qual tirou da bolsa.

— Você me acompanha num drink? — pergunta ela, com um tom de voz manhoso. Para mim soou mais como irritadiço. Não pude deixar de franzir o cenho. Sabe, quando eu termino, eu realmente termino. Não sou aquele cara que anda numa montanha-russa duas vezes. Uma vez já basta, e depois a vibração e o interesse terminam. Nada é igual.

— Pode ser — respondi ríspido. — Acha uma mesa, vou pegar uma alguma coisa no bar. — Decidi ceder, afinal, a moça se esforçou bastante ao me chupar. Ela merece uma boa bebida.

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