Dou uma olhada em Izuku. Seu rosto está fixo no meu, sua expressão é indecifrável. Eu provavelmente devia dizer algo.
Que merda eu devia dizer?
"Desculpe, essa é uma das minhas outras vagabundas?"
Não, por alguma razão, acho que uma pessoa não se sairia bem dessa.
Ele senta, todo formal.
— Acho que eu devia ir embora.
Merda. Uraraka maldita.
Izuku se levanta, segurando meu travesseiro diante dele, cobrindo-se.
Bem, este não é um bom sinal. Uma hora atrás, ele estava esfregando a bunda na minha cara. Agora não quer nem que eu olhe para ele.
Porra.
Ele passa por mim em direção ao quarto. Mesmo com meu estômago se revirando, não consigo parar de admirar o balanço de sua bunda firme conforme ele anda. De modo previsível, meu pau se levanta igual ao Drácula saindo do caixão.
Quando tinha dez anos, tínhamos um cachorro. Ele montava em cima de tudo e de todos — desde a perna da empregada até a cama dos meus pais. Ele era ávido. Meus pais morriam de vergonha toda vez que alguém nos visitava. Mas agora entendo que ele não era um cachorro mau. Não era sua culpa.
Sinto sua dor, Bidu.
Eu suspiro, e então empurro a Uraraka para o lado.
— Que porra é essa que está dizendo? Onde namoramos? Em que mundo?
Ela da um sorriso falso
— só foi uma brincadeirinha, calma, amor.
— Tá, então você quer brincar? — Sorriso para ela.
— Eu adoraria — Ela começa a tirar a bolsa das costas, não tirando os olhos de mim, para depois começar a se aproximar para um possível beijo. Eu me inclino e fico na sua altura, sussurro no seu ouvido.
— O parque de diversões não fica aqui em casa. Fica no centro da cidade. Então pegue as suas coisas e cai fora daqui.
Ela treme por um instante.
— Por que está me tratando assim? O que eu fiz? — Pergunta ela.
Certo. Os livros de auto-ajuda me alertaram sobre isso. As pessoas costumam fechar os olhos para algumas atitudes, quero dizer, você sabe... um Cara que não te procura, não te liga e não quer saber como você esta, provavelmente não te considera como uma futura-namorada. Não mesmo. Ele te considera uma boa foda, dentro de uma boa lingerie, com uma boa disponibilidade de horários para os domingos à noite. E cá entre nós, relacionamentos não sobrevivem de migalhas, todo mundo sabe disso. Mas acho que a Uraraka não sabia, ela estava convicta de alguma ilusão de sua própria cabeça, por isso eu fui dizendo.
— Olha, Uraraka, sei que você deve ter entendido errado, mas eu deixei claro o que havia entre nós
— Uma relação — Ela responde num tiro.
— Não, não temos uma relação.
— Mas... mas... nós transamos. Você me levou pra jantar, disse que eu era uma mulher incrível
— E você é uma garota incrível, estou te dizendo, é boaça! Mas não temos uma relação. A gente só se curtia, uma troca mútu...
— Não! — Agora ela estava gritando, e, provavelmente, as vizinhas fofoqueiras já estavam com seus copos na parede, você sabe, para ouvir e depois sair falando por aí — Nos temos uma relação sim! Você não pode me chutar desse jeito, está me ouvindo?
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Obsessed
FanfictionBakugou poderia até acreditar no ditado popular que os opostos se atraem, mas não significa que eles devem permanecer juntos por muito tempo. Sempre conquistando corações e nunca pedindo desculpas por quebrá-los logo em seguida, ele conhece em um ba...