Dizem que eu falo sozinho. Serio? Quem disse isso?

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Beijar o Shinsou é... legal... É familiar. Meigo. Como achar seu antigo brinquedo favorito perdido por aí. E você sorri quando a vê. Você passa sua mão pela sacada e se lembra de todos os dias que passou envolvida neste mundo inventado. É nostálgico. Uma parte da sua infância. Mas é uma parte que deixou para trás. Porque, agora, você cresceu. Portanto, não importa o quanto suas memórias sejam queridas, você não vai pegar o carrinho e sair por aí passando ele pelas paredes, como se fosse uma grande corrida.

O beijo termina e eu abaixo a cabeça. Olho para a camisa dele. Sabe aquel verso, acho que é de uma música: se você não pode ficar com a pessoa que ama, ame a pessoa com quem está? Isso se encaixa muito bem nesta situação. Exceto pelo fato de que já amo o Shinsou. O bastante para tirar vantagem de sua devoção, o bastante para usá-lo para curar meu coração partido e ego ferido. tentar nos tornam um.

Uma vez, ele me disse que eu não era mais o garoto por quem ele tinha se apaixonado. Apesar do quanto aquilo me machucou, do quanto aquilo fez eu me sentir incapaz na época, ele estava certo. Não sou mais aquele garoto. Não tenho mais medo de estar sozinho.

Arrasto os olhos da camisa para o seu rosto.

— Shinsou...

Ele coloca o dedo nos meus lábios, esfregando-os suavemente. Fecha os olhos e dá um suspiro. Nenhum de nós se mexe por um instante, envolvidos, durante alguns segundos finais, no encanto do passado. Em seguida, ele fala, quebrando o feitiço.

— Estar aqui com você? É demais. Tão bom quanto me lembro, acho que até melhor. — sua mão segura meu rosto com ternura. — Mas tudo bem, Izuku. Foi apenas por um minuto Vamos voltar agora para o futuro. Não precisa significar algo além disso. Não precisa mudar o que temos agora, pois também é muito legal.

Aceno, aliviado. Grato por ele saber como me sinto, sem precisar dize nada. E que ele sente o mesmo

— Tudo bem —Ele sorri. — Devia te levar para casa antes que a Inko solte os cachorros. Ou pior, akamaru.

Rio. De mãos dadas, saímos e deixamos todas as memórias para trás.

Vinte minutos depois, Shinsou para no estacionamento dos fundos do restaurante da minha mãe. Ficamos sentados no caminhão em silêncio, lado lado.

— Quer que eu te leve lá em cima?

— Não, não precisa. Eu consigo.

Ele acena devagar.

— Então, vai rolar algum tipo de... clima estranho entre nós agora? Só porque demos umbeijo de língua por alguns minutos?

Como disse antes, Shinsou sempre teve jeito com as palavras.

— Não. Sem clima estranho. Não se preocupe.

Mas ele precisa de algo a mais para confirmar.

— Você continua sendo meu garoto, Izuku?

Ele não quer dizer isso no sentido de namorado. Ele quer dizer no sentido de amigo, melhor amigo.

— Sempre serei seu garoto

— Que bom — ele vira a cabeça para o para-brisa e analisa. — Você realmente deveria pensar sobre a Califórnia. Acho que seria uma boa mudança para você. Um tempo.

De certo modo, ele está certo. A Califórnia seria uma página em branco par mim. Sem memórias. Sem decadências dolorosas. Sem conversas estranhas. Com meu currículo, não vejo problema algum em conseguir um novo emprego. Dito isso... tenho contatos em Nova York. Raízes. Não sei se quero corta todas elas. Então, igual a qualquer outro aspecto da minha vida neste momento, não sei que porcaria quero fazer.

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⏰ Última atualização: Apr 27 ⏰

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