Na descida todo santo ajuda. Na subida eles te dão uma bicuda.

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Obs: compensando os capítulos passados, você sabe, aquele nosso combinado de todo domingo. Agora estamos certinhos, Mozão! Boa leitura, até domingo ❤️

Escute só e lembre-se: O jogo mais importante na carreira de um novo jogador não é sua estreia. Mas sim o que vem em seguida. A segunda apresentação. Ele tem que provar que é consistente. Confiável.

Hoje é meu segundo jogo. O dia em que vou mostrar para Izuku que ele não vai se livrar de mim e que sou um baita artilheiro. Comecei com algo simples. Elegante. Algo menos chocante que a la mexican. Afinal, você nem sempre precisa atacar com armas nucleares para ganhar uma guerra.

A sala dele está cheia de balões.

Milhares deles.

Cada um impresso com ME DESCULPE.

Exagerado? Também não acho.

Então pedi que entregassem uma coisinha em sua sala. Junto com um bilhetinho:

VOCÊ JÁ TEM O MEU

Dentro da caixa, em uma corrente de platina, está um perfeito coração de diamante de dois quilates.

Meloso? Claro que sim. Mas os garotos amam essas coisas melosas. Pelo menos é o que os filmes, que fiquei assistindo até as três horas da manhã, mostram.

Espero que isso faça as pernas de Izuku ficarem bambas. E então caia de quatro, e estou certo de que não preciso te dizer o quanto gosto dele nessa posição.

Estou apenas brincando.

Um pouco.

Além do mais, acho que ele não está acostumado a ganhar presentes, pelo menos não daquele valor. E devia estar. Ele merece ser mimado. Ter coisas boas. Coisas lindas. Coisas que seu ex-namorado de merda não podia pagar e provavelmente nunca nem pensou em lhe dar.

Coisas que posso – e irei – lhe dar.

Queria estar ao seu lado quando ele abrisse. Para ver a expressão em seu rosto. Mas tenho uma reunião.

— Bakugou Katsuki. Continua tão bonito quanto o diabo. Como está, meu garoto?

Está vendo aquela mulher me abraçando na minha sala? Sim, a dama de cabelos loiros que ainda é sensacional, apesar de já estar na casa dos cinquenta? Ela foi minha professora do sexto ano. Naquela época, sua pele era tão suave e macia quanto seu sotaque japonês. E tinha um corpo que implorava por pecado. Muitos e muitos pecados.

Ela foi minha primeira paixão. A primeira mulher para a qual me masturbei. Minha primeira fantasia com uma mulher mais velha.

Irmã Tsunade.

Sim, você entendeu direito: ela é uma freira. Mas não qualquer freira, crianças. A Irmã Tsunade era uma freira muito gostosa naquela época, ela era a freira mais jovem que todos nós já tínhamos visto – diferente das mulheres feias, vestidas de preto e severas, que pareciam velhas o bastante para terem vivido na época de Jesus. O fato de ela ser uma mulher do clero – proibida – e de estar em uma posição acima de nós, meninos católicos perversos, só fazia aquilo tudo ser ainda mais erótico.

Ela podia ter me espancado com uma régua a qualquer momento.

Eu não era o único a pensar assim. Basta perguntar para o Kirishima.

— Você está mais linda do que nunca, Irmã Tsu. Já decidiu deixar a Igreja?

Não frequento uma igreja. Não mais. Sou muitas coisas, mas hipócrita não é uma delas. Se você não vai seguir as regras, não deve aparecer para as reuniões em grupo. No entanto, mantive contato com a Irmã. Ela é a diretora do St. Chakra agora e minha família sempre fez generosas doações.

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