Melanie está insatisfeita!
Casada há dez anos com Noah, ela não consegue lembrar o exato momento em que seu marido deixou de ser aquele homem carinhoso e romântico por quem ela se apaixonou.
Cansada de tentar salvar o seu relacionamento, ela decide...
Três semanas. Exatamente três longas e torturantes semanas. Esse é o tempo em que a greve durava. Noah já estava subindo pelas paredes, nem mesmo sua mão lhe adiantava mais, e Melanie não parecia disposta a colaborar para que esta greve chegasse ao fim, não, muito pelo contrario, ela parecia estar se divertindo com o seu sofrimento.
Há dois dias trás ele havia chegado da empresa e a encontrara desfilando pela casa somente de calcinha e sutiã, e justamente o conjunto que ele mais gostava e quando ele tentará se aproximar ouvira ela dizer "Não encostará em mim, até entender o que eu quero lhe dizer" , deixando-o mais uma vez com as mãos abanando no ar.
As noites estavam sendo ainda mais torturantes, pois ao invés de dormir ele ficava a velar o sono dela e a admirar ainda mais o seu corpo e a sua beleza, estava a ponto de enlouquecer, se esta greve durasse mais um dia ele enlouqueceria, tinha certeza.
Quando a greve completara duas semanas e ele já não estava mais se agüentando, recorreu ao seu irmão na tentativa de conseguir apoio e ajuda para por um basta na loucura da mulher, mas ao invés disso fora motivo de piada e zombaria.
-É serio Peter! – Ele ralhou mais uma vez para o seu irmão que estava em uma crise de riso sem fim. – Não vejo motivo para graça nesta situação, a Mel quer me enlouquecer só pode. – Murmurou esfregando a mão na face já vermelha de raiva.
-Desculpa meu irmão! – Peter falou pondo a mão na barriga e enxugando as lágrimas que ainda rolavam em seu rosto, após explodir em uma crise de riso, devido à abstinência do seu irmão. – Mas é que a Mel realmente se superou dessa vez. Greve de sexo, hm. – E então novamente caíra na gargalhada deixando Noah ainda mais irritado.
Noah estava decidido a dar um fim a essa greve infame que sua mulher declarou. Chegou do serviço no horário de sempre e estranhou ao encontrar a sala silenciosa, seguiu em direção a cozinha e encontrou apenas um post it colado no microondas.
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Franziu a testa, onde Melanie havia indo, se perguntou. Estava cansado, do trabalho, cansado de não poder tocar em sua mulher. Com a gravata, o paletó e a pasta na mão ele se encaminhou para o quarto, mas ao chegar à porta parou devido à surpresa, Melanie estava se preparando para dormir, vestida em um pijama curtíssimo de seda. Ele entrou no quarto se livrando das coisas que carregava, o silêncio só era cortado pelo som da respiração deles.
Melanie estava cansada, o dia na empresa havia sido estressante e tudo o que ela queria era deitar em sua cama e descansar. De costas para Noah ela ouviu quando a porta bateu atrás de si, o que a fez olhar por cima dos ombros e perceber que estava sozinha novamente. Respirou fundo se rendendo ao cansaço e deitando na cama enquanto se enrolava no edredom.
Ela estava quase dormindo quando escutou a porta abrir e sentiu o cheiro dele invadir o quarto, escutou mais alguns suaves barulhos pelo quarto e então sentiu o colchão ao seu lado afundar.
-Mel. – Noah a chamou com a voz mansa.
-Que? – Ela respondeu virando-se de frente para ele.
-Não faz isso comigo. – Implorou ele como uma criança ao qual o doce lhe foi tirado.
-Isso o que? – Indagou ela se fazendo de desentendida.
-Já faz três semanas. – Ele falou fazendo bico como uma criança birrenta.
-E vai fazer quatro, cinco, até você mudar esse seu jeito. – Ela falou virando-se de costas para ele e dando o assunto como encerrado.
Mais uma vez Noah havia perdido a batalha e a guerra duraria o tempo que ela quisesse o que só lhe restava aceitar.
