Depois fomos todos para casa, o dia passou a correr deitei as crianças nas suas camas e eu e Harry ficamos a namorar e a fazer amor, e na manha seguinte, acordei mais cedo do que esperava, depois de termos ido dormir as três da manha contra nosso gosto não era para mais que acordássemos bem depois do almoço, pelos jeitos Harry ia demorar para se levantar, mas eu já estava despertada. Meu corpo inteiro estava dorido, mas eu gostava daquela dor... Era uma dor gostosa, pode-se assim dizer.
Me virei lentamente na cama e encontrei Harry dormindo tranquilo ao meu lado. Parecia até um sonho tê-lo ali comigo, eu finalmente me sentia completa novamente, ainda um pouco receosa, mas completa. Nossa noite tinha sido perfeita, Harry tinha conseguido- me fazer a mulher mais desejada do mundo com todos os orgasmos da noite e com todas as sensações deliciosas que só ele me causava. Me apoiei no cotovelo e fiquei o contemplando dormir. Tão lindo, tão meu... Eu o amava, tinha certeza disso, absoluta, mas porque ainda sentia um algo estranho no meu peito? Não era dor, era bem diferente daquela dor agonizante que senti por cinco meses, parecia ser uma agonia, um medo terrível de perdê-lo. Por mais que tivesse o desculpado ainda sentia uma certa desconfiança, ele precisava de me mostrar que tinha mudado. A separação foi um dos principais motivos pelo qual me separei com Harry, mas se ele não tivesse demorado tanto para me vir procurar e se nas vezes que conversávamos ele não fosse tão estúpido e orgulhoso eu teria voltado para ele mais rápido.
Levantei-me sem fazer barulho e fui até o closet, peguei outra blusa larga e uma calcinha e desci as escadas para ir para a cozinha para preparar o café. Desci as escadas devagar me lembrando da noite passada e sorrindo maliciosamente devido às lembranças. Fui juntando nossas roupas que faziam uma trilha da sala até a cozinha e deixei o monte de roupa no cesto da roupa suja. No balcão da cozinha tinha café que tinha virado da cafeteira e o chão estava completamente sujo. Céus, teria muita coisa para arrumar antes de Alice e Rebecak acordarem. Eu estava nervosa demais para uma pessoa que teve uma noite tão perfeita como a minha, mas a verdade era uma... Eu estava confusa demais. Megan ainda estava na cidade e eu não sabia qual era o grau de relação dela e Harry, não sabia se eles continuavam se vendo. Para falar a verdade eu não sabia de nada que estava acontecendo na vida de meu “marido”, ou “ex-marido”, e isso me incomoda de uma forma tão estanha que chega a sufocar-me. Eu era a mãe das filhas dele e tinha o direito de saber deles... Eu acho. Sentei no sofá da sala me lembrando dos detalhes de nossa “reconciliação”... Eu sei que era tarde demais para me arrepender, não que eu me arrependesse da noite passada, mas é que tinha pontos em minha relação com Harry que eu precisava falar para ele e eu tinha completamente esquecido deles devido à excitação do momento. Eu o amava muito, mas isso não era o suficiente, ele precisava de me reconquistar. Então fui ter com ele ao quarto
– Harry: O que minha pequena faz tão cedo fora da cama? – harry se sentou ao meu lado tapando nossos corpos com o lençol.
– Molly: Precisamos conversar... – Falei tentando não olhar aquele seu corpo perfeito coberto por apenas um lençol praticamente transparente.
– Harry: Ok, eu sabia que irias te arrepender da noite passada... – Falou cabisbaixo.
– Molly: Hey, não estou arrependida, só estou dizendo que precisamos conversar...
– Harry: Sobre o que quer falar, amor? – Pegou na minha mão.
– Molly: Sobre nós dois...
– Harry: Começa... – Me incentivou.
–Molly: Sei que vais achar ridículo eu estar dizendo isto mesmo depois de termos feito amor como dois maníacos a noite inteira, mas queria que entendesses o meu lado Harry. – Comecei. – Tenta ser compreensivo okay? – Ele assentiu. – Harry, acho que precisamos ir com calma...