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Depois de jantarmos, ele ficou um pouco com as meninas, e depois foi embora. Eu não conseguia viver assim, estava a morrer por dentro, não aguento, eu queria que elas fossem felizes, e eu sei que o meu dever não estava a ser comprido

-Molly: para a cama meninas!

-Alice e Rebecak: Okay

Bem mais umas semanas se passara e já nem doía tanto…. Mentira! Doía sim e muito! Talvez a dor se tivesse tornado parte de mim, eu sabia que ela ainda estava ali, mas já não ligava já estava habituada. Tudo na vida se acostuma, habituei-me a dormir em conchinha e agora estou a acostumar-me a viver sem ele….. custa demora, mas habituamo-nos. Tudo tinha mudado não comia, já não dormia, não me divertia quando estava com a Alice e a Rebecak, não tinha aquele brilho nos olhos. Estes dois meses já me tinha tornado uma terceira Molly, uma molly fria, desconfiada, minha vida se resumia as minhas filhas. No dia em que nos chateamos, a mãe chateou-se com ele e só o aceitou em casa porque eu lhe pedi. Eu poderia não estar mais com ele, Harry podia ter abusado da minha confiança mas eu ainda, me preocupava com ele, sou burra não sou? Ele trai-me eu devia ter cagado nele, mas não! Assim era tudo mais fácil não doía tanto, mas eu ainda o amava. Eu já não falava mais com ele a não ser das nossas filhas, eu e ele decidimos que uma semana elas ficavam comigo outra semana com ele, quando eu ficava com elas só me dedicava em faze-las felizes não me interessava com mais nada. Bem eram 8 e tal e levantei-me porque não conseguia dormir mais Alice e Rebecak dormiam abraçadas aos seus ursos. Sim elas estavam a dormir comigo na minha cama, fui até ao meu Closet para vestir lago pois estava frio em Holmes Chapel, e quando abri a gaveta meu coração disparou quando vi a T-shirt do Harry. De certeza que foi ele que me a colocou ali, dizia que adorava me ver com aquela t-shirt sempre que acabávamos de fazer amor, dizia que aquilo era uma confirmação de como eu era dele… malditas lembranças. Puxei a t-shirt para mim e inalei o seu cheiro, parecia que o tinha nos meus braços, e que estava inalando o cheiro do seu pescoço e o sentindo arrepiar com a minha respiração, logo vesti a t-shirt. Autch... Tinha acabado de levar uma facada em meu peito... Facada era até pouco pela dor intensa que eu senti. Tentei me concentrar em outra coisa enquanto preparava café para mim mas mesmo era meio impossível... O cheiro dele era vivido e eu não conseguia me concentrar em outra coisa. Eu era uma imbecil.  Ainda pensava nele, ainda o amava e seria uma besta se negasse isso. Até quando isso duraria? Será que eu conseguiria lembrar dele sem sentir aquela saudade imensa?

– Alice: Mamãe... – Alice puxou “minha” camisa chamando minha atenção, me tirando do devaneio.

-Molly: Oi meu amor, o que houve que acordou tão cedo? – Me virei para ela e agachei em sua frente.

– Alice: Tive um sonho ruim... – Coçou os olhos encostando-se a mim.

–Molly:  E o que você sonhou? - A abracei.

– Alice: Sonhei que o papai nunca mais voltou para casa... – Abraçou mais forte seu urso. – Foi só um sonho, né mamãe? – Isso fez meu coração ficar miúdo, essa separação não estava fazendo bem nem pra mim e nem para Alice, nem Rebecak mas eu poderia lidar com isso, já Alice e Rebecak era muito nova para entender. Sim amor, foi só um sonho sim... - Forcei um sorriso mas as lagrimas foram inevitáveis.

– Alice: Mamã, você esta chorando... - Suas mãozinhas tocaram bochechas secando as lagrimas que insistiam em cair. - Teve um sonho ruim também?

– Molly: Não, amor...

–Alice:  Então o que foi?

– Molly: Não é nada filha... - Sequei as lagrimas mas novas apareceram. – É só...

Perfect life, or notOnde histórias criam vida. Descubra agora