Horário livre, deus, há quanto tempo que eu não tinha horário livre? Uns bons dois anos ou mais que eu não ficava atoa. Tinha jurado a mim mesma que não iria me preocupar em fazer qualquer coisa relacionada ao trabalho nesse meio tempo e nem pensar em alguma coisa que fosse em relação a isso. Iria tirar aquele tempo para mim, para relaxar mesmo.Com isso eu, Candice e mais uns colegas de trabalho, que estavam em horário livre também, nos sentamos no pátio para conversar. Alex e uns garotos ficaram jogando poker em uma roda no chão ao nosso lado, apostando maços de cigarro e rodadas de tequila e vodca para mais tarde enquanto conversávamos e dávamos risadas deles. Fiquei conversando sobre Alice e Rebecak com Candice quando meu celular tocou mostrando que era Harry no identificador de chamadas. O atendi e nós ficamos uns vinte minutos conversando. Ficamos falando besteiras e Harry ficou-me fazendo corar com assuntos inusitados principalmente porque eu não podia responder de voz alta.
Molly: Chega, chega! - Falei alto no telefone. - Chega de se divertir as minhas custas...
Harry: Estás a gostar? - Me perguntou rindo.
Molly: Não, não estou a gostar- Menti mordendo o lábio.
Harry: Duvido! Tu mentes tão mal senhora Styles... Eu sei que você esta a adorar! Principalmente na parte que eu falei... - Tentou terminar mas eu o cortei.
Molly: Eh, parou com isso! - Falei - E não, eu não estava! - Rangi os dentes.
Harry: Para de mentir Emma! Tu não estavas a gostar, estavas a adorar... - Riu.
Molly: Não estou a mentir. Agora deixa-me e vai trabalhar... – Falei tentando segurar o riso.
Harry: Admite que queres mais...
Molly: Adeus Harry! - Ri dele e desliguei o celular.
Olhei ao meu redor e percebi que ninguém prestava muita atenção no que eu conversava no telefone e eu agradeci demais pelo jogo de poker estar sendo tão atrativo naquele momento.
Luís: Meu deus, esse cara tem mais do que mil expressões para jogar, onde já se viu isso! - Um dos garotos que estavam jogando na rodinha falou estressado jogando as cartas que estavam nas mãos no rosto de Alex. - Desisto, vou ficar sem cigarro assim.
Alex: Ah qual é? Pare de ser fraco, só porque não sabe perder? - Alex riu.
Luís: É impressionante isso, impressionante! - Falou o mesmo.
Alex: Não, sabe o que é realmente impressionante? -Alex perguntou olhando para mim.
Molly: O que é impressionante, seu chato? - Cruzei os braços olhando pra ele debochada.
Alex: Esse carinha grudento que fica te ligando o tempo todo. - Riu. Eu o olhei cínica e só sorri.
Molly: Esse carinha, é o meu marido... - Ergui a mão esquerda e mostrei a enorme aliança de ouro no meu anelar. Tive que me segurar para não rir da reação de todos em minha volta.