Não podia ser... Eu queria acordar, eu precisava acordar. Implorei para Deus que aquilo fosse só um pesadelo, o pior de todos, mas infelizmente era realidade...
Harry, o meu Harry aos beijos com Megan....
Acho que meu coração parou naquele momento junto com tudo em mim... Eu estava quebrada, despedaçada, em milhões de cacos.
Eu só mandei uma mensagem para Harry dizendo que eu e Candice tínhamos buscado Alice e Rebecak e que eu já estava em casa, queria fazer uma “surpresa” para ele. Alice e Rebecak chegaram dormindo e eu agradeci por elas não ter que presenciar eu e Harry discutindo ou meu choro inconsolável durante o caminho.
Chegando em casa eu peguei algumas malas e fui jogando as coisas de Harry lá dentro. Eu o queria longe de mim, o mais longe possível. Queria esquecer que um dia eu fui completamente apaixonada por ele, eu necessitava esquecer.
Deus, como doía, doía demais. Era tanta dor que eu não conseguia nem explicar, acho que nem cabia no meu peito de tão intensa que era, não sabia de onde ela vinha mas só tinha certeza que ali ela ficaria por um bom tempo.
Eu desejava com todas as minhas forças que aquilo fosse um pesadelo, que tudo aquilo não passasse de ilusão e que eu acordaria no meio da noite nos braços de Harry. Como ele teve coragem de fazer isso comigo? Como ele conseguiu mentir tão bem? Como ele ainda conseguia olhar para mim e ainda dizer que me amava? Como ele tinha conseguido fazer isso com Alice e Rebecak? Com a nossa família? Ele era um covarde, um tremendo covarde.
Harry tinha- se tornado tudo o que eu pensei que ele não fosse. Para mim ele era perfeito, o melhor homem do mundo, o mais fiel, o único. Mas agora, eu percebi que ele era um mentiroso e traidor, agora tinha percebido que ele era igual a todos os homens do mundo. Sabe o que era pior? Eu o amava, amava incondicionalmente e com todas as minhas forças mas o pior mesmo era que eu era idiota o suficiente para ainda ama-lo e ainda continuar o amando pelo resto de minha vida.
Eu estava sentada no sofá da sala me concentrando em parar de chorar para que quando Harry chegasse não me visse assim por causa dele. Já era bem humilhante saber que eu havia sido traída e chorar na frente dele devido a isso se tornava ainda mais humilhante.
A porta da sala foi aberta e meu coração disparou, minha adrenalina foi a mil e minhas mãos tremiam...
Harry: Oi pequena. - Sorriu para mim. - O que significa isso? Alguém vai viajar?
Molly: Você, essas malas são suas... - Falei seria.
Harry: Como assim? - Fechou a porta e veio até mim.
Molly: Como podes-te Harry? Como tiveste-te coragem? Como conseguiste descer tão baixo? - Perguntei controlando o choro. - Sinceramente, você achou que eu não fosse descobrir não é?
Harry: Mollyy.... Quem te contou?
Molly: Ninguém contou, eu vi vocês aos beijos em frente ao escritório do seu pai... – Ri sem graça. – Responde-me Harry, você transou com ela? - Ele não falou nada, só suspirou fundo não conseguindo olhar em meus olhos. - Sabia... Saía daqui! – Apontei pra porta da sala.
Harry: Mollyyy, por favor, deixa-me explicar. - Seus olhos se encheram de lagrimas e ele começou a se desesperar e suas mãos tremiam.