Capítulo 9

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No capítulo anterior (fala final)

— Você ta aqui?

Desligei o telefone e corri para abrir a porta

Minha mãe me ligou nesse meio tempo dizendo que ela estava com meu pai e não iria conseguir vir para casa porque uma árvore caiu no meio da rua.

Avisou também que Edu ia dormir na casa de Milena e que era pra eu me cuidar.

Se eu estava nervosa por ele estar na porta, essa ligação dela fez com que eu ficasse no nível máximo de nervosismo.

Abri a porta e Isaac entrou, eu o levei direto para o quarto do meu irmão para pegar roupas secas.

Fui para o meu quarto e o esperei terminar de se trocar

Ele entrou e ficou encostado na porta, enquanto eu fiquei andando de um lado pro outro

— Você vai abrir um buraco no chão – riu

— Por que não me respondeu?? – parei e olhei pra ele

— Porque esse tipo de coisa conversamos pessoalmente – sentou na cama e pediu pra eu me sentar também – você disse que está cansada de nossas indecisões mas você é a única indecisa aqui, eu sei muito bem o que eu quero e quem eu quero – eu gelei por um minuto

— Essa minha vontade de ter você perto pode ser somente carência de atenção e carinho – ele fez que sim com a cabeça 

— Eu não me importo, não me importo em ser usado por você, eu não me importo se você não me ama da mesma forma que antes. Quando eu fiz o que fiz com você, eu não sabia a falta que você faria e o quanto eu iria me arrepender. É algo estranho mas você ocupava o vazio aqui mas eu fiz aquilo por ser uma criança tola. Juro que tentei outros relacionamentos mas nada foi intenso e nada me fez te esquecer – olhou nos meus olhos e segurou minhas mãos – eu só torcia todo o santo dia para que você me perdoasse e que voltasse a falar comigo, nem que fosse pra me falar o quanto fui babaca. O sentimento continua o mesmo, Alice, nunca mudou, só aumentou – sorriu timidamente

— Eu ainda estou muito confusa, não sei se consigo começar um relacionamento do jeito que estou, estou com medo, eu só quero ficar perto de você e matar a saudade de te ter aqui sempre – o abracei forte

— Quero que seja no seu tempo, quero que você faça o que deseja e sem medo – ficamos cara a cara, narizes com narizes e só faltava boca com boca – nunca mais irei ficar longe porque você não sabe o quanto quero você perto – sussurou

Ele estava prestes a me beijar, mas por algo do destino ou azar nosso, a luz acabou nos deixando completamente cegos.

Ta, pra beijar não precisa de luz mas eu entrei em pânico, porque tenho um certo medo de escuro, então o segurei forte.

— Calma, já já vai voltar, deita aqui – deitamos e ficamos olhando pro teto

A luz da lua invadia o quarto quando o vento abria a cortina, era estranho estar ali com ele, era estranho me sentir bem com alguém que no passado me fez mal.

Decidi que tenho que esquecer o passado, porque nada vai ser consertado então tomei mais 15 segundos de coragem insana ( na minha contagem já foram 30 segundos) e disse:

— Vou para Boston com você se prometer não fazer besteira – consigo vê-lo sorrir através da claridade da lua em seu rosto

— Cara, você ta me fazendo o cara mais feliz do mundo, só falta me beijar mas isso deixa pra próxima – o empurrei e ele começou a rir

A luz só foi voltar 01:00 da manhã, acordei com meu pai perguntando o que eu estava fazendo na cama deitada com Isaac mas não em um tom de “Vou te matar” mas sim um tom de “Vou brincar pra ver se descubro se aconteceu algo.”

Isaac logo ficou vermelho, como se meus pais nunca tivessem nos vistos deitados na mesma cama ou até mesmo dormindo como estávamos.

— Ah, oi papai – sorri meio sem graça – Isaac veio pedir ajuda em um dever de matemática, como o senhor sabe, sou mais inteligente que ele – vejo Isaac sorrir de lado, ele é muito melhor que eu em matematica – ai quando iamos começar faltou luz, fiquei com medo e fiquei perto dele na cama e acabei dormindo, fim – sorri e levantei da cama – ele pode dormir aqui? Ta meio tarde pra ele ir né? – papai só sorriu e olhou para Isaac meio que querendo saber se era verdade, Isaac sorriu

— Está bem, mas ele dorme no quarto do seu irmão e os dois de portas fechadas, entenderam? – só balançamos a cabeça concordando

Logo após meu pai sair quarto, Isaac já estava indo em direção a porta mas antes de sair chegou perto de mim e disse:

— Você nunca foi melhor que eu em matemática – sorriu e deu um beijo em minha testa

Sorri que nem boba, não sei se é porque eu estava me sentindo bem por “estar” com ele até porque não reatamos só pensamos em uma provável reconciliação ou se é porque me senti amada de novo, acho que é por causa dos dois.

Dormi muito rápido, o meu travesseiro estava com o cheiro de Isaac, meu corpo estava com o cheiro dele.

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Por hoje é só, amores

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