Isaac On
No capítulo anterior...
— Oi meu amor
Ainda custava acreditar que Alice estava em minha frente, a noite estava começando a ficar perfeita.
Sorri beijando sua mão e a puxando para mim, foi então que o dj colocou a nossa música pra tocar.
— Me concede essa dança? – perguntei encarando seus olhos, a mesma sorriu concordando com a cabeça
Então, conforme o cantor foi cantando as primeiras frases, em minha mente parecia um filme que contava minha história com Alice desde o início.
Parecia que cada momento que vivemos e pensamos ter esquecidos estavam ali guardados em uma caixa secreta dentro da mente.
Giros e jogadas de pernas me faziam olhar cada vez mais encantado por cada movimento dela. O vestido escolhido pelas meninas lhe caiu tão bem, ela parecia deslizar sobre a pista caindo sempre em meus braços.
Tínhamos feito algumas adaptações na dança original, porém eram poucas.
Conforme a música ia tocando, foi se aproximando da minha parte solo, admito que estava nervoso mas Alice me confortou com aqueles olhos encantadores.
Chegando ao fim da canção, Alice se aproximou parando em minha frente me abraçando, o que fazia parte da apresentação porém durou um tempo maior.
De fundo escutavam os aplausos e todos os tipos de elogios, me afastei um pouco dela vendo seu rosto todo brilhar, era extremamente lindo
— Obrigado por ter vindo, meu amor – sorri beijando seus lábios
— Não tinha como deixar voce dançar sozinho né? Sua professora tinha que estar presente e dançar com você – ela riu
Ainda estávamos nos encarando quando da entrada do salão ouvimos um grito
— Alice Bittencourt, vamos embora agora – disse uma voz masculina – não lhe dei permissão para estar presente – disse o pai dela se aproximando
— Pai? Como chegou aqui tão rápido? – perguntou Alice
— Do mesmo jeito que você – disse vindo em direção a nós dois – que papelão heim Yago, pensei que pudesse confiar em você – disse passando em frente a ele
— Sinto muito senhor, mas pra mim isso é uma honra, sou leal somente com os que eu gosto – disse Yago rindo, o pai de Alice deu de ombros e continuou a andar
Todos da festa estavam nos olhando, inclusive Eleonor.
— Vamos embora Alice – disse puxando o braço dela com força
— Ai pai, ta doendo – disse sendo carregada para fora da pista
— O senhor não pode fazer isso, é agressão – gritei indo atrás deles – não me obrigue... – ele me interrompeu
— A que? A me bater? Você é apenas uma criança – disse largando o braço de Alice e vindo para cima de mim – patético esse teatrinho todo só porque vocês não conseguem superar um namorico de juventude – disse ele rindo debochadamente – deixa eu contar para vocês, isso não dura
— Não dura? Faz quanto tempo que nos conhecemos? Ah, só quase 5 anos, então mesmo que a gente termine de vez – virei a cabeça de lado para ver Alice atrás dele – coisa que não vai acontecer – sorri para ela e voltei a posicionar minha cabeça direito – posso dizer que durou bastante
— Eu vou leva-la daqui e fim de papo – disse virando de costas e voltando a puxar ela – e vocês? Vão pra casa, já está tarde
Todos começaram a vaia-lo e xinga-lo de todos os tipos de xingamentos possíveis.
Ver Alice se debatendo para tentar se soltar fez meu coração bater acelerado em um impulso corri na direção dele a puxando para mim forcando ele a solta-la instantaneamente
— Machucou? Me desculpa – perguntei e a mesma negou – eu não quero bater no senhor, não vá estragar a noite da sua filha
— Não é que você não queira, é que você não pode, agressão a um senhor de idade – disse ele rindo, parecia um garoto peralta da escola
— Ele não pode mas eu posso – disse tia Márcia chegando atrás dele
Para espanto de todos, quando ele virou para ver de onde estava vindo a voz da esposa recebeu um belo tapão que garanto que até o papa ouviu o estalo.
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Mudando Direções
Teen FictionEM REVISÃO! Adolescente ou não, todos nós já nos apaixonamos e desapaixanamos. Já nos decepcionamos várias vezes. A questão é: as pessoas realmente se arrependem do que já fizeram a alguém? Alice nunca iria imaginar que seria traída pelo namorado e...