Meu Indomável Prazer (Livro 2) - CONCLUÍDO

Capitulo 16

Naquela noite, o jantar tivera sido mais do que perfeito. Não havia qualquer tipo de distração ou problema que o fizesse perder o gosto. As preocupações haviam cedido. Com a solução para o problema de Johanna, era visível a mudança em seu humor, até mesmo aquele clima de sobrecarga que ela levava, enfim deixou de existir — isso talvez por ter tirado Dakota do caminho. Ela tomou uma atitude ruim e recebeu como resposta isso, teve sorte de não ser processada por homofobia.

Quando enfim terminou, eu estava com um pouco de dinheiro em minha bolsa, mas outra vez, quem disse que Johanna me permitiu pagar? Ela nunca permitia, e olha que o Jantar não custou nem cinquenta euros. Ao menos uma vez eu queria ser o "homem" dessa relação e pagar por um jantar, tentei no nosso primeiro encontro e recebi uma dura; na segunda, a mesma coisa. Acho que algum dia vou perder a cabeça e sair pagando mesmo que ela me negue.

Johanna enrolou seu braço ao meu, éramos um casal diferente, excêntrico e, sobretudo, de classe. Gosto de sair com ela para esses lugares, mas me sinto estranha, como se não fizesse parte desse mundo. É claro, estou vestida adequadamente e tenho uma postura incrível a mesa — mamãe me ensinou a comer de garfo e faca logo jovem, por tanto, não a envergonho fazendo besteiras a mesa.

Nós seguimos até o seu carro e seguimos direto para o seu apartamento, eu ligo para minha mãe, disposta a saber como estava e ou se precisava de algo, ela parecia estar tão ativa atualmente que até me preocupa, mas acho bom que ela faça algo. Até mesmo Johanna a aconselhou a fazer alguma coisa para distrair o corpo e manter a mente ativa.

Enfim, desembarcamos na torre e subimos. Eu descanso a minha bolsa sobre seu sofá enquanto ela deixa a sua sobre a mesa e parte rapidamente para outro cômodo. Olho para o teto de maneira imaginativa, penso em como esse dia foi diferente, como todos os dias ao seu lado são. Os nossos altos e baixos são o que tornam isso tão divertido e excitante.

Ela retorna com uma garrafa de champanhe e sem o blazer que usava sobre o terninho preto chique de anteriormente, senta-se ao meu lado no sofá e pega duas taças.

— Há algum outro problema que requeira nossa atenção... Cecilia?

— Da minha parte... acredito que não. Oh, se lembra daquela tarefa que ganhei de Barnes na IMS e que não podia conta-la?

— Sim — ela toma um micro gole de bebida. — Até hoje não me contou em que está trabalhando.

— É que... tal revelação poderia prejudicar muitas pessoas, mas... acho que já tenho uma resposta para dar ao meu chefe.

— Quer conversar?

— Sim. Sabe, Barnes e a presidência suspeitam que há uma fraude dentro da IMS que envolve vários setores importantes e ele me incumbiu de encontrar pistas sobre quem poderia ser o responsável. Nisso, eu cheguei a dois nomes; Jerry, que é o diretor de tecnologia e também Clark, a minha supervisora.

— E então? — ela parece prestar atenção.

— Então descobri que Clark era a responsável por tal fraude. Tenho como provar isso, mas... não sei como levar adiante, ela pode descobrir que eu o fiz e vai me trazer muitos outros problemas. Tenho medo.

— Hum — Johanna deposita sua taça sobre uma mesinha de centro e cruza as longas pernas uma sobre a outra. — Quer que eu interceda? Tenho influência junto a Barnes. Sem contar que se ela ameaça-la, eu posso acabar com ela a tapas.

Eu ri, acariciei sua coxa nua e ela também riu.

— Não. Preciso que você fique fora disso... vou ferrar Clark e todas as pessoas próxima a ela vão se ferrar junto. Se você se envolver pode sobrar para você justamente pelo seu contato com o pessoal da IMS. Seu nome já foi colocado no meio de reuniões importantes, sabia?