Capitulo 32

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Com o arrastar do dia, uma reunião com a presidente requereu a minha presença e a de Clark, que, depois de tudo, tinha se tornado apenas a minha superior mais uma vez. Só que, diferente do cargo de supervisora, agora ela ficava longe de mim quase o período inteiro. Era muito raro vê-la próximo, já que tinha diversas reuniões e compromissos exatamente como Barnes, o cara que ninguém via na maior parte do tempo.

Após o fim do expediente, eu fui para a faculdade onde a aula foi bastante criativa e agregou muito mais do que aprendizados, também alguma experiência, já que o convidado especial do Jackes foi um ator de teatro dos anos 90 que fez sucesso nos palcos com sua técnica espetacular de concentração.

Entretanto, a minha concentração agora estava em outra coisa.

Quando mergulhei no elevador do prédio de Johanna, já tinha um objetivo certo; receber aquela massagem não importava onde fosse. Sinto falta dela, de seu calor, dos seus gemidos suspirados em meus lábios quando estávamos pegando fogo, das suas caricias pelo meu corpo. Enfim, o geral dela que fazia a nossa relação sexual ser a melhor do mundo.

Eu desembarco do elevador e a encontro olhando vagamente através das janelas com apenas ¼ das luzes ligadas. Uma fatia da sala era iluminada e o fundo dela estava escuro, apenas a sua silhueta próximo da negritude do céu. O brilho das estrelas e da cidade logo à frente. ela se vira e se encaminha na minha direção, toma-me para um beijo doce.

— Como foi o seu dia?

— Depois do encontro com você as coisas melhoram, ganhei um pouco de ânimo. E você... como se sente agora?

Quem se preocupa mais com Johanna do que eu? Não havia ninguém com quem ela quisesse conversar, não tinha necessidade. Mas, claro, eu sempre estava preocupada, sempre pensando em coisas ruins, de que ela poderia estar doente.

Uma médica doente...

Nós nos sentamos no sofá e mutualmente já trocávamos caricias no rosto e nas pernas desnudas. Ela, descalça, com aqueles pezinhos maravilhosos que eu recolho em colo para massageá-los.

— Estou um pouco melhor, mas a pouco me peguei chorando com saudade de alguns momentos de infância.

— Você chorando pela infância?

— Sim, me sinto mais sensível hoje. Parece até tolice que uma mulher forte como eu ceda a lagrimas por um motivo tão ridículo.

— É normal chorar, Johanna! Eu mesma choro quando há necessidade.

É realmente estranho ter uma Johanna chorando por isso. Eu nunca tinha a visto chorar por algo que não fosse relevante — como no dia em que terminamos pela primeira vez e na segunda, ou quando aconteceu aquele negócio com o ex marido nojento.

— Enfim, deixemos isso de lado, sim? Vá ao meu quarto agora. Está com fome? Posso servir algo?

— Sim, algo salgado.

— Vou preparar para você e logo já subo com os nossos preparativos. Quero gozar dez vezes hoje, sim?

— Se depender de mim posso tentar realizar seu desejo.

— Ótimo, gostei de ouvir isso.

Ela beija em meus lábios enquanto se apoia sobre minhas coxas e depois parte para a cozinha em um estranho clima de conforto e alguns pulinos empolgados. Nunca a vi agir tão estranha assim comigo. Como se ela inteira estivesse passando por uma transformação. Só que aceito seu mandamento e sigo para o seu quarto. Me despejo sobre sua cama encarando o teto, olho um pouco mais para cima e tenho em vista sua excelência em formato de quadro colorido.

Meu Indomável Prazer (Livro 2) - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora