Capitulo 11

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...

Ela: VOCÊ NÃO VAI AO MEU SHOW NA DESIRE!

Eu: Vou sim. Já comprei até o ingresso! Já sou bem crescidinha para tomar minhas próprias decisões, ok?

Ela: Cecilia... eu já te falei que aquele lugar não é para você. Pare de ser teimosa e escute o que estou te dizendo!

Eu: Está na hora de escolher algo por mim mesma, sim, Johanna? Idai que vou te ver dançando. Não é novidade. Só quero conhecer o seu trabalho extracurricular.

Ela: Não. Você não quer.

Eu: Já me decidi.

Ela: Ok... depois não diga que eu não avisei. Onze horas. Te levo em casa quando terminar.

Eu: Tudo bem. Nos vemos lá... te amo.

Ela: Garota teimosa.

* * * * *

O nervosismo e a tensão estiveram em mim desde o começo da manhã quando havíamos trocado mensagens em um tom duro. Pela primeira, eu iria a uma casa de strip, lá, veria com todas as cores a minha namorada dançando pelada para homens endinheirados. Ok... eu não era ciumenta até então, mas como sabia que não era ciumenta se nunca tive ninguém para ter ciúmes?

Durante o almoço, não comi muito, preferi apenas um lanche salgado e um drink sem álcool para não ficar dobrada mais tarde. Depois que voltei, fui até a sala de Barnes onde deixei algumas impressões sobre meu trabalho — mas ainda não entreguei o resultado final, pois faria depois, quando fosse mais propicio e tivesse maior preparo emocional sabendo que vou prejudicar uma pessoa.

O que minha mãe diria? O que Johanna diria? O que meu coração diria?

Teria que arriscar em algum momento.

Depois que todas as coisas se acertaram, eu recolhi minha bolsa após a faculdade e parti pela calçada, levo cinco minutos a pé até o ponto de ônibus que segue para St.Stephen's e além. Em outra meia hora de percurso, depois que desembarco, me sinto um tanto estranha por andar na rua tão tarde e sozinha. Por sorte, essa parte da cidade nunca dormia e muita gente ainda entrava e saia dos lugares.

O calçamento era plano e os pisos de terra ondulados, oscilavam entre o preto e o branco. Segui por uma avenida onde havia três casas de dança, sendo que duas ficavam uma de frente para a outra: A "Bel prazer" e a "Doce Desejo". A Desires ficava em outra rua, era a única, e ao seu redor haviam outros estabelecimentos chiques.

Sua estrutura lembrava um chapéu, a faixada era de um rosa escuro e tinha um banner em led luminosos vermelho com a perna de uma mulher sensual com uma faixinha na coxa.

Havia uma fila média de cerca de vinte pessoas e dois homens parrudos trajando camisas de botão que cortavam os ingressos. Quando chegou a minha vez, eu entreguei-o meio tremula, olhei para frente onde havia uma cortina alta vermelha e um som ambiente distante.

O homem cortou meu ingresso e me devolveu o resto, o outro abriu a cortina e eu logo vislumbrei um cenário diferente. Inicialmente entrei por um corredor escuro e estreito, no chão, um tapete roxo que parecia de pelos, o som ambiente invadiu meus ouvidos com uma música típica de strip que aumentou drasticamente desde lá de fora.

Quando sai do corredor, olhei ao redor e o que vi, me deixou extremamente encabulada e intimidada.

Era um imenso salão adornado por paredes roxas e leds luminosos expondo figuras sensuais para todos os lados. As luzes de múltiplas cores choviam do teto sobre as pessoas que se sentavam em grandes mesas redondas para seis ou oito pessoas. Em cinco cantos, haviam palcos de dança, lá, mulheres altas, deslumbrantes e provocantemente vestidas se apresentavam com suas danças em pole dance. Algumas já estavam no final com seus corpos a amostra — muitas eram siliconadas e seus corpos causavam tesão em qualquer ser vivo.

Meu Indomável Prazer (Livro 2) - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora