Capitulo 6

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Após tantos impactos do dia anterior, eis que um novo nasceu; belo e disposto a tornar a comemoração em família algo prazeroso e até mesmo alegre.

O sol do início do dia brilhava como nunca, mas estava um tanto frio pelos ventos que rebatiam dos cantos mais distantes da cidade. Johanna percebeu isso e reforçou seus agasalhos — muitos deles, recheados pôr panos nobres.

Ela parecia que iria acampar por um mês, exigiu que toda sua bagagem fosse levada; uma imensa bolsa estilosa com tudo o que fosse precisar, desde mudas de roupa até seus quilos de maquiagem e alguns perfumes. Eu, mais sutil, não levei nada além das roupas do corpo — um kit com agasalho macio marrom escuro, uma blusa preta de mangas longas que combinava com a calça cargo escura.

Antes que embarcássemos, paramos na lanchonete no interior da estação subterrânea. Tudo era muito iluminado e brilhante, tinha dois andares, um teto panorâmico em formato de cúpula, os pisos do chão eram de cor bege e combinavam lindamente com as luzes claras. As múltiplas lojas estavam abertas e nós nos sentamos para tomar um bom café.

Como ela estava bonita naquela camisa xadrez de manga longa, jeans escura e botas com salto, e parecia tão confortável com a minha presença.

Eu lhe dei um biscoito doce na boca, enquanto que ela limpou os cantos da minha boca e sorriu lindamente. Nós ouvimos o anuncio de que o trem estava se aproximando através de um sinal sonoro. Tomamos nosso café e depois partimos justo quando ele chegou freando rigidamente, depois as portas se abriram e juntas entramos para um caminho que não seria tão longo — cerca de 10 estações, ou aproximadamente 25 minutos até Street Lower.

Estava empolgada, principalmente por saber que até mesmo minha mãe iria para a celebração que havia começado com a minha avó 20 anos atrás. Ela foi com os meus primos gêmeos de carro e chegaria lá em aproximadamente 1 hora, me permitiu ir de trem com Johanna, afinal, ela nunca deve ter andando e eu fiz questão de priva-la do carro. Nas primeiras estações, ela achou estranho a movimentação e até mesmo ficou desconfortável, mas quando a cidade se revelou após um túnel escuro, nós desbravamos a beleza de Dublin na velocidade mediana que o veículo percorria.

Cada pequeno ponto turístico, cada nova estação, cada passagem, era uma emoção e uma curiosidade diferente.

Depois de 25 minutos, enfim chegamos a estação e descemos por uma escada até rua que já ficava próximo a um ponto de taxi, cujo a viagem levaria mais alguns minutos confortáveis por ser apenas nós duas; trocando olhares doces, ela enrolando fios do meu cabelo atrás da orelha, seus olhos sobre os meus e a intensa vontade de beijar aqueles lábios que não para de corroer meu corpo.

Eu olho pelo canto do olho e o motorista está distraído com a estrada.

Me viro e Johanna simplesmente planta um rápido beijo em meus lábios lendo meu pensamento do momento.

— Safadinha! — ela sussurra. — Pretendia me pegar desprevenida?

— Vejo que você está sempre em alerta — murmuro mais baixo, dou um leve aperto em sua mão, ela eleva a minha até seus lábios e dá um pequeno beijo. — Ia mesmo tentar roubar um beijo — nós rimos logo em seguida.

Enfim, nos aproximamos da casa do meu tio; um bangalô que não possui uma bela faixada, mas há uma imensa propriedade nos fundos, com piscina, áreas de convivência e para churrascos, vários quartos, dois andares.

Há um par de janelas no primeiro e dois pares no segundo andar, todas encobertas por cortinas azuis escuras aos fundos. O portão de metal era dividido por grades, eu toquei o interfone solicitando-o.

Meu Indomável Prazer (Livro 2) - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora