Capitulo 22.2

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Nós fizemos maquiagem juntas e depois ela tomou em mãos uma caixinha branca onde havia uma porção de joias femininas. Inicialmente ela escolheu um colar de ouro e um par de brincos combinando, logo depois, me pediu para vir, depositou um colar de platina de uns dois quilos em meu pescoço, nos braços pôs uma pulseira grossa de ônix negro junto a outras mais finas e um par de brincos de safira vermelha.

Pôs-se em minhas costas e beijou delicadamente meu pescoço e o lóbulo da minha orelha, eu suspirei e sorri, estava com a boca preenchida por um batom escuro e maquiagem brilhante discreta, assim como ela.

Logo, estávamos prontas e seguimos de braços dados para o elevador. Nos primeiros andares que descíamos, muitas pessoas se juntaram, todas elas estavam ricamente trajadas. Rapidamente a mescla de perfumes se tornou enjoativa, já bastava o meu e o de Johanna que harmonizavam gentilmente um com o outro.

— Viu o que eu disse? — ela sussurra em meu ouvido, está me segurando pela cintura firmemente, nem deus pode me retirar de seus braços. — Isso é o requinte desse prédio. A maioria são boas famílias e seus nomes estão estampados em vitrines por toda Dublin.

— Exagerados — sussurro de volta enquanto ela estava com a cabeça sobre meu ombro. — É só uma festa de gala, não?

— Fale isso para eles.

Após segundos de descida, o elevador parou no andar 10 e Johanna enrolou meu braço ao seu ao invés de me dar sua mão, estávamos tão próximas que eu podia sentir seu calor emanando para mim, eu gosto.

Há um corredor com luzes azuis que parecem um céu claro, elas oscilam através de placas de vidro transparente e iluminam as paredes como se estivéssemos dentro de um aquário. O piso é regular, limpo e tem um tapete de cor vinho que segue serpenteando até um par de portas francesas, guardadas por dois homens armário; um negro perfeito com um terno bem cortado e um moço ruivo barbudo e bem trajado.

— Esse lugar é lindo.

Johanna acenou para os dois moços que prestaram uma breve reverencia com um meio sorriso.

— Esse é o cocktail anual da senhora Kiera; dona de todo o prédio. Moradores e alguns nomes influentes vieram fazer uma pequena celebração entre amigos para discutir nossos sucessos. Muitas vezes alguns só vem para se mostrar mesmo.

— Os ricos fazem isso?

— Quase sempre, querida. Não é querendo me exibir, mas é que as vezes as tarefas do dia a dia acabam por ficar estafantes e nada é melhor do que um encontro com amigos de mesma estirpe que sabem falar de coisas que você gosta.

— Oh, os pobres são tão diferentes. Segunda e quarta tem encontros em pubs para Happy Hour, eles são incríveis.

Johanna acena para uma garçonete 10/10, uma ruiva deslumbrante que me deixa sem palavras, está trajada em um vestido chique azul escuro com as belas pernas amostra. Ela carrega uma bandeja com três taças de um espumante dourado, Johanna pega duas e me entrega uma.

— Já tivemos esse tipo de encontro e eu até gostei — ela fala com um sorrisinho. — Aqui, beba da sua taça até o meio e de apenas micro goles.

Ela mostra como fazer e eu sigo logo em seguida, olhando-a com expectativa.

Caramba, isso é maravilhoso! O melhor espumante que já tomei na minha vida!

— Que delícia!

— É uma mistura de frutas envelhecidas e mel.

Eu lambo meus lábios enquanto aprecio mais um pouco e Johanna parece contente.

Meu Indomável Prazer (Livro 2) - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora