São 16h20 quando enfim retornamos para casa. Essa com certeza, foi um dos melhores dias do meu ano e provavelmente não vou esquecer tão fácil de que, o que vivi com a minha mãe, não tinha preço. Aquilo era verdadeiro e um tanto divertido.
Claro, sair com os meus amigos tinha seus altos, pois eles eram jovens, energéticos e manjávamos de mais coisas.
Quando mamãe chega, a primeira coisa que faz é tomar um chá, enquanto eu corro para o meu quarto onde removo meus sapatos e a camisa, ficando apenas com um macio sutiã devido ao calor da tarde. Me sento diante do meu computador e nele, a primeira coisa que me vem à mente é Clark; no quão sincera ela parecia nas suas palavras.
Droga.
Quem era o culpado por essa merda!
No final, eu não tinha apenas uma pessoa desviando juros para o banco da empresa, mas sim, alguém que sabia da técnica de Clark e estava se beneficiando por beliscar uma fração daquilo — alguns milhões de euros mensais.
Eu me ponho em minha cama desistindo do computador, pego meu celular com a bateria em 10% e o que preciso nesse momento é ouvir a voz de Johanna Mitchel.
Ligo e aguardo calma e pacientemente.
— Boa tarde, querida. É de muito agrado que se lembre de mim no meio da tarde — ela tem uma voz sensual quando atende.
— Meu amor, boa tarde, está ocupada?
— Não, sai com Selene para tomarmos um bom chá antes de voltar ao trabalho. Por quê? Está tudo bem com você?
— Esta sim — não quero preocupa-la. — Apenas liguei para saber como você estava. A tarde está linda, não acha?
— Sim, adoraria estar em meu apartamento apreciando o pôr do sol com você junto a mim... ambas extasiadas após uma boa transa.
— Hum, pensamentos eróticos? Saiba que isso já foi suficiente para me excitar. Espera, Selene não está ouvindo isso... ou está?
Ela ri, tão contagiante quanto cômica.
— Não, ela está na mesa fumando um cigarro, pedi licença para atender. Mas, me conta, o quão excitada você está?
A sua curiosidade acerca do meu êxtase é inebriante. É como se ela gostasse de me ver excitada. Melhor, de me imaginar excitada a ponto de ela também ficar.
— Bastante... praticamente um monumento grego de pedra.
— Oh, péssima referência. Aqueles monumentos são bonitos de rosto e corpo, mas já parou para olhar mais para baixo? São minúsculos.
Eu ri.
— Ok, péssima referência. Que tal só a pedra?
— Um tanto melhor — nós rimos, o clima parece tão leve e ao mesmo tempo tão empolgante que eu investiria por horas se essa não fosse uma conversa para matar a saudade e não iniciar um sexo virtual.
— Amor, estou tensa.
— Por que?
É difícil evitar querer conversar com alguém tão importante, esconder pequenos fatos de alguém com quem pretendo viver um longo tempo.
— Aquilo que falei sobre Clark. Eu a encontrei hoje mais cedo e... logo de antemão, acredito que fui precipitada em acusa-la. Não sei. Droga, eu tinha todas as provas que eram suficientes para apontar que era ela!
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Meu Indomável Prazer (Livro 2) - CONCLUÍDO
Chick-LitArrasada com o repentino surto de Johanna Mitchel acerca de suspeitas que a deixaram intransigente, Cecilia sente-se culpada pelo rompimento da relação que tinham. Em busca de respostas, ela chega a tentar até mesmo medidas extremas para reconquista...