Capitulo 28

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São 16h20 quando enfim retornamos para casa. Essa com certeza, foi um dos melhores dias do meu ano e provavelmente não vou esquecer tão fácil de que, o que vivi com a minha mãe, não tinha preço. Aquilo era verdadeiro e um tanto divertido.

Claro, sair com os meus amigos tinha seus altos, pois eles eram jovens, energéticos e manjávamos de mais coisas.

Quando mamãe chega, a primeira coisa que faz é tomar um chá, enquanto eu corro para o meu quarto onde removo meus sapatos e a camisa, ficando apenas com um macio sutiã devido ao calor da tarde. Me sento diante do meu computador e nele, a primeira coisa que me vem à mente é Clark; no quão sincera ela parecia nas suas palavras.

Droga.

Quem era o culpado por essa merda!

No final, eu não tinha apenas uma pessoa desviando juros para o banco da empresa, mas sim, alguém que sabia da técnica de Clark e estava se beneficiando por beliscar uma fração daquilo — alguns milhões de euros mensais.

Eu me ponho em minha cama desistindo do computador, pego meu celular com a bateria em 10% e o que preciso nesse momento é ouvir a voz de Johanna Mitchel.

Ligo e aguardo calma e pacientemente.

— Boa tarde, querida. É de muito agrado que se lembre de mim no meio da tarde — ela tem uma voz sensual quando atende.

— Meu amor, boa tarde, está ocupada?

— Não, sai com Selene para tomarmos um bom chá antes de voltar ao trabalho. Por quê? Está tudo bem com você?

— Esta sim — não quero preocupa-la. — Apenas liguei para saber como você estava. A tarde está linda, não acha?

— Sim, adoraria estar em meu apartamento apreciando o pôr do sol com você junto a mim... ambas extasiadas após uma boa transa.

— Hum, pensamentos eróticos? Saiba que isso já foi suficiente para me excitar. Espera, Selene não está ouvindo isso... ou está?

Ela ri, tão contagiante quanto cômica.

— Não, ela está na mesa fumando um cigarro, pedi licença para atender. Mas, me conta, o quão excitada você está?

A sua curiosidade acerca do meu êxtase é inebriante. É como se ela gostasse de me ver excitada. Melhor, de me imaginar excitada a ponto de ela também ficar.

— Bastante... praticamente um monumento grego de pedra.

— Oh, péssima referência. Aqueles monumentos são bonitos de rosto e corpo, mas já parou para olhar mais para baixo? São minúsculos.

Eu ri.

— Ok, péssima referência. Que tal só a pedra?

— Um tanto melhor — nós rimos, o clima parece tão leve e ao mesmo tempo tão empolgante que eu investiria por horas se essa não fosse uma conversa para matar a saudade e não iniciar um sexo virtual.

— Amor, estou tensa.

— Por que?

É difícil evitar querer conversar com alguém tão importante, esconder pequenos fatos de alguém com quem pretendo viver um longo tempo.

— Aquilo que falei sobre Clark. Eu a encontrei hoje mais cedo e... logo de antemão, acredito que fui precipitada em acusa-la. Não sei. Droga, eu tinha todas as provas que eram suficientes para apontar que era ela!

Meu Indomável Prazer (Livro 2) - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora