Capítulo 8

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Simon 

Sei que estou dormindo, é a mesma sensação sempre. Mas não acordo, e as lembranças não param de voltar. Deixo que tudo venha, pois não a nada que eu possa fazer.

Mamãe quando tio Zac voltará? Ele é muito legal, melhor que o papai.

Sempre gostei do tio Zac, ele fazia mamãe sorrir, ela brilhava como uma manhã ensolarada quando ele estava perto.

– Fala baixo querido, se seu pai ouvir, não ficará contente com Zac vindo aqui quando ele não esta.

Mamãe sente medo do papai, eu também sinto, as vezes ele a machuca. Preferiria que o Tio Zac fosse meu pai. Ele é gentil comigo e com a mamãe.

Estamos sentados na sala assistindo, nos meus seis anos não entendia muito o que estava acontecendo. Mas sabia que quando o papai chegava, tudo mudava.

Ouço a porta abrir bruscamente. E papai entra em casa com alguns amigos, odeio eles.

Meu pai esta com os olhos vermelhos e com uma garrafa de bebida na mão.

Me ver ali sentado com a mamãe e fala.

– Sai da sala mulher, vai fazer algo para eu e meus amigo. Mulher preguiçosa.

Vejo que minha mãe olha pra ele com cara de quem queria retrucar, mas obedece. Ela sempre obedece. É melhor assim, tudo sempre fica tenso quando ela resolver ir contra suas ordens.

Ela pega minha mão para eu ir com ela. Mas dessa vez papai não deixa.

– Simon fica. Já esta na hora de ter um tempo com os homens, ele se comporta como um maricas por sua causa mulher.

Querido esta tarde, ele tem que dormi amanhã tem aula. Minha mãe fala indo de encontro com a sua ordem.

Meu pai fica estático. E vejo como suas veias pulsam em seu pescoço.

– Ousa me desafiar na frente dos meus amigos Shopia? Enlouqueceu?

– Querido eu apenas estou preocupada com o Simon, ele tem escola amanhã e...

Meu pai da um tapa na cara de minha mãe tão forte que ela cai no piso da sala.

Começo a chorar, isso sempre acontece. Ela pelo menos não perdeu a consciência dessa vez, tento me aproximar dela e ajuda-la a levantar.

Meu pai me chuta quando me aproximo e caiu próximo ao sofá. Liquido quente  começa a escorrer pelas minha pernas. Ele e seus amigos começam a rir.

– Sai daqui garoto estupido, não acredito que possa ser meu filho.

Saiu da sala com minhas pernas molhas e com as mãos na costela. Minha mãe vem logo atrás e me dar um sorriso tranquilizador. Ela sempre tenta suavizar as coisas para mim.

Sinto ódio daquele que deveria me proteger e a minha mãe e descido que a partir daquele momento, não tenho pai.

Finalmente desperto do meu pesadelo. Sempre é assim. Parece que essas lembranças nunca vão embora, toda vez que acordo me sinto drenado.

Levanto da cama e verifico a hora. Quatro da manhã, resolvo tomar um banho gelado para me acordar de vez. E analisar alguns contratos antes da sessão de fotos começar.

Estamos numa praia particular para fazer as fotos. Rick foi muito útil aceitando esse trabalho de última hora.

Automaticamente a visão de uma morena curvilínea me vem a  mente.

Perigoso CaminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora