Capítulo 14

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Simon 

Eu pensei que poderia ter acontecido algo em seu passado, que a fizesse ter algumas reações que eu não entendia. Mas nunca imaginei que fosse alto nesse nível.

Sinto um turbilhão de emoções ao mesmo tempo. Durante toda sua história, Hanna ficou com um olhar perdido, vidrado, e colocou suas mãos em seus ombros se abraçando. Era como se ela estivesse revivendo tudo que ela passou.

Não sabia se a tocava, se gritava, se xingava, simplesmente estou chocado com toda essa situação.

Queria quebrar tudo, esmurrar esses filhos da puta que fizeram isso com ela. Mas sei que não posso perder a cabeça, ela precisa de mim sóbrio.

Ela então olha pra mim, e vejo vergonha em seus olhos, eles estão brilhando com lagrimas não derramadas.

Eu estendo a mão pra ela, pode parecer um gesto simples, mas estou pedido sua permissão para toca-la.

Ela olha pra minha mão estendida e depois pra mim. Sua mão então levanta e coloca na minha, a sua delicada, tremula e fria, a minha calejada e um pouco tremula também e quente. Nos abraçamos, e ficamos assim por um tempo. Queria protege-la, não soltar mais, afastar todo mal para que nunca a alcance.

Sinto algo frio descer por meus olhos e sei que estou chorando silenciosamente.

A solto do abraço firme que estamos e seguro em cada lado do seu rosto, ela olha pra mim com os olhos arregalados e cheios de sentimentos confusos.

– Eu sinto muito por tudo isso que você passou. Queria muito ter te protegido desse crime, sei que não nos conhecíamos na época, mas eu daria tudo para que você não tivesse passado por isso.

– Sinto tanta vergonha... – ela começa a dizer com a voz rouca, mas não a deixo terminar.

Dou um beijo forte de boca fechada em seus lábios. E volto a falar olhando em seus olhos.

– Você é a mulher mais incrível que eu conheço Hanna Whait. Forte, determinada, com um trabalho incrível e com uma personalidade belíssima. Então não quero que sinta vergonha de uma coisa que você não tem culpa. Esses animais, eu espero, que estejam apodrecendo na cadeia. Esses sim teriam que ter vergonha, se eles estivessem aqui eu arrancaria suas peles.

Hanna da uma risada amarga e depois fala.

– Esse era o meu desejo também, mas infelizmente em uma cidade pequena, mandam os mais fortes e mais ricos. O pai de Davis, como prefeito, não iria permitir que seu filho fosse parar atrás das grades, e ainda tinha o vídeo, onde de acordo com eles mostrava que eu estava me divertindo.

Depois que fui para a casa do Rick, fiquei um tempo sem sair de casa, uma semana para ser mais exata. Mas quando sair de casa, parecia que eles estavam a minha espera. Eu fui à biblioteca da faculdade devolver um livro que já estava atrasado, e quando estava saindo de lá Davis me esperava numa esquina. Ele me disse para parar de inventar mentiras sobre ele, se não eu iria pagar muito caro, igual ao meu amiguinho. Ele então me empurrou contra uma parede com muita força e foi embora.

Perigoso CaminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora