Capítulo 22

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Capitulo 22

O tiro faz meus ouvidos zunirem. Espero a dor, mas ela não vem, fecho meus olhos, não queria ver. De repente ouço o som de alguém caindo atrás de mim.

Meu coração bate de forma desenfreada, acho que vou desmaiar. Braços me circulam, me apertam, tocam meu rosto, beija minha têmpora, o choque do que aconteceu ainda presente em minha corrente sanguínea.

A realidade aos poucos me bate, ele não atirou em mim tinha alguém atrás de mim.

-Eu pensei...

- Shhhh, eu sei me perdoe, ele estava bem atrás de você, não tinha como avisar.

Começo a tremer, ele me leva para o carro, mas o paro, preciso ver quem era. Preciso colocar um rosto no monstro que me persegue. Compreendendo o que eu preciso fazer, Maison me segue de volta ao corpo caído.

O corpo permanece caído em uma forma não natural, uma poça de sangue saindo de seu corpo sem vija mancha a estrada. Me aproximo mais dele querendo ver seu rosto, dando a volta no corpo posso ver a roupa escura e desgastada, o cheiro de suor, sujeira e sangue está forte. Ele é um home alto e magro, seus olhos sem vida miram o nada, o tiro o atingiu no centro de sua testa, sua boca se encontra aberta de uma forma horripilante.

Uma tatuagem em forma de cobra cobre seu braço esquerdo.

Dor e revolta me atingem. Saber que estou sendo perseguida por esse bandido, que pessoas estão sendo machucadas por causa dele.

Meu estomago se revolta, me afasto dele e caiu na estrada vomitando tudo.

Maison segura meu cabelo de lado e alisa minhas costas.

- Apenas respire fundo, daqui a pouco você vai se acalmar.

- Não o conheço.

- Provavelmente é apenas um capanga, precisamos ir, logo chegarão mais.

Fico instantaneamente confusa.

- Eu pensei... eu pensei que era ele. – falo com angustia.

Ele me verifica, seus olhos cheios de pesar.

Ele me abraça me levando para seu carro.

Sentamos na parte de trás, ele não me solta em momento algum. Estando indo para longe agora. Ele me entregou seu blazer, mesmo assim o frio parece vim de dentro de mim.

- Espere, precisamos voltar. Eles.. ele...

- Estamos indo para minha casa lá você será bem cuidada. –

Começo a empurrá-lo, peço ao motorista que pare.

- Não! Ele está lá eles o mataram, eles o mataram.

- Calma Hanna, calma.

Ele segura meus braços para me manter parada.

Ele olha pra mim sem entender, depois vejo compreensão brilhar.

- Simon?

- Sim, ele mandou eu correr, mas aí eles chegaram ouvir tiros, depois silencio...precisamos saber.... – soluços fazem com que tudo sai de forma desordenada

- Shh calma, respire. Ele está bem.

O alivio me cobre e é como se uma dor intensa saísse de mim. Agarro seu rosto em agonia.

- Onde ele está? ele está bem? Preciso vê-lo. Eu pensei que ele estava morto. Oh Maison.

Sem pensar eu o abraço e começo a chorar. Sei que provavelmente estou molhando sua camisa, que devo esta parecendo uma louca, cabelo bagunçado, suja de areia, sangue do atirador em mim.

Perigoso CaminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora