Capítulo 26

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Repito pra mim mentalmente que não posso sentir ciúmes de alguém que eu já classifiquei como amigo, não posso. Mas o fogo de raiva que me queima me faz querer gritar. Se ele é casado, onde está sua mulher? Ele fica por ai conquistando corações pra preencher algum caderninho de foda?

E mais uma vez, porque estou tão surtada?!

Bebo tudo do meu copo, Rick olha pra mim com uma sobrancelha levantada. Percebo que devo estar com uma cara de ódio nesse momento. Tento relaxar e olhar pra Lexi, ela está com um olhar triste e perdido.

Curiosidade me atingi. Ela disse que eram amigas, o que aconteceu?

Maison termina a ligação e volta pra sala.

Rapidamente tento mascara minha surpresa, não posso confronta-lo agora, mas depois. Ah depois, vou puxa-lo pelas bolas e esmaga-las e depois destroçar sua cabeça com meus punhos.

Me sinto tão sanguinária que me deixa perturbada.

Ele volta pra sala com o semblante sombrio, soca a mesa com tanta força, que tenho certeza que ele quebrou. Os seguranças dele vem em sua direção, mas chego lá primeiro, tudo sobre mata-lo sendo esquecido, por hora.

- O que houve Maison?

Passando a mão pelos cabelos em frustração, seus olhos me encontram com pesar, ele fala com voz sombria.

- Invadiram o hospital que Darla estava, infelizmente eles chegaram a ela antes que meus homens pudessem impedir. Sinto muito Hanna.

Um grito angustiado rasga meus ouvidos, até eu perceber que era meu.

- Não!

Maison segura meus braços, então percebo que o estou socando.

- Mentira, eu disse que iria ajuda-la. Agora ela está morta? Não pode ser, o que eu estou fazendo?

Rick me pega por trás, me abraçando, caiu em cima dele, sentindo meu corpo entorpecido. Começo lagrimas molham sua camisa, lembro dela falando de sua filha, o orgulho em sua voz, e agora eu estou mais longe do que nunca de conseguir o que ela sempre quis. Sou embalada nos braços fortes do meu amigo, sinto sendo colocada em uma superfície, e percebo que é uma cama. Fico com os olhos fechados, não querendo falar com ninguém. Apenas sentir minha dor.

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Acordo com mãos delicadas penteando meus cabelos, acabei adormecendo.

Olho pra cima e vejo que Lexi me olha com pesar. Esqueci completamente dela.

- Eu...

- Deixa eu pegar um pouco de água pra você.

Sento na cama, puxo meus joelhos pra mim e fico o máximo que posso quieta. Sinto como se meu mudo nunca mais poderá ser o mesmo.

Ela me trás um copo e eu bebo todo conteúdo. Entrego o copo pra ela e tento ao máximo entender tudo que está acontecendo.

- Sinto muito Hanna, por sua perda. Não entendo muito bem o que está acontecendo. Exigir de Maison, mas ele saiu e ainda não volto. Seu amigo não me contava nada, e eu me recuso a sair do seu lado até saber o que está acontecendo.

Tento explicar a ela toda situação, focando nos detalhes mais importantes. Vejo como suas feições mudam. Choque, descrença, medo, e raiva, muita raiva.

-Porra Hanna que situação fodida. Não acredito que tem policiais metido nisso, jogando suas carreiras no lixo, para fechar os olhos para algo tão monstruoso assim?

-Eu sei, também estou cheia de raiva, não posso acreditar que isso possa está acontecendo. Mas eu preciso resolver! Eu prometer a Darla, preciso recuperar sua filha.

-Hanna, isso está além de suas forças, querida você não pode fazer isso, esses caras são perigosos.

- O que você quer que eu faça? Fique parada vendo mulheres sendo sequestradas e forçadas a trabalho sexual escravo e não fazer nada? Continuar a possa da minha vida como se isso nunca tivesse chegado a minha mesa?

Percebo que estou gritando, mas a raiva que está em mim, me deixa sem controle. Sinto um fogo dentro de mim querendo sair, querendo justiça, querendo que o bem prevaleça. Mas parece que tudo está caminhando ao contrário.

Lexi passa as mãos pelos cabelos frustrada, e começa a andar de um lado para o outro.

Ficamos caladas por um tempo, cada uma com seus pensamentos, então a lembrança de nossa conversa vem à mente.

- Sobre o que você falou sobre Maison e sua esposa... é verdade?

- Sim, eu era melhor amiga de sua esposa.

- O que houve com ela?

Ela me olha com sentimentos conflitantes, e depois me fala.

- Ela se matou, e é tudo culpa do Maison.

Abro minha boca em choque, sem saber o que dizer.

Simon

Volto para o escritório afim de colocar algumas coisas em ordem. toda essa situação fodida me deixa com a cabeça explodindo. Preciso focar um pouco no trabalho e assim tentar descobrir o que posso fazer.

Entro no meu escritório sem uma palavra pra minha secretaria. Passam das seis da noite quando concluo meu ultimo trabalho. Mas muita coisa que preciso fazer. Me recosto na cadeira e tento relaxar um pouco.

Percebo que estava tão distraído pela papelada que não verifiquei meu celular. Vejo que é um correio de voz de Maison e uma mensagem de Hanna.

Resolvo abrir a mensagem primeiro, ela me enviou pela manhã.

- Sua bunda ficou incrível nessa calça, totalmente mordível. Se cuida

Te amo.

Um sorriso bobo preenche meus lábios, essa mulher vai acabar com minha sanidade. Resolvo deixar pra falar com ela pessoalmente, ela pode achar que não quis responder antes. Vou fazer uma surpresinha pra minha gostosa. Começo a arrumar meu notebook e os papeis e por na pasta, quando lembro da mensagem.

Resolvo ver o que esse idiota quer.

- Você precisa verificar suas costas, acabaram de invadir o hospital que Darla estava, eles a mataram cara. – Suspiro de cansaço sai de sua voz.

-E não é só isso, lembra aquela amiga promotora que Hanna falou? Então é a Lexi, e eu acho que ela vai contar tudo que ela sabe, ou melhor acha que sabe pra Hanna. É melhor você se preparar.

Fico parado por um momento processando tudo, então embalo tudo na minha pasta sem cuidado e saiu correndo pra o carro, e vou em direção a casa de Maison, antes que meu mudo desabe de vez.

Snake

- Ótimo trabalho, limpo e sem testemunhas. Eu sabia que poderia contar com você.- olho para meu braço direito e sorrio.

Ele assente, e vejo a maldade em seus olhos, sua necessidade de poder e vingança.

- E como vai o plano com aquela vagabunda?

- Ela está caindo direitinho. – seu sorriso mostra sua alegria insana.

- Bom, muito bom. 

Perigoso CaminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora