Prólogo

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''Nossos corpos ainda impregnados com o cheiro um do outro, não faziam questão de se largar. Nossos dedos ainda segurando o rosto um do outro, tremiam com a ideia de que aquele toque teria que ser desfeito naquele momento. Nossos lábios, que ainda grudados um no outro, já sentiam falta do gosto do nosso beijo, que nem fora interrompido ainda, mas as lágrimas já insistiam em rolar por ali. A cama vazia, o dormitório vazio, o vilarejo vazio, e meu peito tão cheio de dor a ponto de explodir. E ele se foi, sumiu no meio daquelas pessoas vestidas de preto, mas eu ainda podia o ver. Não pelos cabelos loiros em meio à multidão. Eu o via em mim. ''

Salão comunal da Sonserina, Domingo, 1 de Setembro de 1996.

Charlotte 's POV

Havia muitas vozes repletas de ansiedade por todo o salão, alguns doces espalhados, alguns olhares assustados dos alunos mais novos, pessoas se deslocando para encontrar seus pertences, outras sentadas com um pedaço de pergaminho em uma grande mesa com penas e tinteiros, já preparados para quem quisesse enviar cartas para casa comunicando que chegara a Hogwarts bem. E eu estava ali, parada com o meu malão observando todo o movimento de cada um ali dentro. Não havia um ano se quer que eu não me sentisse dessa maneira. Livre. Era tão irônico pensar que estávamos dentro de um lugar com tanta gente e ainda assim, eu conseguia me sentir livre.

- Charlie! – exclamou Beatrice - Vai ficar parada aí?

Apenas me virei para a direção na qual a voz veio, e pude ver uma pequena figura morena abanando os braços para chamar minha atenção, não pude evitar de sorrir e andar até a direção dela, que já cruzava o caminho para pegar seu lugar no dormitório.

- Me desculpe, eu estava... – fui interrompida.

- Distraída – ela disse sorrindo. – eu sei.

- É que, eu sinto como se eu fosse aproveitar isso para sempre. Toda a vez que eu adentro esse lugar, eu tenho uma sensação de que algo aqui me completa, eu só não sei o que.

- Pois eu sei – disse Beatrice – daqui a pouco iremos descer para o jantar, e você vai descobrir o que te completa... – fez uma pausa dramática - e provavelmente virá acompanhado de suco de abóbora.

- Você está certa! – falei entre risadas enquanto esvaziávamos nossos malões, dobrando as vestes para o decorrer da semana – e eu estou com uma fome absurda.

- Eu acho bom a gente se apressar – alertou – temos exatos 10 minutos para o jantar começar a ser servido. Já perdemos o processo de seleção dos alunos novos.

- Todo ano é a mesma coisa, disso eu realmente já estou cansada. – falei fechando a mala e saindo em passos fortes – Se apresse, Beatrice, quanto mais cedo chegarmos mais tempo comendo.

Beatrice me lançou um olhar e riu. Seguimos para fora das masmorras logo chegando no corredor que nos levaria ao Grande Salão, enquanto tagarelávamos sem parar sobre as partidas de quadribol, e sobre como a Sonserina teria que se dedicar muito nos treinos, já que ano passado perderam nas finais para a Grifinória por conta dos muitos treinos perdidos pois nosso apanhador e também capitão estava em uma busca obcecada pelo que Harry Potter e a Armada de Dumbledore fazia ou deixava de fazer.

- Charlie, por que você não faz o teste para artilheira esse ano? – sugeriu Beatrice como quem já estava má intencionada – Ouvi Malfoy comentando que precisava de alguém para substituir o artilheiro do ano passado que já se formou, e você voa muito bem.

- Eu não sei se tenho chances, eu... – Ela me interrompeu.

- Os testes vão ser nessa terça-feira pela manhã, você já está inscrita. – completou.

- Mas quem... – parei por um segundo e observei o sorriso dela esperando minha aprovação – tinha que ser você. Cara, eu nem sei se eu levo jeito para isso.

- Por Merlin, Charlotte – a garota me repreendeu – se tem uma pessoa que tem total potencial para isso, é você.

Sorri timidamente em agradecimento pelo incentivo dela. Ela era incrível mesmo, e até que tinha sido uma boa ideia. Adentramos o Salão Principal e a janta já havia sido servida. 'Droga' pensei comigo mesma, e tenho quase certeza que Beatrice pensou o mesmo. Já haviam servido o jantar.

- Você pode, por favor, chegar para o lado? – perguntou ela meio seca para um sonserino do sétimo ano que ocupava uma parte enorme do banco com as pernas esticadas. Ele revirou os olhos e se afastou, dando espaço, e por sorte, privacidade o suficiente para eu conversar com minha amiga durante o jantar.

- Olá, Charlotte – disse o garoto arriscando um sorriso simpático ao me notar com Beatrice.

Dei um sorriso de lado sem dizer e me sentei.

-Você o conhece? – perguntou Beatrice baixo enquanto cortava um pedaço de torta.

- Pouco – ri pelo nariz – ano passado durante uma visita a Hogsmeade, eu tava no Cabeça de Javali, ele me pagou um whisky de fogo e... – a garota me interrompeu sorrindo.

- Garota, você arrasou – disse ela boquiaberta – o menino é um gato.

- Para, Beatrice! – a repreendi e ela riu da minha expressão.

- Ledger, você não tem jeito – ela riu – quero só ver o terror que você vai colocar nesse castelo no seu ultimo ano.

- Eu já te falei que não coloco terror em nada – ri do comentário de minha amiga – as coisas só... acontecem.

- E acontecem muito bem. – disse ela olhando de novo para o garoto que ria com uns amigos – e vocês nunca mais tiveram nada?

- E ter o que, Beatrice? Um casamento? – ri da pergunta que ela fez – claro que não, foram só uns whiskys de fogo... uma coisa momentânea.

- Poxa, queria eu uma coisa momentânea assim com ele...

Deixei a garota com seus pensamentos altos e parei para refletir que de fato, por mais que as coisas parecessem fáceis, eu ainda sentia um vazio residir ali. Quer dizer, o momentâneo era bom, mas todas as coisas que já passei havia sido feitas de momentos, flashes rápidos demais que um dia eu teria que me obrigar a transformá-los em pequenas memórias do meu tempo de escola.

- Me passa o suco de abóbora? – pedi educadamente para ela.

- Acabou, Charlie, você vai ter que pegar lá no final da mesa – ela respondeu rindo da provável careta que eu fiz.

- Tudo bem - me levantei ainda olhando para ela – eu vou buscar.

Me levantei do lugar ainda um pouco distraída com meus pensamentos e me desloquei para o final da mesa, próximo a porta de entrada, fui andando rapidamente e servi dois copos bem cheios para Beatrice e eu. Me virei para a mesa onde os grifinórios estavam rindo minutos atrás, e vi que o clima tinha esfriado, fiquei observando de longe o que poderia ter acontecido nesses segundos para as risadas cessarem, e foi quando notei que, pela primeira vez depois que saímos do Expresso, Potter estava lá. Sua blusa estava ensanguentada, e Gina Weasley o ajudava a limpar o sangue de seu rosto. Fui me aproximando mais depressa do meu lugar e ainda com o olhar fixo na mesa do outro lado quando senti um impacto muito forte da minha cabeça contra o chão, e os dois copos de suco de abóbora virados em cima de mim. Eu não conseguia raciocinar direito o que estava acontecendo e minha cabeça doía.

- Tinha que ser a sangue-ruim da casa. – ouvi uma voz debochada e quando abri meus olhos vi um cabelo platinado quase que branco tomando forma devagar em minha mente.

- Você é extremamente ridículo, Malfoy – me sentei devagar antes de levantar.

- Você é quem tem que olhar por onde anda. – ele retrucou com raiva, e pude escutar um de seus amigos atrás dele rindo.

- Nossa, Malfoy – falei me levantando e não ligando nem um pouco se algumas pessoas prestavam a atenção em meu cabelo e uniforme molhados de suco – eu não achei que você ainda precisasse de seus amiguinhos rindo de seus comentários toscos a todo momento. Que insegurança consigo mesmo.

- Escuta aqui, sua mestiça nojenta – senti ele se aproximar mais de mim me fazendo inalar seu perfume marcante – me afronte mais uma vez e... – eu o cortei.

- Eu mal posso esperar para ver o que você vai fazer – abaixei o tom de voz e me aproximei mais ainda para conseguir focar bem em seus olhos cinzas – e seja lá o que você tenha em mente, é bom que você seja bom o suficiente para vir sozinho. Entenderam o recado, rapazes? – me direcionei a Vicent Crabbe e Blaise Zabini. – Que bom que sim. Agora, com licença.

Continuei a andar em direção a Beatrice, eu sentia tanta raiva de Malfoy naquele momento, que eu nem ligava se as pessoas estavam olhando para mim ou não, apenas endireitei a minha capa para que minha blusa suja não ficasse chamando a atenção. Sentei em meu lugar de antes, e já era tarde demais, os olhares de todos estavam em cima de mim me questionando o que acabara de acontecer.

- Como você está, Charlie? – Beatrice me perguntou encarando feio as pessoas que prestavam a atenção em mim.

- Irritada, é claro – respondi seca olhando para o início da mesa, onde Malfoy parecia estar com o pensamento longe e aflito.

Uma onda de agonia me invadiu. Como alguém conseguia ser tão desprezível ao ponto? Aquele garoto me enjoava, e além de tudo achava que podia se alterar comigo só porque eu era a única mestiça na casa. Eu nunca me importei com os olhares de nariz empinado para mim, isso acontecia demais dentro da nossa casa, eu compreendia que era impossível existir algum mestiço bom o suficiente para estar ali. Mas nada nunca mudou o fato de eu ser melhor que a maioria daqueles sangue puros mais preocupados com sua aparência. Eu tinha um propósito em estar lá e nenhum comentário dizendo a verdade sobre quem eu era me tiraria do sério. Era sempre a mesma coisa, era sempre o mesmo insulto, aquilo já nem fazia mais sentido. Mas é Malfoy com quem estou lidando, não vou exigir tanta dedicação do bom senso limitado dele.

- Charlie? – eu ouvi uma voz me tirando do transe novamente – Charlie, estou falando com você, acorda.

- Ah, oi, me desculpa, eu estava... – então senti a minha cabeça doer e coloquei rapidamente a mão no lugar – ai.

- Deixe-me ver isto – Beatrice abaixou a minha cabeça e afastou meu cabelo, e pela cara que ela fez estava péssimo. – Charlotte, você não pode deixar isso assim.

- Primeiro: eu não vou. – falei séria olhando para ela – e segundo: por mais que ele tenha sido tosco comigo, não foi a intenção dele me atingir diretamente.

Ela apenas assentiu com a cabeça se rendendo e retornando a Ethan Powell, um garoto com quem ela vez em quando saía, para dizer algo que eu nem me dei ao trabalho de tentar escutar. Estava exausta, irritada e minha cabeça estava latejando. Resolvi que deveria passar na enfermaria para pedir que Madame Pomfrey me medicasse com algo rápido.

Me levantei da mesa e lancei um sorriso torto para ela assegurando-a de que eu estava bem. Fui andando para fora do salão principal antes que o jantar acabasse e os corredores ficassem tão movimentados que me fizesse desistir de ir à ala hospitalar. Enquanto apertava os passos em direção ao corredor que me levaria até as escadas para o quarto andar, percebi o quão suja a minha blusa estava, e isso sem dúvidas implicaria em explicações demais para Pomfrey, eu precisava limpar aquilo imediatamente. Avistei uma pequena sala vazia e aberta, entrei ali e acendi a luz para ver melhor o que eu poderia fazer. Tirei a capa e deixei sobre uma das cadeiras e fiz o mesmo com o suéter cinza da Sonserina, que cobria minha blusa social branca. Murmurei um feitiço baixo para limpar aquela sujeira, e em seguida ouvi passos fortes adentrando a sala. Congelei quando senti que vinham em minha direção.

- Ora, ora, parece que você veio esse ano realmente intencionada em ser inconveniente, não é mesmo, Ledger? – ouvi a voz prepotente de Malfoy ecoar na sala, mas mesmo assim me virei firme para encará-lo – deixe-me adivinhar, veio se atracar com algum capitão de quadribol?

- Eu não sabia que você era monitor de verdade agora, Malfoy – falei com a mesma prepotência que ele se dirigia a mim – na verdade, eu sempre achei que você fosse do tipo que usa esse mérito para se ''atracar'' com garotas ingênuas.

- Você está procurando problemas, Ledger, e vai ser muito sério.

- Eu não estou procurando problemas, infelizmente são eles que vem até mim. – respirei fundo para não perder o controle absurdo que estava tendo e não estapear aquela pele pálida até ganhar uma cor vermelha – e eu não vim me ''atracar'' com ninguém, só vim limpar a bagunça que você fez. – finalizei apontando para o estado que minha blusa estava e virei de costas.

- Pelo menos a bagunça que eu fiz te deixou sexy – ele falou rindo pelo nariz e chegou perto de mim.

Olhei para minha blusa e percebi que ela havia ficado transparente com o suco e marcava toda minha roupa de baixo. Arregacei as mangas da blusa e encarei o garoto, dessa vez sem ironia.

- Se você chegar um passo mais perto de mim ,ou se dirigir a mim mais uma vez com esse seu ar nojento de superioridade, você vai...– ele me interrompeu.

- Sabe, Charlotte, pelo que falam – ele se aproximou sorrindo – eu sempre achei que apanhadores eram seus favoritos.

Não pensei duas vezes em dar um chute certeiro em suas partes baixas, e não pude conter um sorriso de satisfação ao ver ele se curvando e se segurando para não me chamar de todos os derivados de palavras de baixo calão que possam existir.

- Eu avisei –falei ainda sorrindo – da próxima vez, tenta me escutar. Eu estava aqui para evitar que fizessem perguntas sobre o que ocorreu no Salão Principal, mas já que você preferiu levar um chute no saco ao invés de ser alvo de perguntas... eu deveria imaginar que você iria gostar de ter chamado a atenção no momento que todos estavam preocupados com Potter, aliás você não cansa de ser inconveniente, não?

Murmurei um feitiço para limpar a blusa branca, vesti meu suéter por cima e peguei a capa me virando antes de sair da sala.

Segui sala a fora em direção ao grande cômodo, no qual Madame Pomfrey estava e bati esperando que ela me desse sinal para entrar. Expliquei que havia tropeçado nos cadarços do coturno e tive uma queda boba, mas que estava sentindo dor. Ela me deu um pequeno sermão dizendo que aqueles sapatos não eram apropriados para o uniforme enquanto preparava o remédio e pediu que eu descansasse bem durante a noite por conta do impacto.
Logo me dirigi em direção as masmorras e as luzes do dormitório ainda estavam acesas, mesmo com muitas meninas já dormindo, incluindo Beatrice. Dirigi-me até o banheiro pedindo mentalmente para que não tivesse ninguém lá. Uma das cabines estava ocupada, peguei do bolso o pequeno frasco com a poção que Pomfrey me dera e a virei toda de uma vez na boca enquanto a pessoa que estava lá dentro saiu. Escovei meus dentes, logo depois caminhando até minha cama e trocando de roupa. O sono não demorou para vir.


Grande Salão, Segunda-Feira, 2 de Setembro de 1996, 7:10 a.m.

- E você o deixou lá sentindo dor? – perguntou Beatrice incrédula colocando a mão na boca pra conter o sorriso.

- Sim – respondi simples olhando para meu café da manhã – você não esperaria que eu levasse ele para a ala hospitalar, né?

- Eu não acredito que ele foi mesmo lá tentar tirar vantagem com você – disse ela fechando um dos livros. – ele é ridículo.

- Ele é mal acostumado – corrigi e ela encarou confusa – Malfoy está acostumado a estalar os dedos e ter uma menina idiota aos pés dele. Ele nunca é repreendido, ainda mais dessa maneira, por uma garota da própria casa, que supostamente deveria ter certa adoração pelo poder dele. Totalmente ridículo.

- E parece que ele ta tendo dificuldade de assimilar isso até agora. – disse Beatrice apontando com a cabeça para o lugar a onde o loiro se encontrava.

Ele me encarava sem expressão alguma, até perceber que eu me virei para encará-lo, logo pareceu retomar a sua expressão-facial-nojenta-e-superior que sempre fazia e me lançou um olhar desafiador que me fez revirar os olhos e voltar o foco para o café.

- Qual é a primeira aula? – perguntei meio perdida, com a boca cheia de bolo de chocolate.

- Você é um caso perdido, né meu amor – disse ela passando as mãos pelo meu cabelo.

- Me deixa comer em paz. – engoli o resto – e eu não sou um caso perdido, eu só quero comer mais rápido para ir logo para aula.

- Poções, com o professor Slughorn – disse ela rindo do meu comentário consultando um pedaço de pergaminho com anotações – ele é novo, mas já foi professor aqui, antes de Snape, e diretor da Sonserina, inclusive, então acho melhor não arriscarmos o atraso.

Assenti com a cabeça e saímos do Grande Salão. Ao chegar à porta li o pequeno cronograma que havia com o nome dos alunos que obtiveram notas de aprovação nos N.O.M's e pude perceber que a aula seria junto com a Grifinória, e que haviam poucos inscritos.

A aula iniciou e o professor Slughorn estava explicando sobre as três poções que havia preparado para a aula de hoje e eu no fundo estava meio admirada, porque eu não tinha a menor ideia de como era ter aula de Poções com um professor que não fosse Snape. Então ele fez uma pergunta na qual eu não prestei a atenção e Hermione Granger da Grifinória levantou a mão.

- Sim, senhorita... – ele fez um esforço para se lembrar do nome dela.

- Granger, senhor. – ela fez uma pausa e continuou – esta é uma Vectaserum, ela obriga quem a tomou a dizer toda a verdade. E essa é uma poção Polissuco, é muito dificil de fazer. E essa é a Amortentia, é a poção do amor mais forte do mundo, tem um cheiro diferente para cada pessoa dependendo do que a atrai. Por exemplo, eu sinto... o cheiro de grama cortada, pergaminho novo e pasta de dente de hortelã. – ela fez outra pausa e desistiu de continuar.

Um grande murmurinho começou e todos na sala estavam tentando decifrar o cheiro de seu amor. 'Isso seria fantástico descobrir' pensei rindo comigo mesma enquanto me aproximei um pouco do frasco aberto sobre a mesa. Em poucos segundos um cheiro indecifrável tomou conta de mim, era como se eu pudesse sentir o cheiro de balas de menta, maçã verde e livros antigos. E no mesmo momento uma série de perguntas se passou pela minha cabeça, pois eu nem conseguia cogitar de onde esse cheiro vinha.
Logo em seguida Slughorn fechou o recipiente no qual estava a poção, tirando eu, e todas as outras pessoas, do transe, e dando então, as instruções do que deveríamos fazer.

Cada um ocupou um lugar de sua mesa para tentar fazer a poção do Morto-Vivo, em troca de um frasco de uma pequena poção chamada Félix Felicis. Mas ele deixou claro o quão difícil aquilo seria, e eu já estava preparada para o desastre que iria vir.

Biblioteca, Segunda-feira, 2 de Setembro de 1996

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