A new beginning.

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Depois de uma hora naquele quarto, depois daquele garoto alto de cabelos negros e olhos castanhos ter saído, eu ainda andava por ali sem rumo, pensei em uma forma de fugir, mas não havia como, as janelas eram trancadas e tudo o que eu podia fazer era sentar a esperar.

Sentei-me na cama e observei a porta, escutando uns passos de aproximando, fazendo com que aquilo me assustasse e me encolhesse na cama, eu tinha medo daquele Grier, não sabia como ele era, poderia ser um pedófilo nojento que contratava adolescentes para trabalharem, eu tinha medo de alguma coisa acontecer comigo, e mesmo sendo muito forte, eu estava aterrorizada por dentro.

Avistei a maçaneta girar e agarrei minhas pernas sem cima da cama.

— Por favor, não seja um pedófilo nojento. – Falei baixinho de olhos fechados e senti aqueles passos se aproximarem.

— Laryssa Mendson. – Sua voz rouca fez com que eu abrisse os olhos e fitasse seus pés, levantando o olhar com receio e avistando um garoto praticamente da minha idade.

Sua pele era branca e com pintas, o sorriso que estava estampado em seu rosto deixava um tom malicioso no ar, seus olhos eram tão claros que me davam um certo medo, como se eu pudesse ver a sua alma que parecia não existir.

— O que você quer comigo? – Perguntei com certo receio enquanto seu olhar era curioso, fitando cada parte do meu rosto e do meu corpo que estava praticamente escondido enquanto eu abraçava minhas pernas.

— Você é minha, Lary. – Ele disse cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha, me fazendo rir.

— Eu não sou sua, garoto. – Disse olhando pra ele revirando os olhos e com uma cara de nojo que eu adorava fazer. – E não me chama de Lary, você nem me conhece. – Ele riu e se sentou ao meu lado, fazendo com que eu me afastasse.

Ele se aproximou e ficou me olhando, logo agarrando meu pescoço com força, fazendo com que eu olhasse diretamente pra ele.

— Eu te conheço mais do que você mesma, e você tem que aceitar, você é minha. – Ele disse soltando meu pescoço e fitando minha boca, eu estava ficando incomodada.

— Pra que você me quer? Vai colocar droga no meu estômago e me vender pra outra pessoa de outro país? – Perguntei e ele parecia estar prestando atenção no que eu dizia. – Vou ser sua escrava? Pra que você precisa de mim? – Perguntei rindo ironicamente e ele deu um sorriso.

— Você é engraçada por me desafiar assim. – Ele disse olhando em meus olhos, e aquele olhar me intimidava de uma forma absurda. – Você vai ficar aqui, vai ser minha distração. – Ele disse se levantando e eu fiquei horrorizada com aquilo.

— Sua distração? – Perguntei me levantando enquanto ele já alcançava a porta, ele se virou e eu o olhava com raiva. – Você acha o que? Que eu vou ser sua prostituta? – Perguntei com as mãos na cintura e ele riu balançando a cabeça negativamente enquanto se aproximava de mim.

O tal do Grier estava parado na minha frente e me olhava balançando a cabeça negativamente.

— Eu nunca... – Ele disse apontando o dedo no meu rosto, seu maxilar estava travado e ele aparentava estar com muita raiva. – Nunca encostaria um dedo numa garota contra sua vontade. – Ele disse sério olhando pra mim e logo se virou.

— Você que me fez pensar nisso. – Eu disse e ele parou de andar. – Como eu seria sua distração? – Perguntei e ele andou até a porta, abrindo a mesma.

— Você verá. – Ele disse antes de sair e fechar a porta, corri até a mesma e tentei abrir.

Foi em vão, estava trancada.

The TradeWhere stories live. Discover now