Dirty game.

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Cheguei em casa e subi logo pro meu quarto, o Nash ficou me questionando no curto caminho da universidade até a porta de entrada, mas eu não disse nada, apenas sorri com um ar misterioso.

Entrei no banheiro e me despi, logo entrando debaixo do chuveiro, sentindo aquela água gelada tranquilizar o meu corpo, o calor em Nova York era de matar.

Joguei meu cabelo pra trás e escutei duas batidas na porta do quarto.

— Pode entrar, mas eu to no banho. – Escutei o barulho da porta sendo aberta e depois fechada. Continuei tomando meu banho e tentava esvaziar minha mente enquanto pensava no meu pequeno plano pra seduzir o Nash mesmo ele achando que eu era lésbica. Eu o seduziria, teria uma brecha pra fugir e ele não sentiria minha falta, pois quem quer amar uma garota que não gosta do que você tem?

Desliguei o chuveiro ainda de olhos fechados, tirei o excesso de água do meu cabelo e abri os olhos pra sair do box e da banheira, mas algo me paralisou.

Aquele bicho medonho tinha patas asquerosas e eu já comecei a sentir minha respiração desregulada, juntamente com a sensação daquilo passeando pela minha pele. Eu não era uma pessoa que tinha medo de muita coisa, mas se tem uma coisa que me faz passar mal, estava bem na minha frente: aranha, e não era daquelas pequenas não, era grande e começou a se movimentar, quando eu vi aquela pata se mexendo, eu dei um grito tão forte que a minha garganta doeu. Senti meu corpo todo estremecer enquanto eu tentava me afastar me enrolando na toalha. Meus olhos pesaram e a última coisa que eu pude escutar foi a maçaneta da porta sendo aberta com urgência.

Nash P.O.V.:

Me sentei na cama da Lary assim que entrei em seu quarto e pude escutar o barulho do chuveiro, esperei alguns minutos e o barulho cessou, mas foi substituído por outro que fez com que eu levantasse da cama e corresse até o banheiro.

Abri a porta rapidamente e ela estava caída na banheira. Arregalei os olhos enquanto me aproximava e observei uma aranha se aproximando de seu corpo. Não tive tempo nem de ter uma reação gay e dar um gritinho, apenas a peguei no colo e saí dali, fechando a porta e caminhando até sua cama.

— Laryssa! – Disse enquanto a enrolava melhor na toalha e o seu cabelo molhado caía sobre o rosto. – Laryssa, acorda! – Disse segurando seu rosto com as duas mãos e pensei na nebulização.

A preparei rapidamente e logo coloquei em seu rosto, esperando que ela acordasse.

Notei sua respiração calma e logo os seus olhos foram se abrindo, mas assim que ela os abriu completamente, arrancou a nebulização do rosto e se sentou com medo na cama, agarrando as pernas.

— Ela tava perto de mim, ela ia passar pelo meu corpo... – Ela disse quase gaguejando enquanto seus olhos enchiam-se se lágrimas.

— Não, não, ela não tá mais aqui, ela não vai fazer nada, Lary!

— Você matou? – Ela perguntou com os olhos lacrimejados enquanto olhava pra porta do banheiro.

— Matei...

— Seu monstro! – Disse dando um tapa no meu ombro e eu fiquei sem entender. Fiquei de pé e ela se levantou da cama, ajeitando a toalha no seu corpo.

— Na verdade eu não matei, ainda está lá... – Disse despreocupado dando de ombros.

— O que? – Ela perguntou e na mesma hora pulou no meu colo, fazendo com que eu segurasse em suas costas com uma mão e com a outra segurasse suas pernas. Ela agarrou firmemente meu pescoço e afundou seu rosto ali. – Me tira daqui, por favor.

The TradeWhere stories live. Discover now