Notei o Johnson tenso o tempo todo, ele andava de um lado pro outro enquanto eu conversava com os meninos na sala.
— O que foi, Johnson? – a Britt perguntou e eu a agradeci mentalmente por aquilo.
— Eu tenho que me virar enquanto o Nash está fora ele deixou tudo pra mim, eu não dou conta, eu... – ele se sentou na cadeira, levando suas mãos à sua cabeça, parecendo impaciente.
— Vai dar tudo certo. – Britt sorriu se aproximando dele.
— Já sei. – ele se levantou, assustando a garota. – Sammy, Gilinsky, Nate, opção dois, vocês já sabem. – e ele saiu da sala.
— O que é a opção dois? – cutuquei o Sammy de lado.
— Em breve você vai saber. – ele sorriu e se levantou, saindo da sala com os meninos.
— É uma festa. – a Britt deu de ombros enquanto se ajeitava no sofá.
— E por que uma festa ajudaria no tráfico? – perguntei franzindo o cenho e ela arqueou as sobrancelhas. – Ahhh... – assenti com a cabeça.
Ok, eles vão vender drogas durante a festa.
Isso vai dar merda.
Os meninos pediram pra gente sair da sala, fomos pro meu quarto e ficamos conversando sobre teorias sobre a festa.
— Sei que vai ter muita bebida. – a Britt disse se sentando na minha cama e eu me ajeitei ao seu lado.
— Uma vez eu ouvi o Nash falando que ia fazer uma festa mais na frente, mas não queria que eu bebesse. – dei de ombros e comecei a rir, enquanto a Brittany arregalou os olhos.
— É sério isso? – ela deu uma risada e eu assenti com a cabeça. – Quem ele pensa que é pra mandar em você? – ela franziu o cenho e eu dei de ombros.
— Ele não manda. – sorri maliciosamente e ela assentiu com a cabeça sorrindo. – Você tinha que ver no dia que ele achou que eu fosse lésbica, ele ficou muito confuso. – comecei a rir e ela se aproximou, parecendo interessada.
— Como assim ele achou que você fosse lésbica? – perguntou rindo e eu revirei os olhos enquanto sorria.
— Acho que foi no mesmo dia que eu falei com você sobre... – mordi o lábio inferior abaixando o olhar, com vergonha de lembrar daquilo. – Você lembra, né? – dei de ombros e ela pareceu pensar, logo despertando.
— Ahhh... – ela começou a rir. – Quando você pediu um beijo pra provocar alguém, né? – ela perguntou num tom malicioso e eu assenti com a cabeça. – Mas você ainda pensa sobre isso? Mas tipo, sem ser pra provocar alguém? – ela perguntou arqueando apenas uma sobrancelha e eu travei. – Pode falar, Lary. – ela segurou em minha mão e eu abaixei o olhar, olhando pra sua mão e depois voltando a olhar em seus olhos claros.
— Sei lá. – dei de ombros enquanto sorria. – Eu nunca beijei uma garota pra saber o que é. – disse sorrindo de nervoso e ela se aproximou mais ainda.
— Quer saber? – ela perguntou num tom baixo e se aproximou ainda mais, me deixando nervosa. Senti meu coração pular do peito com tanto nervosismo, suas mãos estavam apoiadas em minhas coxas e eu sentia sua respiração cada vez mais perto.
Não respondi nada, não falei nada, não reagi. Eu queria.
Uma de suas mãos subiu pro meu pescoço, descansando ali enquanto seu polegar alisava levemente a minha mandíbula, me fazendo arrepiar. Fechei os olhos ao sentir melhor o seu toque e automaticamente vi os olhos do Nash.
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The Trade
FanfictionLary não achou que seu pai fosse chegar ao ponto de vendê-la para conseguir pagar as suas dívidas com o traficante Grier, mas ele teve que fazer isso pra sustentar o seu vício, e logo na época em que ela acreditava que ia mudar de vida indo para a u...