Depois daquelas lembranças terem acertado minha cabeça mais forte do que uma bola de futebol americano, eu pedi pro Nash me deixar sozinha e fiquei pensando comigo mesma.
Eu estaria inventando aquilo tudo na minha mente? Ou ele estaria me manipulando pra pensar aquilo? Por que tudo na minha vida parece mais complicado depois do acidente?
Fui até a porta com receio, não sabia se estava trancada, e se estivesse, provavelmente eu surtaria, odeio me sentir presa. Girei a maçaneta e a abri, respirei fundo e saí do quarto, caminhando pelo corredor até o topo da escada, mas me esquivei pra parede quando vi a porta principal sendo aberta por um homem de paletó.
— Sky! – O Nash gritou correndo em direção à porta e uma garotinha pequena entrou com uma mochila nas costas, abraçando o Nash.
Franzi o cenho e tentei entender aquilo tudo, por que ele estava abraçando alguém? Aquela Sky seria a dona do meu quarto?
— Que saudade de você! – O Nash disse enquanto a girava no ar e aquilo ficava cada vez mais estranho.
— Skylynn! – Uma mulher alta e loira entrou na casa correndo em seus saltos super altos e eu me segurei pra não rir. – Eu disse pra você não correr de mim.
— Eu estava com saudade do Nash, mamãe. – Ela disse ainda abraçada a ele.
— Tudo bem. – Ela disse dando um beijo na testa da garotinha. – Se comporte, ok? – A pequena Sky assentiu com a cabeça e eu não pude ver a reação do Nash, ele estava de costas pra mim. – E você... – Ela disse olhando pra ele. – Quero ela longe de qualquer problema seu, caso contrário, você nunca mais a verá. – Ela disse isso e menina virou o rosto pro Nash, mas acabou olhando pra cima e me vendo.
— Uma garota! – Ela apontou pra mim e eu me escondi atrás da parede, me sentando no chão.
— Que garota é essa, Nash? – Escutei a voz da mulher e pude escutar uns passos se aproximando.
— É da universidade, estamos fazendo um trabalho juntos. Você pode ir agora. – Escutei isso e quando olhei de lado, a menina estava ao meu lado, me dando um susto.
— Eu sou a Sky. – Ela disse sorrindo enquanto segurava um unicórnio de pelúcia. – Você é a namorada do meu irmão? – Ela perguntou com um sorrisinho no rosto e eu ainda estava com medo do que poderia acontecer quando o Nash subisse.
— Não. – Disse forçando um sorriso e ela deitou a cabeça, me olhando melhor.
— Você é bonita. – Ela disse, me fazendo sorrir.
— Obrigada. – Minha respiração ainda estava ofegante e eu sabia que viria uma crise pela frente.
— Você está bem? Por que não consegue respirar como eu? – Ela perguntou inocentemente e eu fechei os olhos, me concentrando na minha respiração.
— Eu tenho bronquite. – Abri os olhos e disse pausadamente, ela franziu o cenho e eu sorri.
— Bron o que? – Ela perguntou rindo e eu fechei os olhos, sentindo a falta de ar ficando maior.
— É um probleminha de respirar, eu só tenho que buscar meus remédios e a nebulização. – Disse tentando me levantar e a menina parecia preocupada.
— Você vai morrer? – Ela perguntou se aproximando. – Toma. – Ela esticou o seu unicórnio de pelúcia pra mim e deu um sorriso. – Ele me dá sorte, vai te dar também, depois você me devolve. – Ela sorriu de uma forma angelical e peguei o bichinho de sua mão, agradecendo com a cabeça enquanto sentia um peso no peito.
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The Trade
FanfictionLary não achou que seu pai fosse chegar ao ponto de vendê-la para conseguir pagar as suas dívidas com o traficante Grier, mas ele teve que fazer isso pra sustentar o seu vício, e logo na época em que ela acreditava que ia mudar de vida indo para a u...