Until the next life.

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— Você me dá tudo do melhor aqui, mesmo eu sendo uma prisioneira. – Sorri revirando os olhos e ele riu. – Não custa nada eu te fazer esse favor. – Pisquei o olho e começamos a andar pelo corredor, ele encostou sua mão na minha e entrelaçou nossos dedos, fazendo com que eu enstranhasse. – O que é isso? – Perguntei olhando pras nossas mãos.

— Você não vai seduzir ninguém. – Ele olhou de lado pra mim. – Você é minha. – Ele disse num suspiro e eu senti meu corpo gelar, mas o pior: não foi de medo.

Como que fica o meu plano de fugir se ele faz com que eu queira ficar?

Andamos até o carro de mãos dadas e eu ainda estava me sentindo trêmula, tentando processar aquelas três simples palavras "Você é minha.".

Entramos na van e Nash começou a passar de novo como que seria tudo, me deixando um pouco confusa, mas o Johnson soube explicar melhor.

— Então vamos deixar a Lary uma esquina antes pra não ficar na cara, né? – Johnson disse interrompendo o Nash.

— Laryssa. – Ele disso com os olhos fixos no garoto loiro. – Pra você é Laryssa. – Johnson se encolheu e eu semicerrei os olhos, achando aquilo estranho. – E Lary, você não vai ter que seduzir ninguém, só vai conversar com o homem do caixa 3 e tentar distraí-lo, porque ele que fica de olho lá fora e consegue avisar aos guardas, evitando qualquer coisa.

— Distrair como? – Perguntei arqueando apenas uma sobrancelha e notei o Sammy sorrindo.

— Nash não quer falar que você vai ter que dar em cima dele pra distraí-lo. – Ele deu uma risada fraca e eu revirei os olhos.

— Então você acha que pra uma mulher distrair um homem ela tem que seduzi-lo? – Perguntei dando um sorriso debochado e Sammy fechou a cara. – Que mente fechada. – Disse fazendo uma cara de pena e percebi o Nash sorrindo.

— Eu sei que você vai dar o seu jeito. – Ele disse colocando sua mão por cima da minha, mas logo tirou. Senti minha respiração parar por um segundo ao sentir seu toque, mas ainda bem que voltei a respirar depois.

— Então... – O Johnson falou atraindo a atenção de todos. – Depois nós entramos, fazemos o que temos de fazer e...

— Vamos embora na van. – Gilinsky completou.

— Você vai ser uma vítima. – Nash disse olhando pra mim. – Depois você sai como se nada tivesse acontecido, um carro vai te esperar na outra esquina, é o motorista do meu pai. – Ele disse e eu assenti com a cabeça, com um pingo de esperança no meu plano de fugir.

(...)

— Te vejo depois. – Ele disse quando a van parou no beco da esquina que eu ia descer.

Apenas assenti com a cabeça enquanto dava um sorriso sem graça e desci do carro, mas ele segurou minha mão.

— Não vá fazer nada estúpido. – Ele disse com aquela cara de maníaco, arqueando as duas sobrancelhas. Apenas assenti com a cabeça e ajeitei minha bolsa no meu ombro, andando em direção à calçada.

Meus passos eram calmos, eu olhava pros lados naturalmente, já assisti muito Criminal Minds e CSI pra saber que eles buscam gravações de câmeras até do inferno.

Parei de frente a uma loja de vestidos e fiquei admirando um que estava na vitrine, era lilás e um pouco solto depois na cintura. Sorri ao perceber que parecia com o vestido que minha mãe me deu antes de ir embora, aquele famoso presente de culpa. Voltei a andar e dobrei a esquina, já avistando o banco e a van parada do outro lado da rua.

The TradeWhere stories live. Discover now