That's sexy.

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Depois de ter comido e dormido a tarde toda, comecei a ver melhor aquele closet, estava cheio de roupas, só não tinha peças íntimas, mas de resto, tinha roupa até de gala. Um dos garotos tinha falado que esse quarto era pra uma tal de Sky quando ela estivesse mais velha, mas eu estava perdida em tanto luxo e roupa linda.

Quando anoiteceu, ficou tão frio que eu fiquei coberta com dois edredons, estava de casaco e ainda tremia de frio. Ok, eu morro de hipotermia e me livro dessa, yay!

Escutei duas batidas na porta e não respondi, apenas me encolhi na cama, e no escuro daquele quarto que era iluminado apenas pela luz do luar, pude ver o Nash entrando.

— Você precisa de alguma coisa? — Ele disse se aproximando enquanto eu tremia na cama. Permaneci em silêncio e ele se aproximou, sentando na cama. — Você tá bem? — Ele perguntou olhando pra mim.

— Por que você se importa? — Falei com a voz trêmula. — Estou aqui apenas como o pagamento do meu pai, não é mesmo? — Perguntei revirando os olhos e ele riu.

— Você acha mesmo que eu aceitaria qualquer pessoa como pagamento de dois meses? — Ele disse dando uma risada que me deixou com medo.

— Quem é você? — Perguntei semicerrando os olhos e ele ficou sério enquanto olhava pra mim.

— Você não lembra, não é? — Ele perguntou negando com a cabeça e eu fiz o mesmo. Ele respirou fundo e se levantou da cama. — Se precisar de alguma coisa é só bater na sua porta que os meninos escutam. — Ele disse se afastando.

— Você não vai me responder? — Insisti e ele se virou, olhando pra mim.

— Um dia você descobre, Lary. — Ele disse sorrindo e saindo do quarto.

Lary, Lary, Lary, eu odeio esse apelido! Mas por que soa tão bem vindo da boca dele? Que droga.

Me enrolei mais ainda e fechei os olhos, eu precisava relaxar. Por que os inúteis não trouxeram meu violão junto com minhas malas?

— Nash! – Falei alto enquanto me levantava da cama ainda enrolada nos edredons, ele logo abriu a porta e olhou pra mim.

— Sim? – Ele perguntou e eu tentava não gaguejar, o frio era imenso.

— Como vai ser amanhã? Eu ainda não tinha comprado meu material, e...

— Relaxa. – Ele disse calmo. – Já tá tudo pronto. – Ele disse fechando a porta, mas eu o chamei de novo, fazendo com que ele voltasse a olhar pra mim.

— Eu não sei quais são seus planos pra mim e quais os direitos de uma pessoa sequestrada...

— Você não foi se...— Ele começou a falar, mas eu já revirei os olhos e o interrompi.

— Ok, uma pessoa que foi pega à força, espera aí, isso soa como sequestro, né? – Falei ironicamente e ele cruzou os braços. – Mas será que vocês um dia poderiam voltar à minha casa? Deixei as duas únicas coisas que me acalmavam lá, meu violão e meu travesseiro que minha mãe me deu.

— Não podemos voltar lá, seria arriscado demais. – Ele disse e eu respirei fundo, voltando pra cama. – Mas eles pegaram seu violão, os Jacks ficaram tocando lá embaixo, amanhã eu te devolvo. – Ele disse e eu me virei, mas ele já tinha fechado a porta.

Voltei a andar pra cama e me joguei nela, desejando que o amanhã fosse menos ruim do que hoje.

(...)

— Tem certeza que não quer café da manhã? – Um dos meninos que estava na cozinha perguntou enquanto eu vestia meu casaco.

— Não, obrigada. – Disse educadamente, mas na verdade queria socar a cara de cada um ali, sabia que dois deles que tinham me pego.

The TradeWhere stories live. Discover now