Samuel e o Artefato.

Capítulo 6 - De volta ao futuro.. Outra vez?!

Capitulo 6- De volta ao futuro.. Outra vez?

  - Imagine o futuro garoto. Pense distante.
  - Está bem, vou tentar.
Samuel pensa na época  que visitou na primeira vez que usou o artefato..
Tudo fica novamente branco, e ele tem uma estranha sensação de mudança. Logo como antes, ele vê tudo mudando em sua frente.
Prédios surgem, rodovias aparecem, e carros se espalham por toda parte.
-Hey garoto! Em que ano estamos?
  - Se eu estiver certo.. Então, estamos no ano de 2015.
  - 2015? Nossa, acho que você exagerou. Mas é, vamos ter que ficar aqui, ao menos até tudo ficar mais tranquilo.
  - Está bem.
  - Você faz ideia de que lugar seja esse?
  - Não, eu não sou daqui. Só  vim aqui uma vez, e além disso, sou do ano de 1950.
  - São épocas um pouco distantes, mas deve haver ao menos algo que você conheça aqui.
  - Vamos ver..
  Samuel se dirige a um homem sentado com um aparelho estranho na mão..
  - Hey! Senhor, estou perdido. Que rua exatamente é essa?
  - Que roupas são essas? -Diz o homem. -Você é um turista? ou mora em uma caverna? use o Google.
  - Google?
  -O quê é o Google garoto?
  -Eu também não sei..
  - Já sei.. Isso é uma pegadinha não é? muito engraçado podem acabar com o show. -Diz o homem sem entender o quê aqueles dois fazem alí.
  - Sobre o quê ele está falando?
  - Não faço a menor idéia.
  - Não temos tempo pra isso garoto, temos que arranjar um lugar para ficar.
  - É.. Isso é verdade..
  - Hey senhor! -Diz Samuel, para o homem que estava com o aparelho na mão.
  - O quê é agora? -Diz o homem.
  - Nós precisamos de um lugar para ficar.. conhece algum abrigo?
  - Abrigo? não conheço nenhum por aqui, mas conheço um hotel aqui perto.
  - Certo. poderia nos mostrar onde é senhor?
  - Vire a esquerda e depois segue reto, e vire à esquerda denovo.
  - E?
  -Você vai achar um hotel chamado Hotel Espinoza.
-Certo, muito obrigado senhor.
  - Garoto, você tem moedas de ouro com você?
  - Não por quê?
  - Você realmente acha que vão deixar você ir nesse abrigo de graça?
  - Não.. Mas acho que aqui não usam mais moedas de ouro.
  - Não?!
  - Não, em 1950 usávamos notas de papel. Cédulas, aqui não deve ser diferente.
  - Papel é?
  - Bom, chega de enrolação, temos que achar esse hotel.
  - Certo.
  Os dois seguiram como lhes foram indicado, e atravessam a rua no sinal verde.
  - Hey! Vocês estão loucos?! Olhem a cor do sinal. -Grita um homem dentro de um carro.
  - Sentimos muito senhor.
  - Andem logo então!
Os dois atravessam a rua e acabam achando o quê parece ser o hotel Espinoza. Se trata de um pequeno prédio, com a logo "hotel E".
  - Parece que é aqui..
  - Sim.
  - Vamos entrar.
  Eles se dirigem à um balcão onde encontram uma mulher.
  - Olá senhora? Nós gostaríamos de.. um quarto por favor.
  - Um quarto? -Diz a mulher. -Temos um quarto sobrando. 67 dólares o dia.
  - 67 dólares?! Nossa!
  A mulher olha indignada para o rapaz estranho e para o homem mais estranho ainda.
  - Senhor, você vai querer o quarto ou não?
  - Só um segundo..
  Samuel mexe em seu bolso até que acha uma nota de 100 dólares. A mãe dele havia dado para ele comprar coisas na cidade.
-Meu deus que sorte.. -Pensa samuel exibindo uma cara de surpresa.
  - A gente vai querer o quarto.. -Diz samuel após dar o dinheiro para a mulher.
  - Certo. Subam as escadas e achem o quarto número 8.
  -Tudo bem.
Após subirem e acharem o quarto, os dois deitam-se em camas diferentes.
-Hey, até agora, você ainda não disse seu nome.
-Meu nome? É algo que não posso revelar ainda, mas.. Pode me chamar de H.
  - Tudo bem.
Após isso os dois tentam dormir.
A noite passa rápido, mas durante a madrugada algo estranho acontece.
Samuel acorda assustado e se depara com uma cena bem estranha. Ele levanta da cama e olha para a janela, mas vê algo que te deixa um pouco pertubado. Ele vê a rua vazia, o céu vermelho, e apenas 5 homens na rua, todos trajados como a fenda negra.
-Ei! H! Acorde. Diz Samuel desesperado.
  - O quê é garoto..? o sonho estava tão bom.
  - Eles.. Eles estão vindo! A Fenda Negra.
  - O quê? Não.. não é possível. A menos que.. Droga garoto. Você disse que já veio aqui antes não é?
  - Sim! Acho que na primeira vez que usei o artefato.
  - É por isso que nos acharam. Vamos! temos que ir.
  - Espera! cadê todo mundo? quer dizer por quê tudo parece tão.. morto?
  - É simples garoto. Estamos no cemitério temporal. De alguma forma a fenda negra nos trouxe para cá usando seu artefato.
  - Peraí.. O quê?! Cemitério temporal?!
  - Droga garoto, você tá dificultando, temos que ir! Olha, o cemitério temporal, é uma zona fantasma do tempo, praticamente pode se dizer que estamos em outra dimensão temporal. Estamos encuralados. Só há nós e eles aqui. Temos que correr.
  - Certo entendi. Vamos!
  Samuel e H, correm o máximo que podem. Eles tentam se esconder.
- Escuta.. Se eles nos acharem, o quê acontecerá conosco?
  - Bom, isso é algo que não posso dizer.. não tenho certeza. Talvez vão nos matar. Ou coisa do tipo.
  - Que droga. Eu nunca deveria ter pegado essa droga de Artefato.
  - Não pense isso. Você estava destinado à achar esse artefato.
  - O quê?
  - Espera. Estou ouvindo barulhos. Podem ser eles, vamos manter o silêncio antes que nos..
  - Achem? Não se preocupem, já achamos.. Vocês realmente acharam que seria tão fácil..? Tão facil fugir? Vocês vão pagar por isso.
  H tenta pegar Samuel pelo braço e correr, mas algo acontece. O pior acontece.
H tem seu peito perfurado por algo formado de energia. A camiseta de Samuel agora está manchada de sangue.
Samuel segura H antes que ele caia no chão.
  - Samuel.. Você terá.. R-respostas.
Após dizer isso, H cospe sangue, dá um solene sorriso e morre nos braços de Samuel. De alguma forma, Samuel se sente ferido, abalado, chocado. Mesmo que ele não conheça H, ele se sente horrível por dentro. Samuel não se sente assim desde a morte de seu pai. Por um momento Samuel se lembra daquele dia. Uma lágrima cai no artefato.
  - Certo, peguem o garoto. Vocês já sabem o quê fazer. Diz o líder da Fenda Negra para seus comparsas.
  De alguma forma, o artefato passa a brilhar, e Samuel desaparece aos olhos da fenda negra.
  - Não! Ele não pode fugir! Merda!
  O artefato de Samuel funcionou. Mas para qual época ele teria sido enviado?