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Eu havia passado o intervalo conversando com o Taehyung e a Sohye. Na hora de voltar para a sala, ele se virou para ir até a porta e eu me aproximei da dona da Biblioteca para sussurrar que nós havíamos tido o nosso primeiro beijo lá.

Ela riu e falou que o Taehyung já havia contado tudo detalhadamente, e eu fiquei vermelho e feliz.

Mesmo tendo passado aquele tempo com o mais velho, sentia falta dos seus lábios macios e toques tímidos. Do seu timbre grosso – pouco usado - e o sorriso que eu tanto adorava.

Novamente, fui um dos últimos a sair da sala e andei pelo corredor sozinho, vendo a escola esvaziar aos poucos. Antes de entrar no banheiro masculino, conferi se não havia mais ninguém lá fora.

Depois de ter confirmado, entrei no local recém limpo – para o turno que estudava à noite - e vi a mochila preta do Taehyung no chão, que estava de costas abrindo a porta da última cabine para conferir se estava vazia.

Eu larguei a minha mochila amarela ao lado da sua e me aproximei por trás, cobrindo os olhos dele com as mãos.

– Quem é? - a sua voz preencheu o ambiente, seguida de uma risadinha. As suas mãos grandes cobriram as minhas suavemente e um sorriso moldou os meus lábios.

– O garoto que está apaixonado por você - confessei.

– E este garoto existe? - indagou, enquanto afastava as minhas mãos do seu rosto delicadamente e virava de frente para mim. A sua expressão era de supresa e desconfiança.

– Eu pareço real?

– Não. Eu acho que você é uma criação da minha cabeça. 

Eu ri baixo, enquanto adentrava a cabine com ele e trancava a porta branca. Perguntei: – Por quê?

– Porque você é bom demais comigo, Jungkook.

– Você merece o bom, Taehyung. E sim, eu existo e estou apaixonado por você.

E nada brilhava mais que o sorriso que preencheu o rosto dele naquele momento.

Os seus olhos escuros estavam quase fechados e o as bochechas estavam vermelhas, e ele abaixou a cabeça para esconder-se do meu olhar.

Eu me aproximei e segurei o seu queixo delicadamente, levantando-o. Sorri ao analisar os seus traços; as sobrancelhas grossas e escuras, uma pálpebra dupla, a pequena pinta próxima à ponta do seu nariz e as bochechas cheinhas que continuavam a denunciar a sua timidez.

– Lindo, Taehyung. Você é lindo - falei, antes de inclinar a cabeça para o lado e encaixar a minha boca na dele.

Os seus lábios tinham gosto de pêssego e o nosso beijo era ansioso. As mãos dele cobriam o meu pescoço e as minhas seguravam a sua cintura e puxavam o seu corpo para perto, enquanto eu me encostava na porta fechada.

A sua língua se enrolava na minha e o seu quadril era pressionado contra o meu levemente, e eu apertava a sua bunda e as suas unhas na minha nuca faziam com que o meu corpo estremecesse. Em algum momento, o ar se fez necessário e eu separei o beijo. E então, o Taehyung me causou arrepios quando começou a pressionar beijos molhados pela minha mandíbula, descendo até o meu pescoço.

Eu conheço o Taehyung há tempo o suficiente para saber que ele não encontrava palavras para se expressar. Por isso, sempre que usadas, eram tão valiosas. Mas as suas ações entregavam os seus sentimentos. Desde as bochechas vermelhas aos beijos que estavam sendo marcados na minha pele naquele momento.

outer space ; kth+jjk Onde histórias criam vida. Descubra agora