Capítulo 1

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Servir tantos clientes mal humorados hoje em dia é algo realmente difícil para mim, mal tenho tempo para investir ou procurar um lugar para alugar e construir meu próprio trabalho. Tenho uma paixão incomum por restaurantes e o que eu mais gosto é de ajudar a preparar as comidas ou então fazer os doces que tenho mais facilidade, mas para o meu azar eu estou tendo uma vida super apertada e a ponto de ser despejada do meu apartamento. Do lugar onde vivi tantas coisas e tenho tantas lembranças com meu falecido pai, não queria ir embora do lugar que tanto gosto, mas também não tenho dinheiro para pagar e quando for despejada provavelmente irei acabar sem um lugar para viver e talvez perca ate esse emprego de garçonete na cafeteria de uma conhecida.

- ei senhorita! O que pensa que esta fazendo? Esta derramando todo o café. – reclamou o cliente ao qual estava servindo café, parei imediatamente e o encarei preocupada.

- me desculpe senhor, eu o queimei? Sujou muito as suas roupas? – perguntei preocupada. – eu posso limpa-las. – disse rapidamente vendo que seu casaco estava um pouco molhado, ele me sorriu malicioso.

- claro, venha me limpar no banheiro e quem sabe fazer algo melhor ainda. – disse passando a mão por minha bunda, sem hesitar levantei a mão e acabei acertando um tapa no rosto daquele pervertido.

- como ousa, eu só estava querendo ser gentil. Eu não sou uma prostituta, eu exijo respeito. – disse irritada se fosse possível meus olhos estariam em chamas.

- Angelike o que diabos você esta fazendo agora? – perguntou minha chefe. – o meu deus, me perdoe senhor. Ela não lhe causara mais problemas a partir de hoje ela não trabalha mais para mim. – disse me dando um olhar mortal.

- o que? Não pode me demitir só por que me defendi de um pervertido. – tentei me justificar.

- não é por isso Angelike, você nos últimos dias só tem me causado prejuízos. Não posso ter uma funcionaria que não sabe nem tratar os clientes adequadamente, agora troque de roupa e venha à noite para receber todos os seus direitos. Não a quero mais aqui depois disso. – respondeu pegando lenços para aquele idiota.

- esta bem senhora, faça como quiser, mas não me procure se precisar de mim um dia. – disse dando as costas para ela.

- eu nunca vou precisar pedir nada a você, ate por que você nunca será capaz de nada grandioso. – disse rindo, sai bufando, entrei na ala dos funcionários e peguei minha roupa indo me trocar. Deixei tudo no lugar e em seguida sai daquela cafeteria que tanto odeio.

Olhei em minha bolsa procurando por meu celular, o achei e olhei se tinha algum recado ou ligação mais como de costume não tinha nada. Eu não tinha coragem o suficiente para ligar para a minha mãe e dizer que fui demitida após anos trabalhando naquele lugar. Não podia dizer a ela que provavelmente em dois dias eu estarei vivendo na rua como um nada, eu não quero que ela se preocupe comigo mais o que eu devo fazer? Talvez procurar um emprego o mais rápido possível? Como vou ter um salario rápido para não ser despejada se receberei meus direitos em torno de quinze dias ou mais? Hoje é apenas quinze e eu nem vou receber muito dinheiro. O que eu faço da minha vida agora?

- ei senhorita! Podemos conversar? – perguntou um senhor segurando em meu braço e me fazendo encara-lo, suspire.

- senhor eu não sou o tipo de mulher que deseja, por favor, me solte. – pedi educadamente.

- eu sei que não, na verdade quero lhe oferecer uma proposta irrecusável e você não precisará fazer praticamente nada apenas morar em uma casa muito grande. – disse sorrindo, aquele homem parecia gentil.

- tudo bem, mas podemos conversar em um lugar publico? Desculpe se estou sendo grosseira mais depois de tudo que já passei no meu ultimo emprego realmente não me sinto confortável ao lado de um desconhecido. – disse sem graça.

- não tem problema, ali tem uma cafeteria ao ar livre. Podemos conversar ali e assim tomamos um bom café enquanto conversamos. – respondeu. – eu pago. – completou talvez por ver o meu olhar ao pensar em pagar algo agora.

- tudo bem vamos. – respondi, seguimos para o café e ele ate puxou a cadeira para que eu senta-se, após nossos pedidos chegarem o senhor começou a falar.

- meu nome é Henry Ko Cheong, já deve ter ouvido o meu sobrenome em algum lugar não é mesmo? – perguntou, eu assenti ate por que ele era bem conhecido pelas empresas e ótimos negócios que possui e também o dinheiro, um dos homens mais ricos e eu estava em sua frente tomando um chá como se já nos conhecêssemos há anos. – bom, eu tenho um filho seu nome é Ji Sook Cheong. – disse novamente.

- sim eu já ouvi falar do senhor e de seu filho, sua família passa com frequência nas noticias. – respondi tomando um gole do chá.

- sim, ultimamente meu filho anda tendo sua sexualidade questionada e ele já me deixou claro que gosta de mulher o problema é que ele não consegue se relacionar devido a estrema timidez que possui. – disse devagar, mas daquele momento eu já não estava entendendo muita coisa. – eu aceitaria muito bem se meu filho fosse gay, mesmo que assumisse eu ainda amaria meu filho. O problema é que ele não quer ser visto como gay e também não tem coragem de falar com uma moça e tentar um relacionamento. – desabafou.

- senhor não estou entendendo aonde pretende chegar. – disse confusa.

- bom, eu estou tentando dizer é que gostaria que a senhorita fingisse um relacionamento com meu filho por pouco tempo, não precisa ser algo verdadeiro e nem precisa agir como esposa ou algo assim sozinhos, só preciso que finja estar apaixonada por meu filho e que more com ele por cem dias. – pediu.

- espere. O senhor quer que eu more com seu filho por cem dias? – perguntei só para ter certeza se tinha ouvido bem.

- tudo o que você precisa fazer é passar exatamente cem dias ao lado de meu filho morando em sua casa e fingindo ser sua esposa ao receberem visitas, o que realmente se passar entre os dois não me diz respeito apenas quero que os boatos sobre meu filho acabem. – disse ele me observando cuidadosamente.

- por que eu faria isso senhor? – perguntei confusa com tudo que estava ouvindo.

- eu sei que você esta a ponto de ser despejada de seu apartamento, seu trabalho não rende um bom dinheiro e foi demitida, se você aceitar fazer o que lhe peço lhe darei Cem milhões de dólares. O que me diz? – perguntou, me fazendo parar de respirar por um segundo analisando minhas opções e de como aquilo ajudaria em minha vida. Eu realmente não tinha nada de mais para perder, iria ter uma casa enorme para morar por um tempo, teria um suposto marido gato e milionário, o dinheiro que recebesse no final iria dar para abrir meu restaurante e ainda teria o suficiente para dar um lugar bom para minha mãe morar e contratar gente para trabalhar para mim.

- senhor eu não vou ir para a cama com seu filho. – disse o olhando, ele deu uma pequena risada.

- eu não disse isso, só quero que finja realmente não me importo com o que aconteça entre você e meu filho dentro daquela casa. Tudo dependerá de vocês dois e sei que ele não a obrigará a nada. – respondeu, suspire aliviada.

- se é assim eu aceito, mas no final dos cem dias o senhor vai me dar os meus cem milhões de dólares e me ajudará a conseguir um bom lugar para ter meu restaurante. Se o fizer finjo ser a esposa de seu filho e sou capaz ate de espalhar como ele é bom de cama. – disse o encarando.

- fechado, faça suas malas a levarei para a casa de meu filho hoje mesmo, assim que se conhecerem a contagem para os cem dias começara a valer. – respondeu terminando seu chá e se levantando, fiz o mesmo e ele me levou ate meu apartamento onde comecei a arrumar minhas coisas para quem sabe o futuro que me espera na casa de Ji Sook Cheong.




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