capítulo 16

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Enquanto terminava meu banho e colocava minhas roupas eu podia ouvir constantemente o que o Senhor Henry e o Ji Sook falavam, a principio achei que era algo sobre a empresa ate ouvir o meu nome no meio, após estar devidamente vestida abri um pouco a porta podendo assim ouvir o que eles falavam a meu respeito.
- filho ela vai embora assim que completar os cem dias, ela só esta fazendo isso para ter o dinheiro que lhe prometi e para ter uma vida boa a seu lado. – disse o senhor Henry eu não sei por que confiei nesse homem.
- pai ela não é interesseira, acha mesmo que se ela fosse não estaria pedindo por mais dinheiro? Não acha que ela teria desistido dessa ideia de ter um restaurante para viver as minhas custas? Pai ela é uma mulher independente e eu estou completamente apaixonado por ela. – Ji Sook devolveu fazendo meu coração acelerar ainda mais.
- vou confiar em você Ji Sook, eu quero ver você feliz e não me importa se for com uma mulher bem sucedida ou uma que não tenha nada. Angelike parece ser uma mulher determinada e não cai de encantos por qualquer homem rico que aparece pela frente. Por isso tome cuidado e certifique-se de que ela não esta interessada por seu dinheiro, às aparências enganam e às vezes seus gestos também. – respondeu o senhor Henry.
- não se preocupe pai, Angelike é tudo o que eu poderia querer. Ela parece bem ansiosa para abrir o restaurante e pelo que sei ela já esta procurando uma equipe para trabalhar com ela, o senhor já lhe deu o dinheiro e por isso ela pode abrir o próprio negocio e contratar funcionário. Quando isso acontecer teremos de ir ao restaurante e o senhor verá como ela é talentosa. – respondeu Ji Sook. Sorri que nem uma boba e em seguida me recompus abrindo a porta e mostrando minha presença.
- bom dia, eu achei que tivessem saído do quarto. – disse corada ate por que o senhor Henry iria perceber que Ji Sook e eu estávamos juntos no banheiro e tiraria suas próprias conclusões.
- bom dia, você estava no banheiro também? – perguntou e eu assenti, o vi dar um sorriso malicioso para o filho e depois ficar serio. – as reformas em seu restaurante já terminaram hoje mesmo você pode ir lá e arrumar o que quiser para a inauguração a qual deverá me dizer para levarmos algumas pessoas influentes para mostrar que você como minha nora é muito talentosa como chefe de cozinha. – disse sorrindo e eu não soube dizer se aquilo era falso ou não.
- serio mesmo? – perguntei entusiasmada enquanto ele assentia. – eu vou falar com minha mãe e farei todas as compras hoje mesmo. Se tudo for como tenho em mente ate segunda poderemos abrir o restaurante. – disse sem conseguir conter a minha alegria, eu sabia perfeitamente que teria de comprar panelas, pratos, talheres e muitas outras coisas para poder abrir meu restaurante e precisaria de alguma coisa para leva-los ate o restaurante é claro. – Ji Sook você poderia pedir a seu motorista para me ajudar? Eu vou precisar e ajuda para levar as coisas para o restaurante. – disse pensativa enquanto os dois sorriam.
- não precisa, eu mesmo vou ajuda-la com isso. Creio que por hoje estou liberado não é pai? – perguntou olhando para seu pai.
- tudo bem, este final de semana vou deixar para os dois. Como hoje é sábado eu posso controlar tudo sozinho, faça boas compras e a noite se não estiver muito cansada me prepare uma refeição quero ver se você é realmente boa nisso como meu filho diz ser. – disse indo para a porta do quarto. – amanha me de a resposta certa de se poderá abrir na segunda e a que horas. – pediu e saiu.
- parabéns minha Angelike. – disse Ji Sook, sem me conter pulei em seus braços o apertando contra mim.
- eu não posso acreditar como o restaurante ficou pronto tão rápido? – perguntei me separando dele.
- meus pai contratou uma equipe bem grande e promissora, eles são rápidos no que fazem. – respondeu, sorri e me lembrei do ocorrido a tempos atrás.
- eu tenho que ir numa farmácia antes de falar com minha mãe. – disse saindo de seus braços.
- por que uma farmácia? – perguntou confuso.
- eu preciso de uma pílula. Depois do que fizemos não vamos correr o risco de uma gravidez indesejada não é? – disse sorrindo e o vendo corar. – então vamos tomar café e depois vamos passar na farmácia para que eu compre a pílula que preciso. – disse o puxando.
- esta bem, mas Angelike. Você vai sempre tomar estas pílulas? – perguntou curiosos parando no meio do corredor o encarei dando um sorriso tímido, não estava acostumada a falar sobre algo assim ainda mais com um homem.
- não somente desta vez, o melhor é nos prevenirmos com camisinha assim estaremos mais seguros ate eu conseguir marcar um ginecologista e ver qual é o anticoncepcional mais apropriado para mim. – respondi desviando o olhar.
- você não quer filhos? – perguntou, acabei rindo.
- claro que quero, mas na nossa situação atual eu não quero correr o risco, não sabemos se vamos dar certo e outra quando estivermos certos de que é isso que desejamos iremos conversar. Ate lá vamos apenas esquecer esse assunto. – pedi, ele assentiu e juntos fomos ate a mesa.
Após o café eu tive a experiência mais assustadora da minha vida, fui à farmácia comprar a pílula e vai que eu e Ji Sook acabamos tendo mais momentos como aquele e então peguei algumas camisinhas para prevenir e a vendedora me olhou como se eu fosse uma vadia que estava dando para vários homens e não uma mulher comprometida. Seu jeito de falar era grosseiro isso ate o Ji Sook entrar na farmácia e praticamente anunciar a todos que estamos juntos e todos perceberem que a gente fazia entre quatro paredes. Foi realmente o pior momento da minha vida, pude ouvir com perfeição as mulheres falando que eu não era uma interesseira afinal de contas, já que estava procurando me prevenir de uma possível gravidez, outra dizia que eu só estava fazendo aquilo para despistar as pessoas e engravidar de qualquer jeito. Peguei a pílula e a tomei ali mesmo na farmácia para que todas vissem que eu não estava fingindo, eu não era louca o suficiente para engravidar de um homem que eu posso perder alguns dias ou meses.
- podemos ir? – perguntou assim que chegamos ao carro, Ji Sook abriu a porta para mim atraindo alguns olhares curiosos e invejados.
- claro, vou ligar para minha mãe vir nos encontrar. Ela vai me ajudar a escolher tudo o que for necessário para o restaurante. – disse pegando o celular e ligando para ela. Depois de falar com minha mãe que nos encontraria em frente ao shopping em alguns minutos me virei para Ji Sook que prestava atenção na estrada.
- eu me pergunto como você conseguiu viver sua vida inteira com tantas pessoas interessadas no que você e sua família fazem. – disse abaixando o olhar.
- a gente se acostuma depois de um tempo, toda a minha infância eu fui criticado e pressionado para superar as expectativas das pessoas. Sinto se agora você vai passar por isso, eu realmente gostaria de poder fazer algo para que não passasse por isso mais eu não posso. – disse parecendo triste.
- não precisa se preocupar com isso, logo vou me acostumar. O que me preocupa de verdade é o seu pai, ele espera muitas coisas de mim e eu não sei se posso me adaptar realmente ao mundo de vocês, se realmente sou capaz de ser feliz com você se dermos certo. – disse suspirando.
- esqueça meu pai, vamos apenas nos concentrar em nos dois. – pediu segurando minha mão. Sorri abertamente, eu sei que não deveria mais eu não consigo parar de pensar no que vai acontecer quando esses cem dias acabarem e o senhor Henry me mandar embora, isso se eu não resolver ir antes disso acontecer.

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