Capítulo 5

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Acordei ouvindo uma musica vindo do outro quarto, me levantei e fui ate a porta para ver o que se passava. Ao abrir a porta só um pouco a musica parou e vi que Ji Sook falava ao celular, tentei dar privacidade a ele mais acabei por ouvir o meu nome e não evitei em escutar.

- pai ela só esta interessada no que o senhor vai dar a ela, pare de pensar besteiras. Angelike não vai querer nada comigo. – disse Ji Sook. – mesmo assim, a Angelike pode ser legal e tudo mais ela deseja mais que tudo na vida esse restaurante e nos conhecemos ontem como o senhor pode pensar essas coisas? – perguntou. – não pai, esqueça. Vou apenas tentar ser amigo dela e quem sabe eu deixe a timidez de lado enquanto ela estiver aqui. Pelo menos ela já conseguiu me fazer falar com ela sem gaguejar. – disse novamente. – tudo bem pai, eu vou para a empresa mais tarde e falarei para a Angelike exatamente o que me disse. Tchau. – o vi desligar o celular e fechei a porta novamente. Peguei minhas roupas que iria usar hoje e voltei a abrir a porta.

- bom dia. – disse assim que sai do quarto e o vi parado perto da janela.

- bom dia, desculpe se a acordei com o toque de meu celular. – disse se virando para mim.

- sem problemas, eu já estava acordada. Eu vou tomar um banho se não se importar. – disse cruzando por ele.

- tudo bem, depois eu preciso falar algo com você. – disse me dando as costas novamente.

- é algo importante, eu posso ouvir o que tem a me falar primeiro. – respondi.

- não se preocupe apenas vá tomar banho e conversamos melhor tomando nosso café da manha. – disse pegando o celular de cima da mesinha ao lado da cama.

- esta bem, tentarei não demorar. – respondi indo ate o banheiro e entrando. Tomei meu banho e fiz toda a minha higiene para em seguida sair do banheiro usando um vestido um azul escuro e uma sandália de salto alto preto, sai do quarto e segui ate a cozinha onde Ji Sook estava sentado mexendo em seu celular enquanto que em sua outra mão levava a xicara a boca. – então o que queria me falar? – perguntei me sentando a seu lado e atraindo sua atenção.

- meu pai quer que as coisas sejam mais reais e que quando alguém nos vir ou formos fotografados devemos parecer um casal. – disse ele.

- mas já estamos agindo assim. – disse pegando algumas frutas.

- ele quer que façamos isso parecer real e que nos... Beijemos em publico. – disse um pouco hesitante o olhei e acabei ficando vermelha.

- beijar? Não acha isso demais? Não nos conhecemos e estamos fingindo ser um casal para as pessoas, tudo bem, mas se começarmos a beijar, andar de mãos dadas, ter encontros vai acabar nos colocando em uma situação ruim. – disse abaixando a cabeça.

- por quê? Acha tão ruim assim me beijar? Eu sei que sou tímido e que provavelmente você não me acha bonito, mas se você fizer isso meu pai disse que seu restaurante estará pronto e com as reformas do jeito que você desejar, ele já encontrou um lugar e precisa da sua orientação para o que deseja construir. Mas só o dará para você se for como ele esta pedindo. – disse sem me encarar. Como no mundo ele pode me dizer que eu não o acho bonito? Aquele homem tem cabelos curtos e um tipo de franja para o lado, seus olhos castanhos me deixam desestabilizada, seu sorriso tímido é como um gatilho para que eu tente o agarrar e o corpo, Deus é pecado um homem ter um corpo tão atraente, garanto que se ele tirar a camisa poderei ver os gominhos de seu tanquinho perfeito. Mas eu preciso me concentrar, eu teria de beija-lo e poderia me apaixonar por ele, mas eu quero muito o meu restaurante, não tenho escolha.

- tudo bem eu farei isso, eu quero o meu restaurante e se isso quer dizer que terei de beija-lo e fazer coisas como se realmente estivéssemos juntos eu o farei, mas somente em publico, aqui nesta casa não ouse agir como um pervertido comigo. – ameacei.

- não se preocupe, mas você não me disse você me acha feio? Vai ser um sacrifício para você me beijar? – perguntou novamente.

- não vai ser nenhum sacrifício beija-lo, você é bonito e sabe disso. Eu só não quero correr o risco de me apaixonar, apenas isso. – disse abaixando meu tom de voz e minha cabeça.

- você acha tão ruim assim se apaixonar por mim? Você teria tudo, seria extremamente rica e reconhecida no mundo todo. – respondeu Ji Sook.

- eu não quero tudo, se for para me relacionar eu quero que seja com alguém que sinta o mesmo por mim, agora vamos parar de falar sobre isso e vamos falar do restaurante. Quando verei seu pai e o lugar onde será meu restaurante? – perguntei animada.

- você tem algum compromisso para agora? – perguntou e eu neguei. – iremos ate meu pai agora mesmo. – disse desviando o olhar, eu não entendi o porquê o pai dele e ate mesmo o próprio Ji Sook insistiam que deveríamos ser tão reais, eu ate estava gostando de Ji Sook mais não vou me apaixonar estou aqui apenas para fingir algo ao qual eu serei beneficiada no final. Terminamos o café e seguimos de carro ate o centro da cidade, Ji Sook parou em frente a um estabelecimento bem grande para ser alugado, desceu do carro e veio abrir a porta para mim atraindo muitos olhares e ate mesmo algumas pessoas começaram a bater fotos para talvez ganharem uma graninha extra com as revistarias ou jornalistas. – precisamos ser reais. – disse Ji Sook o olhei e o vi vermelho, parecia nervoso com todo aquele alvoroço e as pessoas falariam que estaríamos fingindo se eu não o beijasse, sorri e me aproximei enlaçando meus braços em seu pescoço.

- posso fazer isso. – respondi antes de selar meus lábios com os dele em um beijo que eu nem se quer imaginava ser tão bom, Ji Sook correspondeu meu beijo e senti aquelas famosas borboletas no estomago, as expulsei rapidamente, eu não podia estar sentindo aquele tipo de coisa, eu só estava fingindo algo que nunca vai ser real de verdade.

- é bom ver meu filho beijando sua esposa. – assim que ouvimos a voz de senhor Henry nos afastamos corados.

- senhor Henry. – disse vermelha.

- é preciso falar isso tão alto pai? – perguntou Ji Sook, ele estava tão fofo desviando o olhar de seu próprio pai que não evitei sorrir.

- precisamos conversar senhorita Angelike. – foi ai que meu coração se partiu e meu corpo paralisou, será que ele já vai me mandar pra puta que pariu por ter beijado o filho dele e eu não vou ter a chance de ter o meu restaurante? Não era isso que ele queria? Por que me sinto tão confusa e perdida meu Deus? Perguntei a mim mesma por pensamento enquanto tomava coragem para seguir o senhor Henry para dentro daquele estabelecimento.

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