Capitulo 6

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      Acordo com o cheiro de café no ar, abro meus olhos tentando não sentir a dor de cabeça que ficava cada vez mais forte, olho ao redor, fico mentalmente envergonhada, mas, logo Diogo surge na porta do quarto sorrindo.

— Bom dia, venha tomar café! – Diogo fala e eu levanto.
— Bom dia! – Falo e sigo ele até a cozinha.
***

— Você não serve para fazer isso! Me dá! – Falo pegando a frigideira das mãos de Diogo que ria por ter derrubado três panquecas no chão.
— Nunca pensei que nos daríamos bem! – Diogo fala e eu sorrio.
— Você era insuportável! – Falo e ele gargalha.
— Você vivia me batendo! – Diogo fala e eu seguro o riso.
— Porque você me chamava de piralha, nanica e outros apelidos carinhosos! – Falo e Diogo ri.

Enquanto Diogo ria, encarei ele por alguns instantes, lembro do nosso beijo e nego com a cabeça expulsando os pensamentos, mas já era tarde.

— Sophi, falei com Bryan, ele vai demorar, quer ver TV? – Diogo fala levantando da mesa

— quero – falo e vou até a pia, coloco a xícara na pia, sinto suas mãos na minha cintura e sua barba roçando no meu pescoço

Diogo apertou mais a minha cintura, mordeu minha orelha de leve, fazendo com que eu me arrepiasse.

— para com isso – falo tentando me controlar

— me faz parar – Diogo fala e me vida pra ele, roça sua barba no meu pescoço e deixo escapar um suspiro, fecho os olhos, enquanto ele beija meu pescoço

— Diogo – o chamo na intenção de que ele pare, Diogo continua beijando meu pescoço, suspiro, puxo ele e o beijo

A sincronia do nosso beijo era perfeita, sua língua estava em sincronia com a minha, ele colocou suas mãos em volta da minha cintura, me puxando para mais perto de seu corpo, ele me deu impulso e eu sentei em cima do balcão, entrelaçando minhas pernas em volta da sua cintura, Diogo acelerou o beijo e puxou meu cabelo de leve, em seguida desceu suas mãos para a minha bunda, beijou meu pescoço e me carregou até a sala sentando no sofá e me deixando por cima, sorri entre o beijo e encarei seus olhos, rebolei em cima da sua ereção, Diogo jogou a cabeça pra trás e deu um breve sorriso, beijou meu pescoço que com toda certeza, ficaria marca, suas mãos percorreram minha cintura enquanto ele tirava o meu vestido, meu celular começou a tocar assim que ele jogou meu vestido no chão, parei o beijo, e corri pegar meu telefone que estava em cima do balcão da cozinha.

Bryan me ligou para dizer que já havia chego em frente à casa de Diogo.
Quando passei pela porta de saída Bryan já me esperava com o carro ligado, entrei e ele me encarou.
— Sophia, você e o Diogo? – Bryan não se deu o trabalho de terminar de perguntar.
— Não! – Falo e gargalho.
— Quer sorvete? – Bryan pergunta e eu faço cara de criança feliz, abrindo um sorriso enorme.
Bryan e eu passávamos muito tempo juntos, desde pequenos, talvez por sermos gêmeos e termos a mesma idade, mas, mesmo depois de adultos, continuamos muito próximos, Bryan chegou até a cogitar ir morar comigo em São Paulo, mas, meu pai falou que iria precisar dele com as coisas do morro, já que Bryan fica de responsável quando ele sai, e também ajuda a organizar as festas e os rachas que acontecem.
Bryan estacionou o carro em frente a nossa sorveteria favorita, desde os treze anos, Bryan pediu sorvete de morango e eu de chocolate.
— Então, quer me contar alguma coisa? – Pergunto enquanto Bryan olha para o mar perdido nos próprios pensamentos.
— Não sei! – Bryan responde.
— Eu te conheço Bryan. Tem algo de errado! Você pediu para tomar sorvete e está quieto olhando para o mar! – Falo e ele ri, sem ânimo.
— Eu estou estranho esses dias. Sabe Sophi, sinto saudade de como as coisas eram antes! – Bryan fala e eu olho para ele.
— É normal sentir falta do que já vivemos, algumas coisas precisam ser lembradas de tempos em tempos, porque esses momentos não vão voltar, mas não deixam de ser importantes para a gente. – Falo e Bryan sorri.
— Você sente falta de alguma coisa Sophi? – Bryan pergunta.
— Sim. – Falo.
— Sophia, você acha que aqueles inimigos do nosso pai vão voltar a atacar a gente? – Bryan pergunta.
— Não sei Bryan, mas, se eles voltarem, a gente vai estar junto, vamos acabar com todos eles. – Falo e sorrio.
— É bom te ter por perto de volta, gêmea do mal! – Bryan fala e eu sorrio, abraço ele e ficamos olhando o mar por bastante tempo.
Quando chegamos em casa, Kauan estava na cozinha junto com Thomas, fazendo o jantar, minha mãe e meu pai estavam na sala jogando vídeo game.
— Que ódio! – Bryan fala e eu o encaro.
— Que foi maluco? – Pergunto.
— Odeio gente feliz! – Bryan fala e eu gargalho.
Nosso jantar me fez lembrar da minha infância, todos reunidos comendo panqueca, depois do jantar, meu pai e eu, ficamos na cozinha para lavar a louça.
— Pai, como era o nome da menina que morreu? – Pergunto e meu pai faz uma careta.
— Alina. – Meu pai responde concentrado em lavar a louça.
— Ela tem família aqui? – Pergunto.
— Ela tem um irmão, Fabrício, ele trabalha na boca. Não se preocupe, conversei com ele e a situação já está resolvido. – Meu pai fala e eu o encaro.
— Quem vai para lá hoje? – Pergunto e meu pai sorri.
— Kauan vai ficar até as 02:00 da manhã e depois, está livre para você se você quiser ir. – Meu pai fala e eu sorrio.
— Quero! – Falo e ele gargalha.
Terminei de ajudar meu pai, tomei um banho, sequei meus cabelos e prendi os mesmos em um rabo de cavalo alto, coloquei uma legging preta e um moletom largo, também preto, pois já eram 02:00 da manhã.
Peguei a chave de casa, tranquei a porta e avisei os meninos que faziam a guarda que o Kauan chegaria em poucos minutos. Desci o morro calmamente, as ruas estavam desertas, a arma presa a minha cintura, me dá certa segurança.
Quando cheguei na boca, Kauan estava rindo com os meninos que estão de plantão, assim que seus olhos batem em mim, Kauan me encara.
— Vim te substituir. Ordens do pai, não reclame! – Falo antes que ele comece a falar.
— Chegou a dona da porra toda. – Enzo, fala e começa a rir.
— Obrigada, sei que sou muito amada! – Falo e Theles ri, negando com a cabeça, Enzo faz o mesmo.
— Fora Kauan! – Falo e meu irmão revira os olhos, e sai, mas antes, me dá um beijo na testa e vai para casa.
— Então Sophi, como foi ficar três anos fora? – Theles pergunta.
— Um saco! Senti falta de tudo aqui. – Falo e Theles ri.
— Theles, quem é o Fabrício? – Pergunto e ele me encara.
— Sophia, seu pai já resolveu isso! – Theles fala e eu reviro os olhos.
— Chama ele, agora, Theles Correa! – Falo e Theles ri.
— Enzo, sobe e chama o Fabrício, a patroa quer falar com ele. – Theles fala e Enzo.
Em dez minutos, Enzo voltou acompanhado de Fabricio. Analisei ele enquanto ele andava até a minha mesa. Fabricio é alto e apesar do moletom, ele tem músculos definidos, barba por fazer, semelhante fechado.
— Chamou patroa? – Fabricio pergunta.
— Só Sophi, por favor! Na verdade, eu te chamei aqui para, dizer que sinto muito pela sua irmã, eu não fazia ideia do que iria acontecer e muito menos que matariam alguém. – Falo e Fabricio suspira.
— Está tudo bem Sophia, não tínhamos como saber! – Fabricio fala.
— Quando vocês chegaram no morro? – Pergunto.
— Três anos atrás. Alina e eu passamos a maior parte da vida em lares de adoção, quando fiz dezoito anos, precisava arrumar um lugar para ficar, já que o abrigo não tem mais obrigação legal de manter adultos nele. Conheci seu irmão, Thomas, quando tentei assaltar ele, por sorte eu não morri, e por mais sorte ainda, ele me trouxe para falar com o seu pai, que me arrumou um emprego e uma casa, aí eu tirei a Alina de lá e coloquei ela para morar na zona sul, ela fez um inferno para vir morar aqui. Mas Alina nunca parou quieta em casa, ela estava voltando da praia, quando foi baleada. – Fabricio fala e eu respiro fundo.
— Você já sabe quem foi? – Pergunto.
— Sim. E mesmo Alina sempre falando para mim que eu não deveria me vingar de alguém que tirou algo de mim, matei o desgraçado! – Fabricio fala e vejo a raiva em seus olhos.
— Eu lamento! – Falo mais uma vez.
— Você não teve culpa Sophia. Aliás, o cara que mandaram para te matar mal sabia o que estava fazendo, Alina não era tão parecida com você! – Fabricio fala.
— Não era? – Pergunto.
— Acredito que não, se não Bryan não teria tido um rolo com ela. – Fabricio fala e ri.
— Isso explica o porquê do meu irmão estar meio triste! – Falo e Fabricio ri.
— Talvez não seja isso, desde que você anunciou a sua volta, seus irmãos estão em alerta o tempo todo, você é a princesinha deles! – Fabricio fala e eu sorrio.
— É assim desde que minha mãe descobriu que estava gravida de uma menina, meu pai só faltou ter um surto. – Falo e ele ri.
— Sabia que todos os caras daqui tem medo de chegar perto de você? – Fabricio fala e eu o encaro.
— Meu pai? – Pergunto.
— Não! Thiago Miranda. – Fabricio fala e eu sinto meu corpo ficar arrepiado.
— Como? – Pergunto.
— Seu passado ainda dá o que falar! – Fabricio fala e eu reviro os olhos.
— Ainda bem que é só o passado! – Falo e rimos.
Depois de conversarmos mais um pouco até Fabricio precisar voltar para o seu posto, passei o resto da madrugada cuidando das coisas da boca, fazendo contas e conferindo o faturamento, as oito da manhã, Thomas veio me buscar para irmos para casa e Enzo ficou no meu lugar.
— Como foi a noite? – Thomas pergunta.
— Produtiva! Descobri quem era Alina, conversei com o Fabricio e obviamente, descobri que mesmo depois de anos, Thiago Miranda ainda está me assombrando! – Falo e Thomas segura a risada.
— Eu não mandei namorar um mafioso. – Thomas fala e eu reviro os olhos.
— Sem comentários Thomas! Sem comentários! – Falo e ele gargalha.

— Dorme, que passa! – Thomas fala e eu gargalho.         

A Mulher Do Boss - Saga Destinos Livro 1 -Onde histórias criam vida. Descubra agora