Sucessão

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Seus reflexos são rápidos e ele desvia a flecha com a espada de sua bainha.
Ele se levanta do trono e começa a descer as escadas.

Quando ele para de frente para mim não digo nada. Só saco minha espada e ataco.

Ele bloqueia com facilidade, e eu começo a atacar tentando achar uma abertura. Ele é mais forte, mas eu sou mais rápida.

Tento um ataque pelo lado, mas ele bloqueia com a espada. Uso minha minha perna esquerda e tento dá uma rasteira. Mas o golpe falha e ele contra ataca com um golpe que faz minha espada voar longe.

Ele parece achar aquilo divertido e joga sua espada longe também.

—Sabe... Eu gosto de você. Vou lhe dar uma chance.— Diz cínico.

Ignoro a provocação e ataco com um chute na altura da cintura. Ele segura minha perna e acerta um soco em meu estômago. Mal tenho tempo para gritar de dor antes que ele me lance em direção a porta.

Caio no chão do corredor e ele caminha até mim.
Enquanto ele se aproxima, me arrasto para trás até encontrar a parede.
Tento acertar flechas nele, mas ele desvia todas com a espada.

Ele se abaixa até ficar na minha altura.
Ele arranca meu arco e segura minha cabeça a batendo contra a parede.
Sinto o sangue descer e vejo o mundo escurecer.

Quando estou a caminho da inconsciência, sinto algo pressionado contra meu pescoço, a idéia do que pode ser me parece tão medonha que volto ao normal.

Abro meus olhos e vejo ele me observando.

Tateio o chão a procura de algo para usar para acerta-lo. Mas ele percebe minhas intenções e me acerta um soco no estômago.

—Sabe. Você é um desperdício. Eu tinha planos para você.

Planos... A profecia... Eu não impedi ele.
Por um momento me lembro da Bruxa, dessa vez o Monte errou.
Meu Deus! A Bruxa! Ela me deu a adaga. E eu guardei na cintura.

—E então general? Tem algum último pedido?

Começo a pensar em algo que possa o distrair mas nada me vem à cabeça.

—Sendo assim, eu vou realizar um pequeno desejo meu.

O Conquistador se aproxima e cola seus labios nos meus. A situação me é tão absurda que inicialmente fico sem reação. Mas quando ele começa a se afastar me lembro da adaga e aprofundo o beijo.

Eu a pego e a enfio de forma certeira abaixo do tórax.
Ele gruni e segura meus cabelos enquanto olha a ferida.
Não é uma morte imediata, mas é certeira.
Por um momento fecho os olhos e espero o golpe que me levará para o além vida.
Mas o Conquistador apenas sorri e tomba no chão enquanto a vida o abandona.

Quando tenho certeza que ele está morto, me levanto e vou até a sala do trono.
Quando entro, percebo que Samanta não está mais nela.

A Rainha das NinfasOnde histórias criam vida. Descubra agora