Que venham as asas negras

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Que no fim da madrugada  asas negras voem em busca da escuridão.

A peste rastejante escorra para sua toca implorando por um segundo a mais de liberdade.

Que a peregrinação eterna dos bastardos incompreendidos se limite a curta caminhada lunar.

Que os olhos da besta sejam alvejados pelo fulgor da alvorada e suas intenções mutiladas por  possança vulgar. 

Agressões comemorativas à remota origem suprimida, onde criaturas não batizadas sob o sol sofram a ardência do contato com tamanha santidade luminosa.

Que a ânsia pelo lusco fusco alimente a persistência contra a expurgação e as crias da noite se lambuzem com os segundos prazerosos da libertação obscura.

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