Sacrilégio, sangue e prazer

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Foda-se a trilha sonora e o caos do instantâneo o que importa é o sabor do café. Tudo que vem como uma tsunami de hormônios sempre é mais gostoso quando a fricção termina, os dois corpos suados se abraçam debaixo dos cobertores, e você declama aquele poema sem vergonha do fundo de sua mente, em quanto sua amada brinda com o prazer de uma Succubus.

Tem dias em que o sol é forçado a se esconder, e o céu nublado despenca gotas de prazer. Só debaixo dessa chuva eu sou feliz, é quando as sombras cobrem as vielas carregadas de histórias, é na penumbra que a Deusa a qual pertenço, a carrasca a qual pertenço, me presenteia com a dádiva de cegar meus olhos com seu sorriso tímido e ardiloso. Ela só sorri quando chove, só sorri na penumbra, só se diverte quando as vozes entoam um único e sincero gemido de prazer, tristeza e dúvida.

As noites apenas terminam com o brinde de um canivete dourado, sugando todo o sangue de nossa veias, e pintando os lençóis bagunçados como uma obra do Hannibal Lecter. Até os demônios derramariam lágrimas de enxofre perante a beleza desse amor que transcende a sujeira carnal. Uma cena tão bela, que só vai acontecer de novo no dia em que Deus estiver escrevendo seu próximo livro, completamente relaxado depois de uma foda.

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