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Jimin andava devagar, com a pequena mochila nas mãos e os olhos cheios de água. A vida não era boa pra ele, mas por quê? Ele havia feito alguma coisa ruim que não se lembrava?

Ao notar a lua no céu, acompanhada por estrelas, o pequeno apressou-se. Tinha que, ao menos, encontrar um lugar 'seguro' nessas ruas, onde pudesse passar a noite sem sofrer tanto.
Foi até o parque, onde havia conhecido Sana. O lugar estava calmo, mesmo que com algumas pessoas ali, se divertindo. Se sentou no banco, deixando a pequena e única bagagem que tinha em seu colo.
As noites naquela cidade eram frias, ele não tinha cobertores, iria sofrer ali. Ao passar do tempo, as pessoas foram embora, deixando apenas o ômega no parque. Olhando para o céu, Jimin apenas queria que tudo melhorasse, que sua vida mudasse de algum jeito. Deitou-se no banco, com a cabeça em cima da mochilinha e dormiu, como o anjo que era.

Ao amanhecer, Jin saiu de sua casa para caminhar, era seu costume. Suas caminhadas matinais o mantinham saudável, assim como sua alimentação.
O parque era seu lugar preferido, e naquela manhã estava perfeitamente lindo, com pequenas flores no chão, formando um singelo tapete. Ele caminhava silenciosamente, até ver o pequeno ser no banco, dormindo.
Jin se aproximou, e observou os lindos olhos inchados de Jimin, que mesmo em sono, aparentava sofrer. Queria acorda-lo, mas também queria deixá-lo dormir.

— Hey, Jimin? – chamou por ele, que abriu seus olhos vagarosamente.

— Tio Jin? Jin?

O alfa sorriu, Sana havia dito que o pequeno poderia chamá-lo assim, de tio Jin. Jimin se sentou, coçando as pálpebras com as costas das mãos.

— Por quê está aqui a essa hora? – Era a pergunta mais importante a ser fazer no momento, certo?

— Jimin não tinha onde dormir. – A sinceridade do ômega era uma das coisas que mais encantavam.

O castanho lembrou-se do dia anterior, em que Jimin demonstrou estar com muita fome, e sozinho. E se ele estivesse assim, definitivamente? Sozinho e sem ajuda?

— Está com fome?

— Sim sim, Jimin está.

— Que bom. Encontrei uma companhia para o café.

O alfa sorriu amigavelmente, segurando na mão de Jimin e o ajudando a levantar. O pequeno apenas o seguiu, seja lá para onde iam, o ômega sentia-se seguro com o mais velho. Sentia-se em paz.

Seguiram então, para a casa do castanho. Após Sana ir embora com sua mãe, não havia ninguém quem Jin pudesse encher com suas deliciosas comidas. Ele iria alimentar o ômega, e muito bem, o pequeno nunca mais iria se esquecer do seu tempero.
A frente da casa se parecia com o lar de alguém doce. Pintada com um tom pastel, a hospitalidade de Jin, o perfume natural do ambiente e com as flores do pequeno jardim, a moradia era um lar, deferente do lugar onde Jimin vivia.

— Fique à vontade, Jimin.

Ao entrar mais no interior, Jimin pode observar melhor. A casa era boa, tinha um ar de tranquilidade, e ao mesmo tempo de bagunça, mas uma bagunça boa.

— Vem.

Jin o pegou pela mão, o conduzindo para a mesa. Já havia posto pães, uma jarra de suco, torradas e geleia. Agora, enquanto Jimin se sentava, colocava presunto e queijo, um bolo que havia feito na noite anterior e achocolatado.
O ômega ficou maravilhado com tanta comida, poderia comer tudo sem explodir?
Sem pensar muito, os rapazes começaram a comer; na verdade, Jin observava o pequeno devorar um pedaço do bolo. Aquilo era satisfatório para ele, ver alguém apreciar o que fez.

Ao se sentir satisfeito, Jimin lambeu os lábios e sorriu, estava tão feliz.

— Jimin? – Pronunciou-se.

— Hum?

— Quer me contar o que houve com você? Ontem E hoje?



       

I Need U - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora