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Andrea entrou na casa de Miranda completamente perdida em pensamentos, aproximou-se da mesa com o vaso de flores colocou o livro fazendo-o chocar-se contrar o vaso.

– Droga — Murmurrou, sem perceber que Miranda a observava.

– Esse vaso não será pago com seu salário de um ano, caso você o quebre — Disse voltando a atenção ao livro que havia em seu colo — E você está atrasada.

– Sinto muito, não foi minha intensão — Miranda a olhou vendo o rosto da assistente completamente vermelho.

– Está tudo bem? — Andrea afirmou e voltou a chorar — Venha até aqui — Disse batendo no sofá ao seu lado, Andrea a olhou — Eu não mordo... — Olhou pra cima e comprimiu os lábios pensativa, voltando a olhar para a morena segundos depois — Na verdade sim, mas isso é outro assunto — Andrea riu sem conseguir controlar e se aproximou vendo Miranda tirar os óculos, sentou-se ao seu lado — O que você tem?

– Terminei com o Nate, mas não é nada demais, eu vou ficar bem.

– Ele quem terminou?

– Na verdade foi eu — Miranda a olhou sem transparecer seu contentamento — Eu não poderia continuar com algo que eu não sinto nada, mas não queria que fosse dessa forma, não queria que tivesse ódio de mim.

– Talvez ele só esteja magoado — Andrea chorava copiosamente, Miranda ao vê-la daquela forma a puxou para perto, fazendo com que Andrea deitasse a cabeça em seu peito — Acalme-se Andrea, nada disso dura para sempre, uma hora ele perceberá que está sendo infantil, acredite, ele não será o primeiro a te magoar e você precisará aprender a ser forte com isso, passar por cima de coisas e pessoas, infelizmente essa é a vida, assim é como tem que ser — A afagou nos cabelos — Uma hora você precisará deixar que pensem e que digam o que quiserem.

– Acho que nunca me acostumarei — Disse se afastando e secando o rosto.

– Não é uma escolha, Andrea, é a única opção — Andrea sentiu o corpo tremer em um arrepio, não pelo que havia escutado, mas pelos olhos azuis de Miranda lhe observando com tanta atenção, sentiu seu corpo esquentar e se levantou rapidamente.

– E-eu vou indo, obrigada por me ouvir, até amanhã — Miranda apenas a observou seguir para o corredor e logo sumir da sua vista.

1. A Que Eu Não Podia AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora