1. A Que Eu Não Podia Amar

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A semana se passou rapidamente, Andrea mal havia trocado um palavra com Miranda e no fim de semana não ficaram juntas.

A segunda chegou rapidamente a correria de sempre habitava na Runway, Andrea percebeu que Miranda estava estranha, mas não iria perguntar o motivo, não no momento, acabou de anotar tudo o que Miranda precisava fazer durante a tarde e durante o dia seguinte.

Miranda passou o dia entre revisões e reuniões, estava exausta e completamente arrependida de ter procurado Harley para fazer a capa, mas devia admitir que ela era a melhor que já havia passado pela Runway, mal havia olhado para Andrea durante a manhã e se sentia horrível por não contar, sabia que a morena estava com ciúmes e tinha medo que isso tudo conturbasse algo que apenas estava começando, respirou fundo olhando para o lado de fora vendo Andrea completamente atenta ao que fazia e sentiu o coração apertar, tentou voltar ao que fazia, mas sabia que seria algo quase impossível.

Às horas se passaram, Miranda foi embora sem ao menos direcionar o olhar para Andrea, o que deixou a morena completamente confusa, Andrea saiu da Runway e seguiu para casa, sua mãe já havia ido embora durante a manhã, encontrou Lily na sala.

– Tudo bem?

– Eu vou tomar um banho, depois nos falamos.

– Está bem — Andrea seguiu para o quarto, logo tomou um banho e voltou para a sala e sentou ao lado da amiga — Agora diz, o que houve?

– A Miranda está estranha, ela me ignorou o dia inteiro, malmente me olhou e até agora nem ao menos uma ligação.

– Talvez ela esteja ocupada.

– Miranda é do tipo de pessoa que faz mil coisas ao mesmo tempo, algo aconteceu.

– Talvez ela tenha te ligado esse tempo que você estava no banho, mas se não ligou, ligue você, Andy, talvez ela esteja sentindo algo e não quis dizer.

– Eu vou olhar meu celular.

– Está bem, quer jantar?

– Não, eu estou sem fome — Disse se levantou — Boa noite.

– Boa noite Andy e fica tranquila, não deve ser nada — Andrea não disse nada, apenas seguiu para o quarto, fechou a porta e seguiu em busca do celular, assim que pegou discou o número de Miranda, esperou alguns minutos e logo foi atendida.

– Alô?

– Miranda, é... — Ela respirou fundo e fechou os olhos — Está tudo bem?

– Sim Andrea.

– Por que saiu daquela forma e no fim de semana nem ao menos me procurou — Miranda sentia às lágrimas caírem, sentia o sofrimento de Andrea pelo jeito de sua voz.

– Eu tinha algumas coisas para resolver, mas podemos jantar amanhã aqui em casa, acha que sua amiga se importa em ficar com as meninas?

– Não... Eu acho que não.

– Tudo bem... — Miranda respirou fundo — Andrea, Harley chega amanhã às seis, quero que pegue ela e a leve para o hotel que ficará, a sessão de fotos dela é na quarta e quanto antes isso terminar ela vai embora, não quero que prolongue a estadia dela aqui.

– Está bem.

– Não estou pedindo isso porque quero você perto dela, mas é o trabalho.

– Eu sei, não quero que nossas vidas se misture ao trabalho — Disse quase em um sussurro — Eu vou te deixar descansar, até amanhã.

– Até — Miranda desligou respirando fundo, precisa achar uma forma de contar para Andrea sobre o que Harley havia feito, mas qual seria a melhor forma para isso? Como não abalar o que tinham? Não sabia, mas não iria perder Andrea.