Para deixar a vida do G ainda mais complicada, tenho que lhe dizer, leitor, ele tem poderes.
Não é como voar ou ficar invisível, nada como os poderes do Superman, seria bom se fosse.
Os dele são mais peculiares. Seus ouvidos podem captar vários sons ao mesmo tempo e as letras se embaralham em seu caderno, como se dançassem em um festival, não são poderes super legais. G os odeia, fica confuso às vezes e tem vontade de tirar o cérebro pra fora da cabeça, dá pra ver isso pelo movimento em que os olhos fazem para se concentrar nos textos e as mãos que se apertam deixando o punho fechado. Ele, na verdade, nem os considera como poderes e sim impedimentos para concluir certas coisas.
Eu sempre tento fazer com que ele entenda que seus ouvidos e sua mente não lhe tornam fraco, mas ele entende o que quer e pra ele o torna sim.
Ainda tem um que ele nem diz que tem; seus dedos são super sensíveis. Conseguem diferenciar texturas com diferenças mínimas. Então, no meio da rua, ele passa as mãos nas paredes, postes, árvores, mesas, vitrines, folhas, e por aí vai, sentindo de esquina em esquina um pouquinho do mundo.
E o último: G vê coisas que ninguém mais pode imaginar, por isso a presença de I ainda é bem próxima.
Por causa dos super poderes, G se estressa fácil e perde a cabeça, de vez em quando se torna um furacão, por isso só quem o entende acaba permanecendo por muito tempo em sua vida, porque ás vezes é preciso se moldar para conviver com um super herói.
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G, pela visão de um outro.
Non-FictionEssa história traz um personagem incrível, chamado G. Ele nem sabe dessa história, bem, como explica no próprio título eu é quem vou falar sobre ele. "G, pela visão de um outro" com certeza trará capítulos normais, sobre a vida de um garoto complet...