Transa

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não me lembro se já mencionei aqui, mas o corpo de G tem várias marcas da vida.
passar as mãos levemente pelas lombadinhas da pele traz uma sensação gostosa entre os dedos.
[ mais gostosa ainda quando se está fodendo com ele. onde tudo é tato.
no começo do sexo quando os movimentos parecem estar passando em câmera lenta, os dedos descendo pela cintura nem estreita e nem larga dele, sentir o cheiro do cabelo perto do rosto e olhar em seus olhos cinzentos que fluem magia, enquanto ele desvia o olhar e se mexe com calma por cima do meu corpo nu e também com marcas.
as minhas, naturais. as dele, feitas à mão.
depois de um tempo, quando o sexo fica mais suado, mais exasperado, mais forte, quando os suspiros chegam, quando o ar não chega aos pulmões, quando vem os arranhões que ultrapassam as marcas e fazem algumas quase cicatrizadas rasgarem novamente, as marcas sangram, e eu também.
eu, de forma natural. ele, feito à mão.
mas nada nos faz parar.
o importante é estar junto, dentro. deslizando as pernas, as mãos, as línguas.
G põe as mãos em mim, sente meus seios, minha pele, quase possível que sinta o meio dos meus ossos que chamam por seu corpo. aproveita o poder do tato pra diferenciar as texturas que habitam no meu imperfeito corpo, sente os pêlos eriçados, a boca seca, as pernas molhadas.
ouço sua pulsação dando socos em meu corpo e meu coração devolve na mesma medida, dando socos ainda mais fortes em seu peito.
o olho desesperadamente, esperando que ele me fite com olhos de desejo iguais aos meus. ele demora, mas olha e o encontro de nossas pupilas duram meio segundo, mas basta para que eu sinta todo o choque que seu corpo causa em mim e me sinta enxurrada de prazer.
nos molhamos. ]
- A

G, pela visão de um outro.Onde histórias criam vida. Descubra agora