Capítulo 2 - O Diário Parte I

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POV Pessoa que encontrou o diário:

Fui a última pessoa a sair da sala no último dia de aula, me enrolei arrumando meu material e por isso fiquei para trás, mas antes de sair vi que alguém havia esquecido algo sobre a mesa, quando me aproximei percebi que era um caderno, não, era um diário, aquele lugar era da Hinata, peguei o caderno e fui a procura da garota para devolver o mesmo, não iria ler, tenho meus problemas, mas sou uma pessoa decente.

Procurei por toda a escola, mas nada de encontrar a garota, na correria acabei tropeçando em algum lugar, na verdade tropecei em meus próprios pés e deixei o diário cair e por incrível que pareça ele caiu aberto, mas eu juro que não queria ler, só que foi bem mais forte que eu e acabei lendo e vendo algumas informações interessantes, achei melhor mudar de ideia, guardei o diário em minha mochila e o levei comigo, seria uma boa leitura durante o recesso. Iria viajar, assim como o resto do pessoal e levaria esse diário para me distrair um pouco, realmente seria uma leitura interessante e que valeria a pena investir umas horas do meu dia para isso.

...

Diário de Hinata:

"Sou uma menina tímida, por isso resolvi escrever tudo nesse diário, isso me ajudará a expor meus sentimentos e angústias, já que não consigo expressar para mais ninguém.

Perdi minha mãe quanto eu tinha apenas 5 anos de idade, Hanabi, minha irmã, tinha apenas 5 meses de vida, foi algo terrível, minha mãe sofreu um acidente de carro fatal, ela voltava do escritório do papai e um homem que estava dirigindo descontrolado jogou minha mãe para fora da estrada, o carro dela caiu na ribanceira e não tinha como ela sobreviver, lembro do seu rosto vagamente, as vezes preciso me esforçar muito para isso, tenho uma foto dela junto com meu pai e vou colar aqui para nunca mais me esquecer do seu rosto lindo. (Abaixo do texto estava colada a foto da mãe de Hinata com ela nos braços e seu pai sorrindo).

Ajudei meu pai Hiashi a cuidar da minha pequena irmã Hanabi e por isso tive que crescer rapidamente, tínhamos empregados, babá e tudo o mais. Meu pai é bastante rico, ele toma conta da empresa Hyuuga que é uma grande empresa tecnológica da família, ele é o presidente da mesma, então ele vive ocupado e quase nunca está em casa.

Sabe, acho que nem tive muito tempo de sofrer pela morte da minha mãe, Hanabi era tão pequena e frágil, chorava muito a noite, meu pai fazia o possível, mas a menina só se acalmava comigo pois sempre cantava para ela e ela parava de chorar. (logo abaixo do texto estava a foto de Hanabi colada na página do diário)

Foi nessa mesma época que fui para a escola de Konoha, meu primeiro dia lá foi realmente assustador eu tão pequena entrando em uma escola tão grande, a menina que havia acabado de perder a mãe, mesmo sendo nova percebi alguns olhares para mim e alguns comentários também, mas por sorte tinha meu primo Neji que sempre me protegeu, eu amo meu primo como a um irmão, ele segurou minha mão e me levou até a sala na qual estudaríamos, entramos juntos e seguimos juntos até hoje. Mesmo ele hoje namorando Tenten, não me abandona. (Foto de Hinata e Neji juntos abaixo do texto)

Como disse no início sou muito tímida e coro com facilidade, no primeiro dia de aula a professora nos colocou sentados da maneira que ela queria, não fiquei com meu primo, pois ele era mais alto que eu e ela nos arrumou por ordem de altura, eu sentei na frente ao lado de um garotinho loiro de cabelos espetados e belos olhos azuis, o menino estava com uma cara emburrada, mas depois percebi que era sono, ele me olhou e abriu um belo sorriso e se apresentou dizendo ser Uzumaki Naruto. Disse que não queria estar ali, que seus pais tinham obrigado ele aquilo eque na verdade ele queria era dormir, acordar bem tarde e depois brincar com seus carrinhos. Achei engraçado e ri, me apresentei a ele e tentei explicar que a escola era um mal necessário, mal para ele, eu até gostava, disse que seria pouco tempo por dia e que teríamos tempo para brincar também, e que se ele tivesse dificuldade em algo eu poderia ajudar. Ele sorriu ainda mais e me agradeceu dizendo meu nome, foi a primeira vez que ele disse meu nome e por isso nunca vou esquecer desse dia. Os amigos que fiz naquele dia andam comigo até os dias de hoje.

Diário de Hinata - Um amor secretoOnde histórias criam vida. Descubra agora