Uncontrollable [A ser editada]

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*Aproximo-me devagar das escadas que dão acesso ao palco e subo-as para fazer o meu discurso*

"Quero informar a todas as raparigas sensíveis ou que não gostam de cenas sexuais demasiado detalhas, ou que simplesmente não gostam do conteúdo sexual - Que deviam passar este capítulo à frente."

*Com um sorriso nervoso e um aceno embaraçoso, eu viro-me rapidamente e caio nas escadas*

damn que spoiler desagradável. Boa leitura y'all ♥

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C a p í t u l o quarenta e seis

Subo as escadas devagar, um sorriso plantado no meu rosto enquanto o Niall fala entusiasmado da sua ideia para o projeto da aula de Escrita. Assinto com a cabeça quando ele perguntar se estou a entender o que ele está a dizer e aguardo calmamente pelo momento em que ele vai perguntar-me qual é a minha ideia para o meu projeto. O sorriso do loiro é cativante e eu encontro-me a sorrir genuinamente de volta.

Os seus olhos viajam pela minha cara e o seu olhar torna-se distante por uns segundos, mas algo nele recupera e o seu sorriso volta ainda maior que o anterior.

"Estou ansioso por começar mas tenho de garantir que tudo vá ficar como estou a planear, portanto acho que vou o fim-de-semana a casa para ficar mais sossegado." Ele deixa-me saber com um sorriso nervoso antes de esfregar a sua nuca e ajeitar os óculos nos seus olhos.

"Eu faria o mesmo." Concordo.

Esta é a primeira vez que realmente observo o Niall em t-shirt, e esta é a primeira vez em que tenho a noção da quantidade das tatuagens que ele possui nos seus braços. Apesar de eu já o ter visto em tronco nu na primeira festa, a imagem na minha mente parece desfocada, como se não fosse real. E por isso engasgo-me sempre que olho para os seus braços completamente tatuados, cores coloridas a contrastar com o seu tom de pele claro.

Paramos em frente à porta do quarto do Harry e eu solto um suspiro ansioso. Quero mesmo estar com ele, o Niall está a empatar-me há uma hora. Eu aprecio imenso o Niall, a sua felicidade e preguiça são contagiantes e ele consegue sempre fazer-me soltar gargalhadas da minha garganta, mas preciso de estar com o Harry. Preciso de estar sempre com o Harry, na verdade, por isso não faz sentido reclamar interiormente com o loiro falador.

Coloco a minha mão na maçaneta. Os olhos azuis do Niall seguem a minha mão e após alguns segundos, eles encontram os meus.

"Não cometas erros agora que mais tarde não vais poder consertar." Sussurra.

"Eu sei que foi um grande passo vir viver para aqui." Começo por dizer, "Eu na verdade não tenho nenhum argumento válido para te dar, apenas esta necessidade que sinto de estar com ele." Respondo, defendendo-me.

"Ele fez-te sentir assim, quem sou para julgar." O Niall encolhe os ombros, o seu olhar na parede a meu lado. Tento arranjar algo para acrescentar mas ele ganha a corrida e murmura, "Uma vez que colocas um pé na escuridão, não há saída."

Solto uma risada curta e sem humor, "Vocês continuam a falar em código." Sorrio e retiro a minha mão da maçaneta, afastando-me da porta, "Niall," ele encara-me e parece que está a ver a minha alma, "Eu sei que as minhas decisões não têm sido as melhores e sei que não tenho muita margem para tentar justificá-las. Mas tu falas sobre escuridão como se não tivesses os teus braços coloridos. O Harry só precisa de alguém que pinte os dele."

O loiro olha para mim como se me tivesse crescido outra cabeça.

"E tu és essa pessoa?" Questiona o óbvio. Volto a colocar a mão na maçaneta e assinto, "Desejo-te sorte então. Não com ele, mas por aqui. Somos todos demasiados barulhentos e desarrumados, mas isso já deves ter notado."