Capítulo 91

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Hazza ;( ^


Facto 1 sobre mim: Larry é a minha fonte de inspiração.

Boa leitura. Desculpem qualquer erro.


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Os meus dedos brincam com os dele enquanto esperámos que o elevador chegue ao piso pedido. Difícil de acreditar não era o facto de que tínhamos feito uma seção quase completa de marmelanço no último piso, nem era difícil de acreditar no facto de que estivemos a beijar-nos durante mais de meia hora, ou o facto de eu não sentir os meus lábios – ou porque estive a beijá-lo durante mais de trinta minutos, ou porque, de facto, não conseguia parar de sorrir. Não era difícil de acreditar nisto devido às circunstâncias; o Harry estava mudado, mais delicado e não tinha estado com ninguém depois de mim; eu ainda o amava e ele a mim, nós só funcionávamos um perto do outro e isso manteve-se até hoje, a essência da nossa relação continuava lá e pela minha parte, sei que fui contra muitas regras por ter dado mais uma tentativa àquilo que somos, mas ao olhar para um Harry em paz consigo mesmo neste momento sei que não me arrependo de o ter feito.

Portanto não, não era difícil de acreditar que nós estávamos a dar mais uma oportunidade a nós mesmos para sermos felizes. Difícil de acreditar é apenas o facto de que tudo aconteceu em apenas algumas horas, é difícil acreditar que eu apenas cheguei a Nova Iorque esta madrugada, é difícil de acreditar que acabei de reencontrar o Harry hoje e que por alguma razão, estou a dar-lhe a mão neste momento.

É difícil de acreditar que nós estamos tão ligados um ao outro que levou apenas meras horas para percebermos isso mais uma vez. Eu tentei impedi-lo mas mesmo quando eu saí da casa da Ronnie e enquanto me preparava para o jantar, o Harry não saía da minha cabeça. Ele nunca saiu mas durante o dia de hoje pareceu mais persistente em manter-se nos meus pensamentos.

"Estás a mudar de ideias?" A voz do rapaz vulnerável ao meu lado é quase inaudível, num sussurro rouco e quando inclino a minha cabeça para fazer contacto de olhar com ele, o seu indicador e polegar estão a massajar o seu lábio inferior e os seus olhos repletos de receio encaram os meus.

"Estou só a pensar." Respondo, ele não relaxa com a minha resposta. Na realidade, ele fica ainda mais tenso. Respiro fundo, "Estava só a pensar em como foi tudo tão rápido." Esclareço e dou um ligeiro aperto na sua mão.

"Só prova que estamos melhor juntos." Faltam dois pisos e estaremos na discoteca particular do hotel. O Harry parece mais relaxado depois da minha resposta, ainda assim ele parece medir todas as suas palavras e planear todos os seus movimentos com medo que ao mínimo detalhe eu mude de ideias, talvez.

"Tu magoaste-me Harry." Estou a falar daquele dia especificamente mas não preciso de o dizer para ele perceber que é desse exato dia de que estou a falar. O dia em que ele deixou-me ir embora sem luta, sem pelo menos dizer que iria tentar compensar pelo que fez, no dia em que ele não se ajoelhou e implorou por mais uma oportunidade. Ele apenas deixou-me ir e o facto de não ter lutado para eu ficar fez-me acreditar que nada do que acontecera antes – todos os nossos momentos, todos os nossos erros e todos os nossos erros perfeitos, fez-me pensar que nada disso tinha valido a pena, que tinha tudo sido em vão. Fez-me pensar que ele nunca me amou.

"Eu sei." Diz simplesmente e eu volto a encarar as portas metálicas em nossa frente, "Não vai voltar a acontecer." Acrescenta quando não respondo.

"Vai sim." Retruco.

"Não temos de falar sobre isso esta noite." Ele não insiste, a sua voz continua a parecer um sussurro receoso. Mordo a minha língua para não dar início ao ciclo ao qual fugi durante os últimos cinco anos e meio. O Harry respira fundo e sem eu contar, os seus braços rodeiam a minha cintura, "Eu amo-te, Em. Eu vou fazer isto valer a pena, prometo."

Uncontrollable [A ser editada]Onde histórias criam vida. Descubra agora