Capitulo 53

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Okay. Eu acho que vocês não perceberam uma coisa muito bem no capitulo passado. O Harry disse que não a amava, e ela pediu para ele lhe mentir novamente. E ele voltou a dizer que não a amava.

Perceberam agora? ahah. Okay. Eu só queria mesmo esclarecer. Boa leitura.

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Harry's Pov

Os seus olhos estão vermelhos e algumas lágrimas continuam a escapar dos mesmos, rolando pela sua face corada. Apesar das lágrimas salgadas que caem dos seus olhos para as suas bochechas, e depois rolam pelo seu queixo caindo para o seu pescoço, um sorriso esta plantado nos seus lábios.

Não é o seu sorriso habitual - encantador e contagiante. Genuíno. Lindo. Mas sim um sorriso triste e apagado, sem esperança. E é neste preciso momento que eu sinto que posso perde-la que vou perde-la. Se contar-lhe sobre o meu passado, ou se não o fizer - vou perde-la de qualquer das maneiras.

A porta de entrada da casa abre e o meu olhar perde o seu contacto com o olhar dela para encarar a minha mãe que esta a entrada da casa a olhar para mim, o seu olhar confuso e preocupado.

"Harry? Ouvi gritos cá fora, está tudo bem?" A sua voz cautelosa pergunta e ela oferece-me um sorriso ligeiro. Os seus olhos desviam-se para a figura pequena ao meu lado e vejo-a sorrir por meros segundos antes da realidade atingi-la com força, e ela encarar-me tristemente.

"Espera por mim na cozinha." Peço-lhe e ela olha para a Emily mais uma vez antes de entrar dentro de casa novamente. Passo as minhas mãos pelo meu cabelo e suspiro pesadamente, "Por favor não vás embora." Sussurro e vejo-a chorar pelo canto do meu olho. Abano negativamente com a cabeça.

Vejo-a abaixar-se para pegar na sua bolsa e seguro na sua mão antes que ela consiga entrar em casa, "Não. Por favor, não." A Emily murmura, olhos vermelhos a implorar por espaço. Assinto devagar com a cabeça mas não largo a sua mão.

"O meu quarto fica na porta ao fundo do corredor do segundo andar. Dorme lá, por favor." Peço e aproximo-me dela para beijar a sua testa, mas ela afasta-se. "Amanha falamos." Prometo e vejo-a assentir lentamente com a cabeça - os seus cabelos a esconder a sua face, antes de entrar dentro de casa.

Engulo em seco e olho para as ruas familiares mais uma vez antes de entrar em casa e fechar a porta atrás de mim. Sigo o meu caminho rapidamente para a cozinha, tentando evitar olhar para as molduras com fotografias que trazem demasiadas memórias.

Entro na divisão e encaro a minha mãe. Ela está com o seu cabelo castanho preso num pequeno coque bagunçado, um robe azul a tapar a pele dos seus braços e a fita do mesmo tom num nó seguro. Os seus pés estão descalços e sorrio por ver que a cor das unhas dos seus pés estão da mesma cor que as unhas dos pés da Emily - azul-escuras.

Engulo em seco, "Hey." Murmuro e encosto ao balcão, com os meus braços cruzados.

"Oh Harry." Ela choraminga e olho para cima para encontrar os seus olhos marejados de lágrimas. Tudo o que não preciso agora é de ver a segunda mulher da minha vida a chorar, já bastou ver a Emily. Suspiro e aproximo-me da minha mãe para abraça-la, "Disseste que ela era feliz ao teu lado." A minha mãe choraminga nos meus braços.

A minha mãe não conheceu a Sam. Nem soube da existência dela e eu nunca quis que ela soubesse, pelas diversas razões. A Sam estava desaparecida, a cara dela estava por todos os jornais e a minha mãe não ía conseguir lidar com toda esta informação.

Ninguém iria conseguir. Mas eu conheci-a nessas circunstâncias e protegia da melhor forma que pude - contudo, toda a minha protecção não foi o suficiente. A Sam foi a única luz positiva na minha vida durante todo aquele ano e meio, e eu nem fui decente o suficiente para ir falar com a mãe dela no funeral e contar-lhe sobre toda a verdade.

Uncontrollable [A ser editada]Onde histórias criam vida. Descubra agora